As polémicas que marcaram o último Estado da Nação estão sanadas?

Pedrógão Grande, Tancos, Galpgate, CGD, Altice... A lista de polémicas que o Governo enfrentava à data do último debate do Estado da Nação era vasta. Um ano depois, o que mudou?

Há um ano, António Costa e o seu Executivo sentavam-se no Parlamento para enfrentar os deputados num dos momentos de maior fragilidade do Governo. Com os incêndios em Pedrógão Grande ainda com responsabilidades por apurar, o assalto a Tancos, a exoneração de três secretários de Estado no âmbito do caso Galpgate e ainda polémicas como a da Caixa Geral de Depósitos (CGD) a marcarem a agenda, muitas respostas estavam por dar. Um ano depois, e com um novo debate do Estado da Nação à porta, algumas ainda não foram dadas.

Pedrógão Grande. “Obviamente, não demito nenhum ministro”

Os fogos que deflagraram a 17 de junho, em Pedrógão Grande, resultaram na morte de 66 pessoas e deixaram centenas feridas, mas o caso não chegou para abanar o Governo. No último debate do Estado da Nação, que acontecia um mês depois da tragédia, António Costa garantia: “Obviamente, não demito nenhum ministro”. O verão de 2017 passou e António Costa não demitiu qualquer ministro.

Mas, em outubro, a região Centro voltou a ser assolada por incêndios de grande dimensão e morreram mais 49 pessoas. Marcelo Rebelo de Sousa interveio com um discurso a 17 de outubro onde deixou uma mensagem clara. “Abrir um novo ciclo, inevitavelmente, obrigará o Governo a ponderar o quê, quem, como e quando melhor serve esse ciclo”, disse, numa referência à demissão, então ainda não decidida, de Constança Urbano de Sousa, ex-ministra da Administração Interna.

Abrir um novo ciclo, inevitavelmente, obrigará o Governo a ponderar o quê, quem, como e quando melhor serve esse ciclo.

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República

A 18 de outubro, Urbano de Sousa apresentou a demissão, que António Costa aceitou. O Governo foi depois reformulado. Eduardo Cabrita, anterior ministro Adjunto, assumiu a pasta da Administração Interna. Pedro Siza Vieira ocupou o lugar deixado vago entrou para o Governo como ministro Adjunto.

Um ano depois, o inquérito relacionado com os incêndios de Pedrógão Grande tem dez arguidos. 157 das 264 casas destruídas pelos incêndios de 17 de junho de 2017 já foram recuperadas, estando todas as restantes já em obras. As empresas da região sofreram prejuízos na ordem dos 28 milhões de euros. Foram apresentados 55 projetos destinados a repor a capacidade destas empresas, dos quais 49 foram aprovados. A reflorestação da área ardida só deverá ser iniciada em outubro ou novembro deste ano e deverá prolongar-se pelos próximos dez a 20 anos.

Tancos. “No limite, pode não ter havido furto”?

A 29 de junho de 2017, o Exército português informou que cerca de uma centena de granadas de mão ofensivas e munições de calibre nove milímetros tinha desaparecido das instalações dos Paióis Nacionais de Tancos.

No debate do Estado da Nação de julho de 2017, a resposta de António Costa para o caso de Tancos era a mesma que dava para Pedrógão: nenhum ministro seria demitido. O ministro em causa, Azeredo Lopes, da Defesa, chegou a dizer, meses depois, que “no limite, pode não ter havido furto”, uma vez que não havia provas de que o mesmo tivesse acontecido.

A 18 de outubro de 2017, o material roubado foi encontrado pela Polícia Judiciária Militar, após uma denúncia anónima, na Chamusca, a menos de 30 quilómetros da base militar de Tancos de onde as armas desapareceram. O material foi encontrado em caixas deixadas num terreno a céu aberto. Apareceu, até, uma caixa a mais, com material que o Exército não tinha dado por desaparecido.

Passou mais de um ano e ainda não há respostas sobre o material militar roubado. O relatório elaborado sobre o caso, divulgado já em março deste ano, deu conta de “diversas deficiências/lacunas ao nível das estruturas”, entre as quais se destaca que as portas e as fechaduras “não têm o requisitos de segurança exigidos”.

Não se conhecem os autores dos roubos, ninguém foi responsabilizado diretamente pelo ato e a investigação do Ministério Público ainda decorre. Dois dos cinco coronéis que foram temporariamente exonerados na sequência deste caso foram recentemente escolhidos para integrarem o próximo curso de promoção a oficial general. Marcelo Rebelo de Sousa insiste na necessidade de apurar responsabilidades e, ainda o mês passado, frisava que “a memória não prescreve” em casos como o do roubo de armas.

Galpgate. Sem “ilações políticas”, mas com exonerações

Poucos dias antes do último debate do Estado da Nação, António Costa recebia três pedidos de demissão: Fernando Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais; Jorge Costa Oliveira, secretário de Estado da Internacionalização; e João Vasconcelos, secretário de Estado da Indústria.

Os três pediram a exoneração de funções na sequência do caso que ficou conhecido como Galpgate: em 2016, a Galp ofereceu viagens a governantes para irem assistir a jogos da Seleção durante o Euro 2016, em França. Um ano depois, a 9 de julho de 2017, um domingo, os governantes pediram a exoneração, depois de terem pedido ao Ministério Público a sua constituição como arguidos.

No último debate do Estado da Nação, as referências a este caso vieram quase exclusivamente das bancadas da direita. Poucos ou nenhuns esclarecimentos foram feitos da parte do Governo. Luís Montenegro, então líder parlamentar do PSD, acusou o Governo de não ter tirado quaisquer “ilações políticas” neste caso e, depois, ter aceitado as demissões.

Fernando Rocha Andrade foi substituído por António Mendonça Mendes; João Vasconcelos foi substituído por Ana Lehman; e o cargo de Jorge Costa Oliveira foi ocupado por Eurico Brilhante Dias.

Cativações? Governo só viu “cativações de memória da oposição”

O nível histórico de cativações feitas pelo Governo marcou grande parte do último debate do Estado da Nação. Em 2016, o Governo cativou 942,7 milhões de euros de despesas, um valor que representa mais do dobro que tinha sido prometido à Comissão Europeia e que é também o mais alto de que há registo.

À direita, o CDS-PP falou em “austeridade encapotada”, feita através de “um truque que foi descoberto”. Do lado do PSD, Passos Coelho concluiu que, sem este “plano B”, Portugal teria ficado “confortavelmente acima dos 3% do défice”. À esquerda, tanto o Bloco de Esquerda como o PCP criticaram o aumento das cativações como uma forma de cumprir a meta do défice. “Há uma diferença de 1.600 milhões de euros entre o défice necessário para sair do PDE e o défice registado efetivamente”, disse Catarina Martins.

As únicas cativações que conhecemos são as cativações de memória da oposição, que se esqueceu do que fez de 2011 a 2015.

Adalberto Campos Fernandes

Ministro da Saúde

No Governo e no PS, a garantia de que não houve cativações a mais. “As únicas cativações que conhecemos são as cativações de memória da oposição, que se esqueceu do que fez de 2011 a 2015”, atirou Adalberto Campos Fernandes. As cativações serviram apenas para “anular o crescimento da despesa”, compôs João Galamba. E, tendo sido feitas, as cativações não afetaram “áreas essenciais do Estado”, como as escolas e o Serviço Nacional de Saúde, garantiu António Costa.

Certo é que o Governo aprendeu a lição e, no ano passado, as cativações finais de despesa realizadas pelo Ministério das Finanças fixaram-se em 560 milhões de euros, o que representou uma redução de 40% face ao ano de 2016.

Mas o tema cativações poderá voltar a marcar o debate deste ano. Desta vez, a oposição deverá pegar nas cativações feitas às entidades reguladoras, depois de o CDS-PP ter enviado perguntas sobre este assunto a todos os reguladores do Estado. As respostas enviadas ao partido mostram um cenário de constrangimentos — seja na capacidade para contratar ou para realizar as ações de inspeção — motivados pelas cativações.

O “branqueamento político” à CGD

Em outubro de 2016, Mário Centeno revelava que o novo presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), António Domingues, ia ganhar 423 mil euros por ano para liderar o banco público, o dobro do que ganhava o seu antecessor. Já desde o verão desse ano que era público que o Governo tinha alterado o Estatuto do Gestor Público para abrir uma exceção para a CGD e permitir que a nova administração do banco pudesse furar o teto máximo dos salários auferidos pelos gestores públicos. Mas o valor de 423 mil euros gerou desconforto.

Mais desconforto ainda quando, dias depois, o comentador do PSD Luís Marques Mendes lançou uma dúvida em direto: estes novos gestores da Caixa não tinham de declarar os rendimentos e património ao Tribunal Constitucional, nem as incompatibilidades à Procuradoria-Geral da República, nem as participações que detinham em qualquer empresa à Inspeção-Geral das Finanças, obrigações a que estão sujeitos todos os gestores públicos.

Depois disso, António Domingues durou um mês. Demitiu-se em novembro de 2016, acabando por ser substituído por Paulo Macedo, que assumiu a pasta em fevereiro de 2017.

A polémica foi suficiente para se constituir uma nova comissão parlamentar de inquérito sobre a CGD, por cima de uma outra que já estava a decorrer. Arrancou, assim, em abril de 2017, a comissão de inquérito à nomeação e à demissão de António Domingues como presidente da Caixa, que ficou conhecida como a comissão dos SMS devido às mensagens trocadas entre Centeno e Domingues, através das quais terá sido assumido o compromisso de que os gestores da Caixa não teriam de apresentar declarações de rendimentos.

Enquanto isso, dois pontos marcavam a agenda sobre o banco público. Por um lado, o Governo anunciava que tinha encomendado à consultora EY uma auditoria à gestão da CGD entre 2000 e 2015, que iria analisar a concessão de créditos, a aquisição e alienação de ativos e as decisões estratégicas tomadas pelos dentro do banco. Ao mesmo tempo, decorria a primeira comissão de inquérito à CGD, que apurava as condições em que foi feita a última recapitalização e a gestão feita no banco público durante a última década. E era aqui que acontecia aquilo a que a direita veio a chamar de “branqueamento político” por parte da esquerda.

Isto porque PS, Bloco de Esquerda e PCP permitiram que esta comissão de inquérito encerrasse sem que tivessem sido entregues aos deputados documentos pedidos ao Banco de Portugal, à CGD e à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. O Tribunal da Relação de Lisboa chegou a decidir que estas três entidades tinham mesmo de entregar os documentos pedidos, mas as três recorreram da decisão junto do Supremo Tribunal de Justiça. Antes de chegar uma decisão desta última instância, a comissão de inquérito foi encerrada.

PS, Bloco de Esquerda e PCP não têm vergonha de não deixar a investigação decorrer e juntam-se para o maior branqueamento político de que tenho memória.

Luís Montenegro

PSD

Foi neste clima que chegámos a julho de 2017, quando decorreu o último debate do Estado da Nação. Por esta altura, a oposição já só se focava no “branqueamento político” da esquerda. “PS, Bloco de Esquerda e PCP não têm vergonha de não deixar a investigação decorrer e juntam-se para o maior branqueamento político de que tenho memória”, acusava Luís Montenegro, do PSD. “Branqueamento político foi o que o vosso Governo fez no caso do Banif”, respondia João Paulo Correia, do PS.

Chegamos ao debate do Estado da Nação deste ano ainda sem conhecer os documentos que foram pedidos no ano passado pelos deputados ao Banco de Portugal, à CGD e à CMVM, e também sem conhecer a auditoria feita pela EY. A auditoria já existe. Foi concluída e enviada à própria CGD. O Governo não pediu que a consultora lhe entregasse a auditoria. Os deputados do PSD pediram, mas o pedido que foi recusado pela equipa de Paulo Macedo. O Ministério Público também pediu, e recebeu o documento, mas, segundo o Jornal de Negócios, colocou-o sob segredo de justiça.

Altice? Costa escolheu a companhia que utiliza

Quando, há um ano, deputados e membros do Governo se sentavam no Parlamento para discutir o Estado da Nação, a contestação em torno da Altice estava ao rubro. Em fevereiro, o Expresso noticiava que o grupo multinacional que comprou a PT Portugal tinha deixado cerca de 300 trabalhadores no quadro de mobilidade interna sem quaisquer funções atribuídas. Por essa altura, e desde que a antiga PT foi comprada pela Altice, mais de mil pessoas já tinham mudado de funções e de local de trabalho e o grupo tinha encolhido de 11 mil para cerca de 9.600 pessoas. Ou seja, no espaço de um ano e meio, o grupo tinha rescindido com 1.400 trabalhadores.

Em abril, a Altice já propunha rescisões amigáveis a 200 destes 300 trabalhadores sem funções. Em julho, acumulavam-se as greves. O Sindicato dos Trabalhadores da Portugal Telecom (STPT) acusava a empresa de retirar direitos a estes trabalhadores, ao transferi-los para outras empresas do mesmo grupo. Em causa estavam outros 150 trabalhadores que seriam transferidos para empresas como a Penor, a Sudtel ou a Visabeira, todas do grupo Altice.

O Governo que recusou, e bem, o despedimento coletivo da PT, não pode agora lavar as mãos quando a PT está a fazê-lo.

Catarina Martins

Coordenadora do Bloco de Esquerda

Sobre este assunto, esquerda e Governo estavam alinhados. “A Altice prepara o despedimento de milhares de trabalhadores, fintando todas as regras e gabando-se disso mesmo até no Parlamento. A responsabilidade do Governo é travar estes processos. O Governo que recusou, e bem, o despedimento coletivo da PT, não pode agora lavar as mãos quando a PT está a fazê-lo”, dizia então Catarina Martins.

António Costa também tecia críticas à empresa e resumia: “Eu, por mim, já fiz a minha escolha da companhia que utilizo”.

A saga Altice prolongou-se por vários meses. Em agosto de 2017, era divulgado um relatório da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) que detetava 150 infrações na PT Portugal e que dava conta de várias casos de trabalhadores sem ocupação efetiva e ainda de casos de assédio. No mesmo mês, PS e Governo reuniam-se para avaliar este relatório e estudar alterações ao Código do Trabalho que evitassem novos casos semelhantes ao da Altice.

Foi já este ano que PS, Bloco de Esquerda, PCP e PAN chegaram a acordo para uma proposta conjunta que dá aos trabalhadores o direito de se oporem quando estiver em causa a transmissão de estabelecimento. As novas regras entraram em vigor em março deste ano.

Mas a história só ficou fechada já esta semana, com a assinatura, entre sindicatos e administração da Altice Portugal, de um acordo coletivo de trabalho que é considerado “um entendimento inédito”. O acordo prevê aumentos salariais entre 1% e 4%, ou entre 10 e 25 euros, consoante o rendimento base. Os trabalhadores também terão direito a mais um dia de férias.

Saúde. A “herança” da direita atrasou as metas da esquerda

Os problemas do Sistema Nacional de Saúde (SNS) mantêm-se praticamente os mesmos de há um ano. No último debate do Estado da Nação, Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde, era confrontado com a colocação de novos médicos de família e as cativações na área da saúde.

Nessa altura, o ministro defendia-se com as metas já cumpridas: a contratação quatro mil profissionais desde o início da legislatura, o aumento do número de consultas e de cirurgias. Ainda assim, assumia que o objetivo não seria cumprido na totalidade a curto prazo. “Estamos atrasados”, culpa da “herança que recebemos”, dizia então.

Um ano depois, as críticas e acusações mantêm-se, os argumentos de defesa também. Num debate parlamentar sobre a política de saúde, na semana passada, todos os partidos, à exceção do PS, foram unânimes em considerar que o Governo não planeou devidamente a passagem às 35 horas de trabalho semanais, desde 1 de julho, de milhares de enfermeiros, técnicos e assistentes do SNS.

Adalberto Campos Fernandes, por seu lado, assegurou que 98% das 21 mil camas do SNS não registam qualquer instabilidade com a passagem às 35 horas semanais de trabalho e acusa a oposição de alarmismo. Segundo o Ministério da Saúde, até maio foram contratados 1.600 profissionais para suprir as necessidades da passagem de trabalhadores às 35 horas de trabalho semanais. Este mês, vão ser contratados mais 2.000.

Mas, ainda no mês passado, o ministro da Saúde admitiu que “é impossível” resolver em dois anos os problemas acumulados no setor, uma posição que a esquerda considera inaceitável. “Não é a falta de dinheiro, é a falta de vontade política que impede a contratação de mais profissionais”, acusou a deputada Carla Cruz, do PCP.

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Reembolso das coimas do Via CTT à vista? Governo diz que está a trabalhar nisso

Fiscalistas dizem que devolver as coimas pagas por falta de inscrição no Via CTT não teria base legal, mas o Governo quer fazê-lo. E prepara notificação eletrónica alternativa à Via CTT.

Apesar dos fiscalistas garantirem que não há base legal para o eventual reembolso das coimas pagas por falta de inscrição no Via CTT, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais avançou, esta terça-feira, que o Governo está a trabalhar para que os contribuintes que foram mais cumpridores não saiam prejudicados desta situação, o que na prática se deverá traduzir na devolução desse dinheiro.

Milhares de contribuintes foram surpreendidos por notificações para o pagamento de coimas por falta de adesão ao via CTT — obrigatória desde 2012 para trabalhadores, empresas e associações que paguem IRC ou cobrem IVA. Entretanto, António Mendonça Mendes tinha já adiantado que era possível pedir o “afastamento excecional” das multas, mas a confusão que se gerou nas várias repartições das Finanças levou a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) a mandar suspender todos os processos de contraordenação. Em aberto ficaram, no entanto, os casos dos contribuintes que já tinham pago os valores referidos.

Ao ECO, vários fiscalistas garantiram que, a acontecer, essa devolução não terá base legal, já que uma vez pago o montante, o processo extingue-se. Os especialistas deixaram, no entanto, aberta uma porta: o reembolso pode ser feito como medida administrativa.

“Estamos a trabalhar para que aqueles que pagaram tenham um tratamento idêntico aos que não pagaram”, adiantou, nesse sentido, esta terça-feira, o secretário de Estado, na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA).

Além disso, o governante avançou que o Governo está a preparar uma alteração à Lei Geral Tributária, de modo a que, para além do Via CTT, possa haver meios alternativos para assegurar a notificação eletrónica dos contribuintes em causa.

O Via CTT é uma caixa de correio eletrónico gratuita que pretende complementar o correio físico na comunicação entre a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e os contribuintes.

Concessionado à Correios de Portugal, este serviço é de inscrição obrigatória, desde 2012, para os contribuintes sujeitos passivos de IRC ou sujeitos passivos de IVA enquadrados no regime normal, ou seja, trabalhadores independentes, que passam os recibos verdes. Apesar de estarem previstas sanções para quem não aderir ao portal, nos últimos seis anos, não foi aplicada qualquer coima, daí a surpresa gerada em torno deste caso, nas últimas semanas.

 

 

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Trump diz que países da NATO deveriam “reembolsar” Estados Unidos por pagamentos em atraso

  • Lusa
  • 10 Julho 2018

Donald Trump acusou os países da NATO de incumprimento desde há vários anos nas suas despesas militares e sugeriu estes aliados que deveriam “reembolsar” os Estados Unidos por pagamentos em atraso.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou hoje os países da NATO de incumprimento desde há vários anos nas suas despesas militares e sugeriu estes aliados que deveriam “reembolsar” os Estados Unidos por pagamentos em atraso.

“Numerosos países da NATO, que devemos defender, não apenas não cumprem o seu compromisso de 2% [que é baixo], mas desde há anos que estão em falta nos seus pagamentos, que não efetuam. Irão reembolsar os Estados Unidos?” – questionou Trump numa mensagem no Twitter, na sequência de frequentes insistências para exigir aos europeus que aumentem as suas despesas militares para respeitar o compromisso de mantê-las nos 2% do seu PIB em 2024.

Trump escreveu esta mensagem a bordo do avião presidencial Air Force One que o conduz a uma cimeira da NATO agendada para quarta e quinta-feira em Bruxelas.

O Presidente norte-americano já anteriormente tinha afirmado que o sistema financeiro da NATO “não é justo nem aceitável”

“Os Estados Unidos estão a gastar muito mais na NATO que qualquer outro país. Não é ajusto nem aceitável. Apesar de alguns destes países terem aumentado as suas contribuições desde que assumi o cargo, devem fazer muito mais”, afirmou Trump.

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Wall Street sobe pelo quarto dia consecutivo

O índice S&P500 ampliou os ganhos recentes para fechar em máximos de fevereiro. Resultados positivos da PepsiCo impulsionam clima de otimismo para temporada de resultados.

As principais praças norte-americanas fecharam a sessão, desta terça-feira, em terreno positivo, o que acontece pelo quarto dia consecutivo. Os fortes resultados da PepsiCo e o bom desempenho das energéticas aumentaram o clima de otimismo sobre a temporada de resultados que se avizinha.

O S&P500 fechou a valorizar 0,35% para os 2.793,83 pontos, para máximos de fevereiro, enquanto o Dow Jones somou 0,58% para os 24.919,66 pontos. Já o tecnológico Nasdaq subiu 0,04% para os 7.759,20 pontos.

A PepsiCo que valorizou 4% na sessão, desta terça-feira, está a ajudar a dissipar o clima de tensão à volta da guerra comercial. As atenções dos investidores estão agora centrados nos lucros da cotadas relativos ao segundo trimestre do ano na esperança de que os resultados fortes complementados com os dado económicos positivos sejam suficientes para “dissimular” incertezas futuras.

A puxar por Wall Street estão também as energéticas que beneficiam da valorização do barril de petróleo. O petróleo está a negociou acima dos 74 dólares por barril, em Nova Iorque, devido à expectativa de descida dos stocks nos EUA.

JP Morgan Chase, Wells Fargo e Citigroup que divulgam resultados na próxima sexta-feira, viram as suas ações desvalorizar esta terça-feira, depois de terem liderado os ganhos do mercado na segunda-feira.

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França está na final do Mundial. Bélgica fica pelo caminho

  • Lusa
  • 10 Julho 2018

A França venceu, esta terça-feira, a Bélgica por 1-0 e qualificou-se para a final do Mundial 2018. É a terceira vez que os franceses participam numa final do campeonato do Mundo.

A França venceu hoje a Bélgica por 1-0 e qualificou-se pela terceira vez na sua história para a final de um Mundial de futebol.

Em São Petersburgo, na Rússia, foi o central Samuel Umtiti a dar o golo da vitória aos franceses, com um cabeceamento aos 51 minutos, a corresponder a um canto de Griezmann, antecipando-se a Fellaini.

A França disputará no domingo a sua terceira final em campeonatos do mundo, depois de ter vencido a competição em casa, em 1998 frente ao Brasil, e ter perdido a final de 2006 diante da Itália, numa edição disputada na Alemanha.

Na final do Mundial2018, os franceses vão defrontar o vencedor do encontro entre Croácia e Inglaterra, cuja meia-final se disputa na quarta-feira, em Moscovo (19:00 horas de Lisboa).

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Presidente do IFAP admite erros em candidaturas e pagamentos

  • Lusa
  • 10 Julho 2018

O presidente do IFAP disse que atrasos no pagamento do prémio para jovens agricultores devem-se a “imbróglio jurídico". Pedro Ribeiro admitiu também a existência de erros nas candidaturas.

O presidente do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) justificou esta terça-feira que os atrasos verificados no pagamento do prémio para os jovens agricultores, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural, se deveram a um “imbróglio jurídico”.

“No PRODER [Programa de Desenvolvimento Rural em vigor até 2013] as regras e a burocracia levaram a um plano de ação específico […] e foi criado um imbróglio jurídico, que levou a que a maioria dos jovens que chegavam ao fim dos processos, não os conseguissem concluir”, disse Pedro Ribeiro, durante uma audição Parlamentar na Comissão de Agricultura e Mar.

De acordo com o responsável, foi necessário retirar, no início deste ano, uma grelha específica para o prémio, que estava dependente do jovem agricultor cumprir ou não os investimentos a que se tinha proposto.

O jovem agricultor “não vai assumir compromissos de caráter económico que não estão na sua mão. Procedemos à alteração da portaria e tivemos de reformular o programa informático, o que levou a atrasos nos processos”, explicou.

O presidente do conselho diretivo do IFAP disse ainda que, devido à complexidade dos processos, o instituto tem pedidos de pagamento do PRODER que já têm entre 300 e 500 dias.

“São processos burocráticos que demoram uma infinidade de tempo e que só não foram deitados ao chão, porque não seguimos os decretos e portarias [que definiam os prazos do processo]”, concluiu.

Pedro Ribeiro admite erros nas candidaturas

Estas declarações de Pedro Ribeiro acontecem depois de este ter admitido a existência de erros nos processos de candidaturas a fundos comunitários.

“Os erros são verificados ao longo de toda a cadeia, desde a aprovação de projetos até aos pedidos de pagamento. Todas as pessoas cometem erros e é preciso não confundir erros com desonestidade e má-fé”, disse Pedro Ribeiro, durante a audição parlamentar.

De acordo com o responsável, “uma ínfima parte” diz respeito a situações de má-fé, contabilizando-se, até ao momento, 22 processos no Ministério Público.

O presidente do conselho diretivo do IFAP foi ouvido a pedido do CDS que, num requerimento aprovado em 4 de julho, dava conta de um conjunto de denúncias, por parte de várias empresas de consultoria, de situações de “desonestidade e má-fé aos beneficiários envolvidos nas candidaturas e respetivos pedidos de pagamento”.

De acordo com o grupo parlamentar, as acusações foram realizadas durante ações de formação, no âmbito do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) e do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP).

Segundo Pedro Ribeiro, Portugal está há seis anos consecutivos com uma taxa de erro de materialidade acima dos 2% aceites pela Comissão Europeia, situação que, para o responsável, pode ser combatida através das ações de formação.

“Se todas as pessoas não se compreenderem nem entenderem as regras, há um sério risco de, numa das fases do processo, haver um problema e quem vai pagar são os beneficiários. Portanto, estamos ainda a fazer uma série de ações destinadas a todos os agentes”, explicou.

No entanto, o presidente do instituto ressalvou que as ações não têm como objetivo “perseguir ou culpabilizar” beneficiários ou consultores.

“As acusações formuladas não encontram suporte em nenhum caso em concreto […]. O texto divulgado foi construído pelas empresas, através da agregação de três tópicos distintos, [contidos] numa apresentação de ‘PowerPoint’. Esta apresentação não suscitou quaisquer dúvidas ou reparos entre os 500 participantes”, vincou.

Durante a primeira ronda de intervenções, a deputada do CDS Patrícia Fonseca defendeu que “não se pode tomar o todo pela parte” e acrescentou que o IFAP possui os dados de todos os consultores, podendo assim medir as taxas de erro de cada um, de modo a que os agricultores fiquem informados.

Por sua vez, o deputado do PSD Nuno Serra alegou estar “surpreso” por chegar à conclusão que a morosidade nos pagamentos se deve à falta de “transparência” nos processos.

Já o deputado do PS Pedro do Carmo considerou que as “falhas estão tipificadas” e que o instituto quer “assumir” esses problemas.

Por último, o deputado do PCP João Dias classificou a situação como “um tanto constrangedora”, apesar de notar “boa-fé” por parte do IFAP, no que toca a resolver os problemas identificados.

O BE não esteve representado na audição.

Em resposta aos deputados, o presidente do IFAP reiterou que o instituto tem mais de 1.550 consultores a trabalhar com os agricultores, tendo como objetivo que as ações permitam que todas as pessoas tenham acesso “ao mesmo tipo de informação”.

“Um consultor em Torre de Moncorvo não é pior ou melhor do que um que está numa grande empresa […] e tomara a nós que os erros não existissem”, concluiu.

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Portugal vê relações com Angola num “momento novo” e pede aposta aos empresários

  • Lusa
  • 10 Julho 2018

Eurico Brilhante Dias, afirmou, em Luanda, que as relações com Angola vivem "um momento novo" e que a prioridade económica é retomar os número anteriores de exportadores nacionais.

O secretário de Estado da Internacionalização de Portugal, Eurico Brilhante Dias, afirmou esta terça-feira, em Luanda, que as relações com Angola vivem “um momento novo” e que a prioridade económica é retomar os números anteriores de exportadores nacionais.

A posição foi transmitida hoje pelo governante português, durante a inauguração da 34.ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), que decorre até sábado, com cerca de 40 empresas portuguesas representadas, entre um total de 370 expositores.

“Apoiar as empresas portuguesas neste momento é muito importante porque, depois de alguns anos em que Angola, e a relação de Portugal com Angola, viu Portugal perder alguns exportadores, nós estamos claramente numa inversão”, assumiu o governante, em declarações aos jornalistas, junto à área de exposição organizada pela Associação Empresarial de Portugal, com 19 empresas nacionais.

Acrescentou que o número empresas portuguesas exportadoras para Angola aumentou em 2016 e 2017, tendência que o Governo português pretende ver prolongada, anualmente, nos próximos dois anos: “Que possam ser anos de retomar o número de exportadores que Portugal já teve, e hoje não tem, e para reafirmar a prioridade estratégica que é a relação Portugal-Angola”.

O secretário de Estado da Internacionalização iniciou hoje o primeiro de dois dias de visita a Angola, tendo na agenda reuniões com vários membros do Governo angolano e justificando-a como forma de “apoiar as empresas portuguesas”.

“Vivemos um momento novo”, sublinhou, no sentido em que está “ultrapassado o irritante” nas relações entre os dois países – alusão ao desfecho do processo judicial em torno do ex-vice-Presidente da República de Angola, Manuel Vicente –, que “podem recuperar a dimensão estratégica que têm e sempre tiveram”.

Durante a visita aos expositores de Portugal, o governante foi acompanhado pelo ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca, e da Agricultura e Florestas, Marcos Nhunga, entre outros ministros e membros do Governo angolano.

Sobre as empresas portuguesas presentes na FILDA, e no mercado de Angola, em praticamente todas as áreas, o governante adiantou que “podem acrescentar valor à economia angolana”, tendo em conta o objetivo de diversificação da economia do Governo angolano.

Numa altura em que a crise ainda condiciona a vida das empresas e trabalhadores portugueses em Angola, desde logo com as dificuldades em repatriar lucros e salários, com meses de atraso devido à falta de divisas, Eurico Brilhante Dias admitiu que o assunto está na esfera de preocupação do Governo.

“E nisso continuamos a trabalhar, devo dizer, num ótimo ambiente, com o Governo angolano, mas há problemas para resolver. E é isso que o Governo português faz, é procurar resolver e as empresas e os trabalhadores portugueses”, afirmou, sem adiantar mais pormenores, antes das reuniões em Luanda.

De acordo com dados do Governo português, as exportações de bens e serviços de Portugal para Angola totalizaram 2.786 milhões de euros, representando uma subida de 298 milhões de euros face a 2016.

Além disso, no último ano, mais de 5.000 empresas portuguesas exportaram para o mercado angolano, registo que compara com o período antes da crise provocada pela quebra nas receitas com a exportação de petróleo, que era de mais de 9.000.

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IGCP duplica para mil milhões o valor da emissão de Obrigações do Tesouro para o retalho

O instituto liderado por Cristina Casalinho reviu em alta o montante da emissão de obrigações para o retalho. Valor era de 500 milhões e passou para mil milhões de euros.

O IGCP anunciou, esta terça-feira, que reviu em alta o montante da emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) que está a decorrer desde o início do mês.

“Informa-se que o Conselho de Administração do IGCP, E.P.E. decidiu aumentar o valor nominal global da emissão de obrigações do tesouro de rendimento variável denominada “OTRV JULHO 2025” para € 1.000.000.000,00 (mil milhões de euros)”, informa o próprio IGCP.

O Instituto que gere a dívida pública portuguesa adianta ainda que “a possibilidade de decidir aumentar o valor nominal global da emissão de OTRV encontra-se prevista no Memorando de Informação com data de 29 de junho de 2018″.

“A presente oferta é uma oferta pública de subscrição em Portugal e destina-se a investidores indeterminados, ou seja, ao público em geral”, lê-se ainda no documento.

Esta série de obrigações para o retalho vai pagar uma taxa de juro bruta de 1%, a que pode acrescer o valor da Euribor a seis meses, caso este indexante suba para valores positivos.

Nesta emissão, a primeira realizada este ano, o prazo será de sete anos, ou seja, os títulos vencem em julho de 2025.

O preço de subscrição é de mil euros por cada OTRV, valor nominal unitário e o mínimo de subscrição por cada investidor são mil euros.

“Cada investidor apenas poderá ter associada uma ordem de subscrição, podendo revogá-la ou alterá-la até às 15h00 do dia 12 de julho de 2018 (inclusive), hora e data a partir da qual as ordens de subscrição serão irrevogáveis e não poderão ser alteradas”, diz o memorando.

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Estas são as 10 maiores fortunas de Portugal

  • ECO
  • 10 Julho 2018

A família Amorim está no topo da lista dos mais ricos de Portugal, contando com uma fortuna avaliada em mais de 4,5 mil milhões de euros. Conheça os dez maiores milionários portugueses.

A família Amorim figura no topo da lista das maiores fortunas do país, que irá ser publicada pela revista Forbes na edição do mês que vem. Com uma fortuna de mais de 4,5 mil milhões de euros, Maria Fernanda Amorim, esposa do falecido empresário Américo Amorim, surge em primeiro lugar no pódio, com ativos como a Galp Energia e a Corticeira Amorim, ambas cotadas na bolsa de Lisboa.

A revista Forbes divulgou esta terça-feira a lista das dez pessoas mais ricas de Portugal. Maria Fernanda Amorim e família ocupam o primeiro lugar da tabela, seguidos por Alexandre Soares dos Santos e família, com ativos como a Jerónimo Martins, dona da cadeia de hipermercados Pingo Doce. Vítor Manuel da Silva Ribeiro surge em terceiro lugar no pódio. Conheça a lista completa com mais detalhe:

1. Maria Fernanda Amorim e família

Tem 83 anos, é natural de Vila Nova de Gaia e dispõe de uma fortuna avaliada em 4.502 milhões de euros. Maria Fernanda Amorim é a esposa do falecido empresário Américo Amorim, fundador da Corticeira Amorim, e mãe de Paula Amorim. Para além do grupo a que dá nome, a família detém ativos como a Galp Energia e o Banco Único em Moçambique.

A empresária Paula Amorim, filha de Américo Amorim, tem vindo a destacar-se como a cara da família.Paula Nunes / ECO

2. Alexandre Soares dos Santos e família

É conhecido por ser o patrão da Jerónimo Martins. Alexandre Soares dos Santos tem 82 anos, é natural do Porto e conta com uma fortuna avaliada em 3.419 milhões de euros. Para além do grupo que detém os hipermercados Pingo Doce em Portugal e Biedronka na Polónia.

Alexandre Soares dos Santos, patrão da Jerónimo Martins, tem a segunda maior fortuna de Portugal.Paula Nunes / ECO

3. Vítor Manuel da Silva Ribeiro e família

Com uma fortuna de 1.401 milhões de euros, Vítor Manuel da Silva Ribeiro surge em terceiro lugar no pódio da revista Forbes Portugal. Os seus principais ativos são o Banco Invest, a Mundicenter e a Alves Ribeiro Construção.

4. Vasco de Mello e família

Tem 61 anos e ativos como a Bondalti, Brisa e José de Mello Saúde. Vasco de Mello é natural de Cascais e conta com uma fortuna avaliada em 1.179 milhões de euros.

Vasco de Mello numa apresentação na Associação Nacional de Farmácias.

5. Pedro Mendonça de Queiroz Pereira

A meio da lista está Pedro Mendonça de Queiroz Pereira. Tem 69 anos, é natural de Lisboa e conta com uma fortuna avaliada em 1.129 milhões de euros. Os principais interesses estão no setor papeleiro e hoteleiro, contando com ativos como o grupo Semapa (Secil e Navigator) e Hotel Ritz.

O presidente do Conselho de Administração do grupo Portucel Soporcel, Pedro Queiroz Pereira durante a apresentação dos mais recentes investimentos do Grupo Portucel Soporcel, em Cacia, Aveiro, 13 de outubro de 2015.

6/7. Manuel Violas e Rita Violas e Sá

É a partir do sexto e sétimo lugares que as fortunas passam dos quatro para os três dígitos. Ainda assim, Manuel Violas e Rita Violas e Sá detêm uma fortuna de 889 milhões de euros. São naturais de Espinho e detêm ativos como o grupo Super Bock, os casinos e hotéis Solverde, o colégio Clip e a Cotesi.

Manuel Violas, durante a inauguração do Pedras Salgadas spa & nature park, 23 de junho de 2013.José Coelho/Lusa 23 Junho, 2013

8. Luís Vicente

Tem uma fortuna de 822 milhões de euros e surge em oitavo lugar na tabela. É dono do grupo Luís Vicente, do grupo Nuvi e Refriango.

9. José Neves

Com 44 anos e raízes no Porto, o patrão da Farfetch está em nono lugar na lista dos mais ricos de Portugal. José Neves fundou o primeiro “unicórnio” português, uma empresa do setor do luxo com sede em Londres. Tem uma fortuna avaliada em 689 milhões de euros.

José Neves na apresentação da Dream Assembly.Paula Nunes / ECO

10. Fernando Jorge Pinho Teixeira

É natural de Vale de Cambra e é a décima entrada da lista dos portugueses mais ricos. Com 81 anos, dispõe de uma fortuna de 612 milhões de euros. O seu principal ativo é o grupo Ferpinta.

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Apollo e Bain na corrida à carteira de malparado do Santander em Portugal

Os dois fundos estão entre os que apresentaram propostas não vinculativas para a compra de uma carteira de 650 milhões de euros de crédito malparado do banco espanhol em Portugal.

A Apollo Global Management e a Bain Capital estão entre os fundos que apresentaram propostas não vinculativas para ficar com uma carteira de crédito malparado do Santander em Portugal avaliada em 650 milhões de euros, avança a Bloomberg.

A agência de notícias cita, esta terça-feira, fontes próximas do processo que incluem ainda a Arrow Global em conjunto com a CarVal Investors, e a Cerberus Capital Management no leque de interessados que terão entregue propostas por essa carteira de crédito detida pelo banco espanhol em Portugal.

De acordo com uma das fontes, as propostas de compra para esses ativos tóxicos do setor imobiliário devem acontecer em setembro. Os 650 milhões de euros serão compostos sobretudo por malparado do Banco Popular, segundo avançam fontes próximas do processo no mês passado. A Alantra estará a assessorar o Santander Totta nesta operação.

Confrontadas pela Bloomberg, a Apollo, Arrow, Bain, Carval, Cerberus e o Santander Totta recusaram-se a comentar esse negócio.

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Benfica e Liga convidam jovens tailandeses que estiveram presos na gruta a visitar Portugal

  • ECO
  • 10 Julho 2018

Assistir à final da Liga, e um estágio de uma semana no Campo do Seixal são os convites endereçados à equipa de futebol tailandesa e ao seu treinador.

O Sport Lisboa e Benfica convidou os jovens tailandeses que foram resgatados de uma gruta a fazer um estágio de uma semana no Caixa Futebol Campus, no Seixal. O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional também vai convidar a equipa a assistir à final four da Taça da Liga.

O grupo, composto por 12 jogadores, com idades entre os 11 e os 16 anos, e o seu técnico, de 25 anos, ficou encurralado numa gruta na Tailândia durante mais de duas semanas. Esta terça-feira concluiu-se o resgate de toda a equipa.

O presidente do clube encarnado, Luís Filipe Vieira, endereçou uma carta ao embaixador tailandês acredita em Lisboa, onde afirma que espera que “este simples gesto possa contribuir para que aqueles rostos reencontrem a felicidade e o sorriso que toda e qualquer criança nunca deveria perder”. Sobretudo, depois de os jovens terem perdido a final do campeonato do Mundo de Futebol, porque depois do salvamento ainda têm de permanecer hospitalizados durante alguns dias, este é um convite que os poderá alegrar.

Já Pedro Proença solicitou uma audiência ao embaixador da Tailândia em Portugal, para convidar os jovens a estarem presentes na fase final da competição da Taça da Liga, que vai ser disputada em Braga, em janeiro de 2018.

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Nova gestão para museus e mais um polo para a Cinemateca na Estratégia Portugal 2030

  • Lusa
  • 10 Julho 2018

Governo quer ainda construir novas rotas culturais – e a integração destas nas redes europeias – “como as rotas das catedrais, dos castelos, dos caminhos de Santiago, de Fátima”.

Uma nova entidade de gestão dos museus e monumentos e um novo polo museológico da Cinemateca são dois dos objetivos do governo para a Cultura, no âmbito da estratégia de financiamento europeu até 2030, anunciou esta terça-feira o ministro da Cultura.

Luís Filipe Castro Mendes esteve hoje a ser ouvido na comissão eventual de acompanhamento da definição da Estratégia Portugal 2030, a propósito do próximo quadro financeiro da União Europeia pós-2020.

Referindo que o documento sobre a estratégia para a Cultura está ainda numa “fase muito preliminar”, o ministro disse que a ambição do governo é que, em 2030, Portugal tenha “uma fatia maior”, comparando com os cerca de 150 milhões destinados à cultura no quadro 2020.

Na comissão parlamentar de acompanhamento, o ministro da Cultura elencou alguns “eixos importantes” para o setor, com o objetivo de “apostar no desenvolvimento do território, valorizar a memória” e diminuir as assimetrias.

Entre as propostas reveladas pelo ministro está a “refundação – através de uma estrutura própria, uma empresa estatal” – da gestão dos museus nacionais e monumentos. “Nesse sentido, estamos a trabalhar numa lei de autonomia de gestão financeira dos museus e monumentos”, disse.

Outro eixo de atuação será a criação do “terceiro pólo museológico da Cinemateca e de uma academia nacional europeia do património cinematográfico”.

O Governo quer ainda construir novas rotas culturais – e a integração destas nas redes europeias – “como as rotas das catedrais, dos castelos, dos caminhos de Santiago, de Fátima”, em articulação com o turismo.

Aos deputados, o ministro disse ainda que, no âmbito dos futuros apoios financeiros europeus, deverá ser criada uma “rede de reservas museológicas associadas a laboratórios de conservação e restauro, para viabilizar a gestão mais adequada de reservas de espólios do país, possibilitando o levantamento de património e restauro”.

Na discussão em Bruxelas das linhas orientadoras de apoio à cultura, Castro Mendes alertou para o objetivo de Portugal, que será “lutar por uma maior dotação, mas tentar tirar partido de condicionalismos”, como a dimensão do país.

O ministro referiu ainda que o país deve aproveitar o turismo e canalizá-lo para a cultura: “O turismo deixou de ser apenas uma procura de clima para jogar golfe ou ir à praia. Os turistas culturais são pessoas que procuram o país para tirar ‘selfies’, mas também para conhecer tesouros escondidos que o nosso país pode oferecer”, disse.

Sobre os fundos europeus, que serão atribuídos em programas de gestão centralizada e gestão partilhada entre várias entidades e Estados-membros, o ministro da Cultura admitiu que as instituições portuguesas “estão aquém de conseguirem capacidade para concorrer” naquele programa. “A nossa missão é termos instituições e capacidade para concorrer à gestão centralizada”, disse.

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