“É precipitado” pensar que abrandamento da economia possa levar a uma fase negativa, diz ministro

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2019

O ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, considerou “precipitado” que os sinais de abrandamento da economia indiciem que se vai entrar numa fase negativa.

O ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, considerou esta segunda-feira “precipitado” que os sinais de abrandamento da economia indiciem que se vai entrar numa fase negativa, pelo menos nos próximos tempos.

Numa entrevista conjunta à Agência Lusa e à Efe, com a sua homóloga espanhola, Magdalena Valério, Vieira da Silva sublinhou que a taxa de desemprego está hoje em níveis mais baixos do que estava antes de crise de 2008 pelo que é “um pouco precipitado estarmos já a pensar que vamos entrar numa fase negativa”.

Também Madalena Valério, ministra do Trabalho, Migrações e Segurança Social de Espanha, que se deslocou a Lisboa para formalizar a assinatura do Plano de Atividades para a cooperação em matéria de emprego e assuntos sociais, lamentou a referência frequente ao abrandamento da economia.

Espanha, referiu, está com um crescimento acima da média da União Europeia, apontando para uma taxa que considera “razoável”.

Poderá haver um abrandamento deste crescimento. Mas, se começarmos a falar disso todos os dias, seguramente que o conseguiremos. É o que se chama as profecias que se auto concretizam”, precisou a ministra.

Relativamente à subida da taxa de desemprego em Espanha, registada em janeiro, Magdalena Valério reconhece não ser uma “boa notícia” e, ainda que este seja um movimento habitual no primeiro mês do ano, (devido ao fim da quadra de Natal em que há um reforço de emprego), afirmou que o seu Governo não deseja que se converta num movimento normal.

Magdalena Valério referiu-se ainda ao que Espanha está a fazer para apoiar a comunidade emigrante e ex-emigrante na Venezuela, precisando que foi decidido pagar um complemento aos cidadãos que deixaram de receber daquele país a parte da pensão a que têm direito pelo facto de terem lá trabalhado.

Em causa estão cerca de cinco mil de pensionistas com pensões pagas pela Venezuela e por Espanha, por terem carreiras contributivas em ambos os países, mas que estão sem receber a parte que cabe à Venezuela desde 2016. A medida custará cerca de 20 milhões de euros por ano a Espanha.

Vieira da Silva, socorreu-se do que tem sido dito pelo seu colega dos Negócios Estrangeiros para dizer que Portugal está preparado “para todas as eventualidades para apoiar” a comunidade portuguesa.

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