Governo tem 50 milhões para apoiar empresas em caso de Hard Brexit
Governo vai criar uma linha de crédito de 50 milhões de euros para apoiar as empresas portuguesas caso o Parlamento britânico reprove o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia.
O Governo vai criar uma linha de crédito de 50 milhões de euros para apoiar as empresas portuguesas caso o Parlamento britânico reprove o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), anunciou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, em conferência de imprensa.
Esta é uma das medidas que o Executivo deverá aprovar em Conselho de Ministros esta quinta-feira e que fazem parte do plano de contingência português para um cenário de Brexit desordenado, sem acordo, conhecido por Hard Brexit. Os deputados britânicos votam o documento esta terça-feira, por volta das 21h00.
Numa conferência de imprensa em São Bento, o ministro Pedro Siza Vieira anunciou que esta linha de financiamento servirá para apoiar as empresas nas “adaptações nos seus modos de funcionamento interno” e “diversificação de mercados de exportações” que as empresas precisarão de executar caso o Brexit se desencadeie sem acordo. Além disso, o Governo planeia aprovar uma série de “incentivos à análise dos impactos que o Brexit pode ter na atividade exportadora de cada empresa”, disse o ministro, em declarações transmitidas pela RTP 3.
Para apoiar as empresas em caso de Hard Brexit, o Executivo também tenciona realizar ações de “divulgação das formalidades que passam a ser aplicáveis às relações comerciais entre empresas” dos dois países, bem como seminários do AICEP e levar a cabo uma maior capacitação dos “centros de atendimento regional do IAPMEI”, prometeu o ministro da Economia.
Turistas britânicos poderão ter tratamento especial nos aeroportos de Faro e Funchal
O ministro da Economia indicou também que, caso o Reino Unido saia da UE sem acordo, serão acionadas algumas medidas para “tentar assegurar a manutenção dos fluxos turísticos”. Entre elas estão “medidas ao nível do atendimento dos turistas britânicos nos aeroportos de Funchal e Faro [os que têm mais tráfego de cidadãos britânicos], de forma a os atendimentos e formalidades de controlo de passaportes passem a processar-se da forma mais simples possível”.
Além disso, “ao nível do turismo, onde o Reino Unido é o maior e principal mercado para Portugal”, o Governo vai implementar uma “campanha promocional junto dos turistas do Reino Unido que vise apresentar e fortalecer a imagem de Portugal como um país amigo do Reino Unido”.
Segundo disse na mesma conferência de imprensa o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, estas são medidas que “foram objeto de uma primeira discussão” esta terça-feira. O ministro, ainda assim, considerou que “seria uma boa notícia” se os deputados britânicos aprovarem o acordo alcançado pelo Governo de Theresa May com a Comissão Europeia.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h46)
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