5G é “uma corrida que vamos ganhar”, diz Donald Trump
O Presidente dos Estados Unidos está decidido a vencer a "corrida 5G". "Não podemos permitir que qualquer outro país ultrapasse os EUA nesta poderosa indústria do futuro", disse.
O Presidente dos Estados Unidos afirmou esta sexta-feira que o país tem de desenvolver e implementar a tecnologia da quinta geração móvel (5G), sublinhando que esta é uma corrida que o país “tem de vencer”.
“Não podemos permitir que qualquer outro país ultrapasse os EUA nesta poderosa indústria do futuro (…) simplesmente não podemos permitir que isso aconteça”, disse Donald Trump, na sexta-feira, na Casa Branca. “A corrida 5G é uma corrida que os Estados Unidos devem vencer e, francamente, é uma corrida em que as nossas grandes empresas já estão envolvidas. Damos-lhes o incentivo de que precisam e é uma corrida que vamos ganhar“, acrescentou.
Embora Trump não tenha feito referência direta a outros países, a China e outros países da Ásia também estão a desenvolver de forma acelerada a tecnologia 5G. A 5 de abril, a Coreia do Sul começou a disponibilizar a rede móvel de quinta geração através de três operadoras, tornando-se no primeiro país com esta tecnologia, em 85 cidades, rodovias ou linhas ferroviárias de alta velocidade e que pretende estender a todo o território.
Nos Estados Unidos, o 5G só está disponível, neste momento através da operadora Verizon e em certas áreas de Chicago e Minneapolis. No entanto, Trump assegurou que os Estados Unidos vão reforçar os mercados 5G até o final do ano: “Os EUA terão 5G em 92 mercados no país. Vamos acelerar esse ritmo rapidamente”, afirmou.
“Não podemos descansar, a corrida está longe de terminar, as empresas americanas precisam de liderar a tecnologia de telemóveis globalmente, as redes 5G precisam de estar seguras, precisam de ser fortes, precisam de ser protegidas do inimigo”, disse o Presidente norte-americano. No discurso, Trump deixou claro que o Governo deixou toda a iniciativa de desenvolvimento 5G para o setor privado.
O desenvolvimento do 5G tem, porém, vindo a ser marcado por polémicas relacionadas com a fabricante chinesa Huawei. A Huawei é acusada de espionagem industrial e outros 12 crimes pelos Estados Unidos, país que chegou a proibir a compra de produtos da marca em agências governamentais e que tem tentado pressionar outros, como Portugal, a excluírem a empresa no desenvolvimento das redes 5G.
Portugal já disse que não o fará e desvalorizou a polémica. A Huawei tem também rejeitado as suspeitas, insistindo que não tem “portas traseiras” para aceder e controlar qualquer dispositivo sem o conhecimento do utilizador.
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