Santa Casa arrisca perder mais de dois milhões com colapso do BES
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é uma das "lesadas" do BES. A entidade liderada por Edmundo Martinho aplicou 2,6 milhões de euros em obrigações do banco que faliu em 2014.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa arrisca perder mais de dois milhões de euros com a falência do BES. A entidade é uma das “lesadas” do banco que colapsou em 2014, tendo sido prejudicada por um investimento em obrigações que foram retransferidas pelo Banco de Portugal do Novo Banco para o banco mau em 2015.
De acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago), o fundo de pensões da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa surge na lista de credores no processo de liquidação do BES. Não é ainda uma credora reconhecida, dado que a listagem final de credores só será feita em março. Os credores têm até dia 8 daquele mês para reclamarem créditos ao BES.
“Em 2015, em consequência da transferência das obrigações sénior BES detidas pelo Fundo de Pensões SCML no valor de 2,6 milhões de euros, do Novo Banco para o BES, as contas do fundo de pensões registaram uma imparidade por referência a essas obrigações de cerca de 90%, originando um impacto negativo de cerca de 2,3 milhões de euros“, explicou a instituição liderada por Edmundo Martinho (em 2015 tinha Pedro Santana Lopes como presidente) ao jornal.
Na prática, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa já só espera receber 300 mil euros daquele investimento, cerca de 12% do valor aplicado inicialmente. Mas o montante a recuperar poderá ser superior, dependendo da avaliação da comissão liquidatária e do tribunal sobre se a entidade é ou não um credor comum do BES. Os credores do banco não podem ser ainda mais penalizados por uma resolução bancária (no caso do BES, decidida a 3 de agosto de 2014), do que seriam se o banco fosse logo para liquidação naquela data.
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