Lucro da Semapa cresce 46% para quase 40 milhões de euros no primeiro trimestre
O conglomerado da pasta e papel viu os lucros aumentarem no primeiro trimestre para quase 40 milhões de euros. Resultados da Secil são os principais responsáveis pelo crescimento dos lucros em 46%.
O grupo Semapa, conglomerado que atua nos setores da pasta e papel, cimento e ambiente, fechou o primeiro trimestre com um resultado líquido atribuível a acionistas de 39,7 milhões de euros, mais 46,3% face ao mesmo período.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo liderado por João Castello Branco justifica este desempenho nos três primeiros meses com a subida do EBITA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) que registou uma evolução de 2,3% para 132,6 milhões de euros.
A empresa detalha que a Secil é a principal responsável por este crescimento, mas alerta que, excluindo o impacto de 9,4 milhões de euros resultante da venda do negócio de ‘pellets’ pela Navigator, o EBITDA teria crescido 12,4 milhões de euros.
A melhoria dos resultados financeiros líquidos — em cerca de 9,4 milhões de euros, face a igual período do ano passado — e a redução dos impostos sobre o rendimento em cerca de 6,4 milhões de euros são outros fatores identificados pela Semapa para justificar os resultados até março.
O volume de negócios consolidado da dona da Secil e da Navigator cresceu 8,4% para 551,3 milhões de euros. A contribuir para este comportamento estão as exportações e vendas no exterior que ascenderam a 403,4 milhões de euros, o que representa 73,2% do volume de negócios.
Por áreas de negócio, o destaque vai para o segmento de pasta e papel que contribuiu com 421,8 milhões de euros para o volume de negócios consolidado. O cimento atingiu os 123,6 milhões de euros, enquanto a área de ambiente é responsável por 5,9 milhões.
A dívida líquida consolidada totalizava, em 31 de março, 1.620 milhões de euros, o que significa um aumento de 68,4 milhões de euros face ao valor registado no final do exercício de 2018.
Sobre este indicador, a Semapa sublinha que, em janeiro, adotou uma norma contabilística que teve como efeito uma subida da dívida líquida em 69,4 milhões de euros, por contrapartida de ativos fixos. Segundo a empresa, excluindo esse efeito, a dívida líquida seria de 1.550,6 milhões de euros, valor inferior ao apurado no final de 2018
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