Há poucas mulheres no topo das empresas. Só 6% chegam a CEO
De acordo com a McKinsey, há mais mulheres a saírem das universidades, nos cargos de entrada nas empresas, mas a partir daí são os homens que "reinam".
Quando o tema é igualdade de género no trabalho, os contrastes são notórios. Se, por um lado, há mais mulheres com qualificações universitárias, por outro, há consideravelmente mais homens a ocupar cargos mais elevados, como o de CEO ou chairman. Aliás, a diferença de género nestas cadeiras é bastante expressiva.
Em Portugal, de acordo com o estudo da empresa de consultadoria empresarial McKinsey&Company, em 2017, apenas 6% das mulheres ocupavam a cadeira de CEO numa empresa. É preciso recuar até aos cargos mais iniciais (entry level) para assistir a uma maior percentagem de mulheres a exercer estas funções (58% são mulheres, enquanto apenas 42% são homens).
Contudo, o caminho de progressão de carreira parece ser inverso ao aumento da percentagem de mulheres a desempenhar funções no patamar em questão.
Dos patamares mais juniores para os intermédios, a percentagem de mulheres cai de 58% para 38%. E, se subirmos para os gestores seniores, já só 29% das mulheres ocupavam estes cargos em 2017. A tendência de diminuição culmina quando se atinge o nível de topo, de CEO. Aqui, a diferença entre géneros é superior a 90 pontos percentuais.
Apesar de os homens demonstrarem maior presença ao longo do caminho de progressão de carreira, se recuarmos às universidades, há mais “canudos” nas mãos das mulheres. Elas são as mais qualificadas, ainda que a diferença entre géneros não seja tão expressiva quanto a diferença no que toca aos cargos desempenhados nas empresas.
Baseando-se numa série de indicadores, a consultora norte-americana analisou a igualdade de género no contexto laboral em sete países. Entre eles, Portugal ocupa o sexto lugar, com um score de 0,56, numa escala de 0 a 1. Abaixo de Portugal só está o país vizinho, Espanha.
Na ponta oposta, com a melhor pontuação, estão os Estados Unidos da América (EUA), com um score de 0,72.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Há poucas mulheres no topo das empresas. Só 6% chegam a CEO
{{ noCommentsLabel }}