Brexit: Donald Tusk abre a porta a “longa extensão” se Reino Unido repensar estratégia
"Durante as consultas antes do Conselho Europeu, pedirei aos 27 que estejam abertos a uma longa extensão se o Reino Unido a considerar necessária para repensar a sua estratégia do Brexit", disse Tusk.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, revelou esta quinta-feira que irá pedir aos líderes dos 27 que aceitem “uma longa extensão” do Brexit, caso o Reino Unido a solicite para repensar a sua estratégia e “construir um consenso”.
“Durante as consultas antes do Conselho Europeu, pedirei aos 27 que estejam abertos a uma longa extensão se o Reino Unido a considerar necessária para repensar a sua estratégia do Brexit e construir um consenso sobre ela”, escreveu na sua conta na rede social Twitter.
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A proposta de Donald Tusk acontece a poucos dias da cimeira europeia, que decorrerá entre 21 e 22 de março em Bruxelas, e no dia em que o Parlamento britânico vai votar o adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) para depois de 29 de março, o qual poderá ser longo se não for aprovado um acordo até quarta-feira.
Após uma maioria de 321 deputados contra 278 ter descartado na quarta-feira um Brexit sem acordo, a primeira-ministra admitiu ser inevitável um adiamento da data de saída para além de 29 de março, cuja duração pode variar.
Na moção que apresentou para ser debatida e votada, o Governo de Theresa May sugere pedir à União Europeia uma “prorrogação técnica curta e limitada” de três meses, até 30 de junho, necessária apenas para passar a legislação necessária caso o Parlamento aprove um acordo até quarta-feira, 20 de março.
“Se tal não acontecer, então é muito provável que o Conselho Europeu, na sua reunião no dia seguinte, exija um propósito claro para qualquer extensão, nomeadamente para determinar a sua duração”, refere o texto. O Governo britânico vinca, na sua moção, que qualquer prorrogação para além de 30 de junho exige que o Reino Unido realize eleições para o Parlamento Europeu em maio.
Na declaração que fez após a votação, cujo resultado não é vinculativo, a primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que na lei continua que o Reino Unido vai sair da UE e que sair com o acordo que o executivo negociou com Bruxelas continua a ser a melhor forma de garantir o Brexit.
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