Angola já pagou 176 milhões da dívida a empresas portuguesas
O ministro do Estado do Desenvolvimento Económico e Social angolano adiantou que mais de metade da dívida reclamada pelas empresas portuguesas já foi paga.
Dos cerca de 280 milhões de euros que o Estado angolano admite ter em dívida para com as empresas portuguesas, cerca de 60% já foram pagos, adiantou o ministro do Estado do Desenvolvimento Económico e Social. Durante a visita de Marcelo Rebelo de Sousa a Angola, o responsável afirmou ainda que estão a ser tomadas medidas para evitar a acumulação de pagamentos em atraso no futuro.
Angola já pagou 176 milhões de euros daquilo que deve a Portugal, o correspondente a cerca de 60% da dívida certificada pelo Ministério das Finanças daquele país, num total que ronda os 280 milhões de euros, revelou o ministro Manuel Nunes Júnior, na abertura do terceiro fórum empresarial Angola — Portugal, citado pela agência de notícias angolana Angop. Para o responsável, dado o curto espaço de tempo em que este processo está a ser resolvido, tudo indica que as coisas caminham num bom sentido.
João Lourenço, presidente de Angola, já tinha afirmado esta quarta-feira que a dívida “não é um tabu”. “O processo de certificação das dívidas está em curso, não está terminado. Estamos a aguardar que termine. À medida que for certificado, os pagamentos vão sendo feitos”, acrescentou o chefe do executivo angolano, explicando que a forma de pagamento das dívidas é analisada “caso a caso”.
Manuel Nunes Júnior, o ministro do Estado angolano, afirmou ainda durante o fórum empresarial que o Governo está a tomar medidas para evitar situações semelhantes no futuro, com o objetivo de tornar Angola num verdadeiro Estado de Direito, em que ninguém está acima da lei. “A confiança na lei e nas instituições têm estado a aumentar em Angola”, sublinhou, citado pela Angop, referindo que hoje o país vive um ambiente diferente a nível de justiça, algo que é positivo para os angolanos e para os estrangeiros.
“Estão a ser tomadas em Angola as medidas necessárias para que a confiança seja restaurada no mercado e na economia nacional. Como é do conhecimento geral, desde dezembro de 2018, as principais medidas de Política Económica e Financeira do Executivo angolano passaram a contar com o apoio técnico e financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI), no âmbito de um programa de financiamento alargado estabelecido entre Angola e o FMI”, contextualizou.
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