Transportadoras rodoviárias aguentam mais “dia e meio” sem mais combustível
As empresas de transporte rodoviário aguentam mais "dia e meio" sem abastecimento de combustível. A TST e a Rodoviária do Oeste já anunciaram planos para reduzir a oferta.
As empresas de transportes rodoviários têm combustível para, “no limite, dia e meio”, avançou à Lusa o presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP), Luís Cabaço Martins. A greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas levou a que o cenário para as rodoviárias se tivesse agravado “com a passagem de mais um dia”, referiu o líder associativo.
“O ponto de situação das empresas foi feito e já mandamos as conclusões para o Governo”, adiantou Cabaço Martins. O presidente da ANTROP está agora à espera de perceber se os transportes públicos serão incluídos no alargamento dos serviços mínimos da greve, medida que foi hoje anunciada pelo primeiro-ministro, António Costa.
Cabaço Martins referiu que as transportadoras estão a aguardar “que se confirme essa informação da integração nos serviços mínimos que permite receber alguns abastecimentos nas próximas horas”.
Entretanto, empresas como a Transportes Sul do Tejo (TST) e a Rodoviária do Oeste já anunciaram planos para reduzir a oferta, caso a situação não se resolva. A TST avançou mesmo com a supressão de alguns serviços.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00h00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica. A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) informou que não foi ainda retomado o abastecimento dos postos de combustível, apesar da requisição civil, e que já há marcas “praticamente” com a rede esgotada.
O primeiro-ministro admitiu alargar os serviços mínimos e adiantou que o abastecimento de combustível está “inteiramente assegurado” para aeroportos, forças de segurança e emergência.
Na terça-feira, alegando o não cumprimento dos serviços mínimos decretados, o Governo avançou com a requisição civil, definindo que até quinta-feira os trabalhadores a requisitar devem corresponder “aos que se disponibilizem para assegurar funções em serviços mínimos e, na sua ausência ou insuficiência, os que constem da escala de serviço”.
No final da tarde de terça-feira, o Governo declarou a “situação de alerta” devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos e, numa reunião durante a noite com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, foram definidos os serviços mínimos.
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