Vendas a retalho cresceram 3,4% em 2018. Televisões e smartphones ainda mais
O não alimentar foi o principal motor do aumento das vendas a retalho no ano passado. Nesse segmento, destacaram-se as vendas de bens de equipamento como televisões ou smartphones.
As vendas no setor do retalho alimentar e não alimentar cresceram 3,4% no ano passado, para 20.945 milhões de euros. Esta evolução resultou do aumento tanto do volume de vendas dos dois segmentos, mas contou com uma contribuição maior do setor não alimentar. Nesse campo, destacaram-se as vendas de bens duradouros como televisões, mas também do volume das vendas de smartphones.
Segundo o barómetro de vendas da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) divulgado está quarta-feira, o retalho alimentar registou uma subida de 2,8%, para os 12.403 milhões de euros, enquanto o não alimentar aumentou as vendas em 4,3%, atingindo os 8.542 milhões, no ano passado.
Comparativamente ao ano anterior, o retalho alimentar desacelerou face ao crescimento de 3,9% registado em 2017, enquanto o não alimentar apresentou uma subida nas vendas superior aos 3,8% daquele ano.
“O aumento do consumo privado manifestou-se num crescimento do número de vendas dos bens não alimentares”, refere Gonçalo Lobo Xavier para justificar aquela aceleração do crescimento das vendas. “A população investiu mais em áreas dos bens duradouros, mais ligados ao seu bem-estar”, acrescentou.
Neste campo, destaca-se o crescimento de 4,2%, para 359 milhões de euros, das vendas de produtos como a eletrónica de consumo, onde se destacaram em particular as vendas de televisões e de mini colunas de som, situação que o responsável da APED associa ao facto de 2018 ter sido ano de mundial de futebol.
Os equipamentos de telecomunicações também se destacam (+9,5%, para 588 milhões de euros), e em concreto a venda de smartphones que cresceram 8%, no ano passado.
De salientar ainda a venda de pequenos e grandes eletrodomésticos, com aumentos de 7,1% e 6,8%, respetivamente, situação que Gonçalo Lobo Xavier relaciona diretamente com o crescimento do setor imobiliário e do alojamento local.
Já no que diz respeito ao setor alimentar, o diretor geral da APED diz que este está “maduro”, tendo o segmento de congelados sido o que registou um maior aumento de vendas: 6,1%.
Já as promoções continuaram a aumentar no setor não alimentar, representando 46,4% das vendas, valor que compara com os 45% do ano anterior. Na distribuição entre marcas de fabricantes e de distribuição manteve-se praticamente em equilíbrio.
As vendas das popularmente conhecidas como “marcas brancas” representaram 66,4%, enquanto as de fabricantes pesaram 33,6% do total.
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