Brisa vai usar “todos os meios ao seu alcance” para recuperar a concessionária Douro Litoral

A Brisa – Autoestradas de Portugal, SA garante, em comunicado, que “utilizará todos os meios ao seu alcance para repor a legalidade na concessionária Autoestradas do Douro Litoral, após a ação hostil desencadeada por um conjunto de credores liderados pelo hedge fund Strategic Value Partners LLC”.

A concessão da Douro Litoral, onde se incluem as autoestradas A32, A41 e A43, era da Brisa, mas estava em situação de incumprimento financeiro desde 2014. Nessa sequência, as participações sociais da AE Douro Litoral foram transferidas para um conjunto de credores, “liderado pelos fundos de investimento geridos ou assessorados pela Strategic Value Partners LLC e as suas afiliadas e pela Cross OceanAdvisor LPP e as suas afiliadas”. Agora, a Brisa responde em comunicado que a iniciativa daqueles credores surgiu no meio de negociações que estavam a decorrer. Ainda assim, não acrescenta qualquer informação sobre os termos destas negociações.

“A entrada por meios hostis, sem aviso prévio, no meio de um processo negocial, por parte destes fundos de investimento de curto prazo, deve ser motivo de grande preocupação, porque coloca em causa de imediato o normal funcionamento da concessionária e o serviço público prestado aos portugueses pela Autoestradas do Douro Litoral”, avisa a concessionária que é controlada pelo grupo Mello e pelo fundo Arcus.

Neste comunicado, a Brisa critica a estratégia dos fundos que agora tomaram conta da Douro Literal. “O hedge fund de investimento especulativo, Strategic Value Partners, e o consórcio que este lidera, adquiriram dívida aos credores originais a forte desconto com objetivos de rentabilidade desproporcionados, a materializar assumindo o controlo do ativo com o único propósito de o alienar a curto prazo e ao melhor preço”.