“Partex é uma noiva apetecível. Há mais de três interessados”, diz António Costa Silva
A entrega de propostas para a compra da Partex Oil deverá decorrer até ao final de março. Depois a escolha do comprador deverá acontecer ainda no primeiro semestre.
A Gulbenkian deverá selecionar o comprador da Partex até ao final do primeiro semestre, revela António Costa e Silva, em entrevista ao Jornal Económico (acesso pago). O presidente executivo da empresa garante que há muitos interessados.
“Costumo dizer que a Partex é uma noiva apetecível e este processo tem confirmado isso”, disse António Costa Silva, garantindo que “há mais de três interessados”. Os bons resultados da empresa e a sua presença global atraem as multinacionais, explica o responsável.
Costumo dizer que a Partex é uma noiva apetecível e este processo tem confirmado isso. Há mais de três interessados.
Em abril do ano passado a Fundação Gulbenkian pôs um ponto final nas negociações com os chineses da CEFC para vender a Partex, tendo em conta as dúvidas levantadas quanto à idoneidade do comprador. Fonte oficial da Fundação, revelou ao ECO, que em setembro, já estava novamente a negociar a venda da petrolífera.
António Costa Silva explica que a entrega de propostas deverá decorrer até ao final de março. Depois a escolha do comprador deverá acontecer ainda no primeiro semestre. “Os potenciais compradores são companhias internacionais muito reputadas”, sublinhou.
“A seleção do candidato final vai ser muito importante. Isso tem de obedecer a múltiplos critérios, e um deles é a aceitação pelas autoridades das geografias onde operamos”, explicou Costa Silva, adiantando que nesses países mantêm “excelentes relações” e são “muitos respeitados”.
Com a venda da Partex — uma operação que para avançar terá sempre de ter luz verde do Governo — a Fundação Gulbenkian esperava encaixar cerca de 500 milhões de euros. A petrolífera representou, em 2017, cerca de 18% dos ativos da Fundação, e a sua alienação é criticada por muitos.
Na mesma entrevista o presidente executivo da Partex defende ainda que seria “péssimo” forçar a saída da Oman Oil da REN. Em causa está a possibilidade de o Governo comprar a participação da Oman Oil na REN, que detém 12% da empresa. Contudo, a REN tem uma capitalização bolsista de 1,7 mil milhões de euros, o que faz com que o preço a pagar por esses 12% seja uma quantia significativa. A potencial aquisição desta fatia representa 208 milhões de euros e, segundo fontes ouvidas pelo Expresso (acesso pago), essa possibilidade nem sequer está em jogo, uma vez que a Oman Oil não estaria disposta a desfazer-se da sua participação na REN.
O responsável considera ainda que se está a criar um “sentimento forte” contra a China na Europa, o quem, na sua opinião, é “mau para todos”.
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