EDP está a ser usada como “uma espécie de arma de arremesso”, diz Luís Amado
O Presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP defende que o caso das rendas excessivas tem vindo a "desgastar" a imagem da energética e que esta está a ser usada como "uma arma de arremesso".
O caso das rendas excessivas tem vindo a “desgastar” a imagem da EDP, afirma o presidente do Conselho Geral e de Supervisão da energética que, em entrevista à Antena 1/Jornal de Negócios defendeu que se deve ter noção de que a EDP é a “principal multinacional de um setor extremamente importante”. Não olha para este caso como uma perseguição, embora considere que a empresa está a ser usada no meio da “batalha política eleitoral”.
“O que eu acho negativo no caso da EDP é uma política de desgaste e de erosão de uma empresa que é uma campeã do ponto de vista multinacional. E, sob esse ponto de vista, sim, sou crítico de orientações que, muitas vezes, desgastam a imagem de uma empresa, que não devia ser favorecida, mas colocada no plano que deve ter enquanto principal multinacional de um setor extremamente importante para o futuro da economia portuguesa“, começou por dizer Luís Amado sobre o caso das rendas excessivas.
Para o ex-ministro dos negócios estrangeiros, todos estes acontecimentos “têm consequências do ponto de vista reputacional” e “tudo o que são mensagens que desgastam a empresa, refletem-se também na apreciação que é feita pelos investidores”.
Ainda assim, quando questionado se se trata de uma perseguição, Luís Amado respondeu que não acredita nisso. “Não diria isso [perseguição]. Mas o facto é que a EDP se tornou uma espécie de arma arremesso político na batalha política eleitoral, em nome de questões que estão referenciadas no passado”.
Nesse âmbito, deixou um alerta: o processo de transição para as energias limpas acelerou e isso “vai obrigar as organizações do setor e todas as empresas a adaptarem-se”. Defende, por isso, que uma empresa como a EDP “não pode distrair-se tanto com o passado e perder tempo e energia com os problemas do passado”, correndo o risco de deixar de ser uma empresa de referência no setor das renováveis. Risco esse que admite que “existe, se a empresa não for capaz de controlar um processo de transição interna que tem de assumir”.
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