Boeing admite falhas no simulador de voo do 737 Max
O simulador de voo foi incapaz de reproduzir algumas das condições. Após dois acidentes que levaram à morte de 346 pessoas, a empresa anunciou que está a trabalhar em melhorias no software.
A Boeing admitiu que havia falhas no software de simulação que foi usado para reproduzir as condições de voo dos aviões 737 Max, que estiveram envolvidos em dois acidentes mortais nos últimos seis meses. A notícia avançada pelo Financial Times (acesso condicionado e conteúdo em inglês) este domingo é mais um embate na reputação da empresa de aviação.
O simulador de voo foi incapaz de reproduzir algumas das condições, revela o comunicado citado pelo FT. “A Boeing fez correções no simulador do 737 Max e disponibilizou informação adicional aos operadores para assegurar que a experiência de simulação é representativa de todas as diferentes condições de voo”, afirmou fonte oficial.
“Estas mudanças foram feitas para melhorar a simulação de carga de força na roda de compensação manual. A Boeing está a trabalhar proximamente com fabricantes e reguladores nestas mudanças e melhorias, bem como para assegurar que o treino dos clientes não é interrompido”, acrescentou.
A possibilidade de haver problemas nos sistemas de simulação usados pelas companhias aéreas para treino dos pilotos já tinha sido noticiada pelo New York Times. No entanto, esta é a primeira vez que a empresa admite estar a trabalhar em correções.
O Departamento dos Transportes do Governo dos EUA lançou há dois meses uma auditoria à certificação do Boeing 737 MAX 8, após dois desastres em que morreram 346 pessoas. Um 737 MAX 8 da Etiópia Airlines despenhou-se em 10 de março a sudeste de Adis Abeba, provocando a morte dos 157 ocupantes. Menos de seis meses antes, em outubro do ano passado, a queda de um outro aparelho da Lion Air provocou 189 mortos, na Indonésia.
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