Porto e Sporting com 330 milhões de euros em campo a lutar pela Taça de Portugal
No papel, o desequilíbrio é acentuado: o onze provável do Futebol Clube do Porto está avaliado em 230 milhões e o do Sporting em 100 milhões. Mas como a Taça da Liga mostrou, o papel vale o que vale.
O valor acumulado dos onze prováveis de Futebol Clube do Porto e do Sporting Clube de Portugal para a final da Taça de Portugal de este sábado à tarde mostram uma diferença significativa entre os dois emblemas, numa dimensão que, todavia, não ficou evidente ao longo da temporada.
Se os azuis e brancos deverão apresentar no relvado uma equipa avaliada em 230 milhões de euros, o clube de Alvalade terá em campo não mais de 100 milhões de euros, mostram os dados compilados sobre cada um dos plantéis pelo Transfermarkt. Mas há razões que justificam tão larga diferença.
A começar por Bas Dost, que é como quem diz nos 20 milhões de euros do passe do jogador que deve começar o jogo no banco. Luiz Phellype, que tem jogado no lugar do holandês, continua avaliado em 1,5 milhões de euros apesar da boa reta final de temporada que está a fazer no Sporting.
Além disso, e do lado do Porto, Éder Militão já viu a sua avaliação ajustada ao preço que o Real Madrid aceitou pagar pelo defesa central. Já Bruno Fernandes, e apesar de estar a ser negociado por valores superiores, continua avaliado em 35 milhões.
Para estas contas foram considerados os seguintes onzes prováveis:
FCP: Fabiano (0,5M), Éder Militão (50M), Felipe (17M), Pepe (1,5M), Alex Telles (30M), Danilo (28M), Herrera (22M), Brahimi (26M), Otávio (13M), Marega (30M), Soares (12M).
SCP: Renan (2M), Bruno Gaspar (4,5M), Coates (14M), Mathieu (2M), Acuña (15M), Wendel (7,5M), Gudelj (6,5M), Bruno Fernandes (35M), Raphinha (6,5M), Luiz Phellype (1,5M), Diaby (5,5M).
Por setor: Éder Militão vale mais que a defesa do Sporting
Analisemos agora as diferenças de cada um dos clubes por setor. À baliza, a vantagem é verde-e-branca: Renan tem um valor de mercado de dois milhões de euros, contra os 500 mil euros em que o Transfermarkt valoriza Fabiano. Mas esta vantagem é dizimada logo no quarteto defensivo de cada clube.
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Só os 50 milhões de euros de Éder Militão valem mais que os quatro defesas do Sporting. Bruno Gaspar, Coates, Mathieu e Acuña acumulam um valor de mercado de 35,5 milhões. Juntando Alex Telles (30 milhões), Felipe (17 milhões) e Pepe (1,5 milhões) a Éder Militão, conclui-se que a defesa dos dragões vale perto de 100 milhões de euros — quase tanto como todo o XI provável do Sporting.
É no meio-campo que as equipas se apresentam com avaliações mais equiparadas, ainda que com vantagem clara para o Futebol Clube do Porto. Danilo, Herrera, Brahimi e Otávio estão avaliados em 89 milhões de euros — entre os 28 milhões de Danilo e os 13 milhões de Otávio –, o que compara com os 55,5 milhões do meio-campo dos leões, muito inflacionado pelos 35 milhões em que o passe de Bruno Fernandes está, por agora, avaliado.
Mas é lá à frente que os números do Porto mais se afastam dos do Sporting, culpa da ausência de Bas Dost do onze inicial, mas também da falta de uma reavaliação ao passe de Luiz Phellype, que prossegue avaliado em 1,5 milhões. De todas as formas, Marega e Tiquinho Soares significa ter 42 milhões de euros apontados à baliza do Sporting. Do outro lado, a baliza de Fabiano terá de enfrentar um ataque avaliado em sete milhões de euros — somando os 5,5 milhões de Diaby à avaliação de Phellype.
Contudo, e como a final da Taça da Liga demonstrou recentemente, ou mesmo a caminhada do Ajax na Liga dos Campeões desta temporada, todas estas avaliações, contas e demais estatísticas por vezes de pouco importam quando o árbitro apita para o arranque do jogo.
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