TAP já cancelou um voo. easyJet faz paragens técnicas e regista seis atrasos. Aeroportos de Lisboa e Faro sem combustível
Com a greve dos motoristas, abastecimento de 'jet fuel' aos aeroportos regista perturbações. Voo da TAP já foi cancelado e easyJet optou por paragens técnicas adicionais em voos, levando a 6 atrasos.
A TAP já foi obrigada a cancelar um voo (Lisboa-Faro) à conta da paralisação dos motoristas de mercadorias perigosas, greve que acabou também por provocar seis atrasos em ligações da easyJet. A paragem destes motoristas provocou a suspensão da entrega de combustível para aviões nos aeroportos portugueses.
Contactada, fonte oficial da TAP referiu ao ECO que até às 14h30 desta terça-feira, “a operação ainda decorre com normalidade, tendo a TAP apenas cancelado um voo (TP1907 Lisboa–Faro), devido à impossibilidade de abastecimento em Faro”.
A transportadora referiu que “apesar de ser alheia à greve dos transportes de mercadorias perigosas”, já “elaborou um plano de contingência para, dentro das suas possibilidades, limitar ao máximo o impacto desta greve nos voos e nos clientes”. Ainda assim, a companhia pediu que os intervenientes neste dossiê o resolvam de forma rápida. “A TAP aguarda que esta situação se resolva com a maior celeridade possível por parte dos intervenientes.”
Além da TAP, também a easyJet registou ligeiras perturbações na sua operação em Portugal, ainda que não tenha tido necessidade de cancelar qualquer voo. “Apesar de esta ser uma situação fora do nosso controlo, não tivemos que cancelar qualquer voo. Ainda assim, a easyJet teve que realizar algumas paragens técnicas adicionais para reabastecer em aeroportos alternativos, resultando no atraso de 6 voos”, explicou fonte oficial da empresa ao ECO.
Questionada sobre eventuais custos destas paragens técnicas adicionais, a mesma fonte salientou que a perturbação na operação da easyJet tem sido muito baixa, pelo que acabou por não ter qualquer expressão na operação da empresa.
No Aeroporto de Faro o fornecimento de combustível foi “suspenso, pelas empresas petrolíferas, desde segunda-feira à noite”, indicou a ANA. Já em Lisboa, no Aeroporto Humberto Delgado “prevê-se a mesma interrupção de abastecimento de combustível, pelas empresas petrolíferas, a partir de hoje às 12h00“, apontou a ANA. A autoridade dos aeroportos de Portugal diz que não foram assegurados os serviços mínimos.
Na manhã desta terça-feira, o Governo aprovou uma resolução do Conselho de Ministros que reconhece a necessidade de uma requisição civil dos motoristas de matérias perigosas em situação de greve para “assegurar a satisfação de necessidades sociais”, segundo explicam em comunicado. Na sequência desta requisição civil, as empresas petrolíferas estarão a preparar um comboio de camiões-cisterna para restabelecer o abastecimento de forma célere.
A resolução do governo destaca que “a greve em curso afeta o abastecimento de combustíveis aos aeroportos, bombeiros e portos, bem como o abastecimento de combustíveis às empresas de transportes públicos e aos postos de abastecimento da grande Lisboa e do grande Porto”.
Ainda em relação ao setor da aviação, fonte oficial da ANA adiantou ao ECO ao longo desta manhã que a falta de combustível disponível nos aeroportos não significa automaticamente que todos os voos sejam cancelados. Segundo a gestora destas infraestruturas, as companhias aéreas podem planear as suas rotas de modo a que cheguem a Lisboa ou Faro com os tanques cheios de combustível, ou abastecer a outros sítios, tal como foi o caso da easyJet, nomeadamente ao Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, que “é abastecido por pipeline desde Leça da Palmeira”, indica.
Os passageiros com voos nos aeroportos de Lisboa e Faro devem informar-se junto das companhias aéreas, alerta a gestora dos aeroportos no seu site. “A ANA, sendo totalmente alheia a esta situação, lamenta o transtorno causado aos passageiros e espera que a situação seja resolvida com a máxima urgência pelas autoridades competentes”, concluem em comunicado.
(Notícias em atualização)
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