Fundo de Resolução já pagou ao Estado 466 milhões em juros
Dos empréstimos que o Estado já providenciou ao Fundo de Resolução, já foram parar aos cofres públicos 466 milhões de euros em comissões e juros.
Luís Máximo dos Santos, presidente do Fundo de Resolução, adiantou aos deputados que a entidade que lidera já pagou ao Estado mais de 460 milhões de euros em comissões e juros pelos empréstimos públicos que já recebeu.
“O valor de comissões e juros totalizam 466 milhões de euros, considerando os vários empréstimos ao Fundo de Resolução”, revelou o presidente daquela instituição esta quarta-feira no Parlamento, onde está a ser ouvido por causa do do Novo Banco.
Desde a sua criação, em 2012, o Fundo de Resolução já contraiu vários empréstimos junto do Estado. O último destes financiamentos públicos aconteceu no ano passado, com o Tesouro português a emprestar 430 milhões de euros para o Fundo de Resolução injetar no Novo Banco no âmbito do mecanismo de capital contingente de 3,9 mil milhões, criado aquando da venda do banco ao Lone Star em 2017. Existe ainda uma garantia pública no âmbito da resolução do Banif.
Este ano, o Estado também vai ter de emprestar dinheiro ao Fundo de Resolução, depois de o Novo Banco ter pedido uma compensação financeira de 1.150 milhões de euros ao abrigo daquela “garantia pública”.
O responsável revelou ainda que os bancos do sistema já contribuíram com cerca de 1.300 milhões de euros para o Fundo de Resolução. Parte deste montante vieram de contribuições da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o que também resulta, por via indireta, numa contribuição pública para financiar o Novo Banco, reconheceu Máximo dos Santos.
O presidente do Fundo de Resolução tentou, ainda assim, relativizar o tema do dinheiro público no Novo Banco, dado que, a longo prazo, o Fundo de Resolução vai devolver todos os empréstimos do Estado.
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