Depois da saída de Ghosn, CEO da Nissan anuncia demissão
O atual CEO da Nissan disse que, após fazer a aliança Renault-Nissan recuperar dos últimos escândalos que envolveram Carlos Ghosn, vai demitir-se.
Depois da prisão e demissão de Carlos Ghosn da Renault, Hiroto Saikawa anunciou a sua demissão da Nissan. Este anúncio acontece na sequência do escândalo que envolveu a Renault, visto que as duas empresas mantêm uma aliança desde 1999. Saikawa quer revitalizar o grupo mas, ainda antes da reunião anual de junho, espera abandonar a cadeira da presidência.
“Eu devia passar o bastão depois de colocar novamente a empresa [Renault-Nissan] no caminho certo e penso que não devia demorar muito para alcançar esse objetivo”, disse o atual CEO da Nissan, em conferência de imprensa, citado pelo Japan Times (conteúdo em inglês). “Junho não é o prazo e tentarei cumprir com a minha responsabilidade o mais rapidamente possível, para que eu possa passar o bastão”.
Ainda que não tenha definido uma data para a sua saída da administração da Nissan, Saikawa disse que queria fazer a empresa recuperar deste escândalo porque “há muitos problemas para resolver” até junho, altura em que a empresa japonesa vai realizar a sua reunião anual. Até lá, a prioridade será rever toda a liderança.
Estas declarações foram proferidas um dia depois de Carlos Ghosn ter sido substituído por Jean-Dominique Senard na presidência da Renault, parte da Renault-Nissan. Saikawa disse esta sexta-feira que já conversou com Senard e que os dois se comprometeram a trabalhar juntos na administração desta aliança francesa-japonesa. Contudo, recusou comentar mais detalhes desta conversa.
Em novembro, a Renault avançou com uma auditoria interna às remunerações de Ghosn, acusado no Japão de dissimular rendimentos. Acabou por ser detido acusado de fraude fiscal e não tardou até a Nissan começar a acionar os meios necessários para terminar o seu contrato, o que acabou por acontecer a 22 de novembro, decidido por unanimidade. Caso o empresário venha mesmo a ser condenado, a pena de prisão pode ser de dez anos.
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