Fiat Chrysler irá propor nos próximos dias fusão à Renault
Fusão entre a Fiat e a Renault implicaria vendas combinadas de 8,72 milhões de veículos, superando os 8,38 milhões da General Motors.
A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) irá propor, nos próximos dias, ao grupo francês Renault a fusão das duas empresas, avança este domingo o jornal japonês “Nikkei”. A proposta de iniciar negociações com vistas à fusão será apresentada “dentro de alguns dias”, disseram várias fontes anónimas da FCA ao jornal.
A notícia do “Nikkei” foi divulgada horas depois de o jornal “The Financial Times” ter noticiado que a FCA e a Renault estão a negociar o fortalecimento dos seus laços com uma possível aliança, em conversas que estão “a avançar”.
Segundo o jornal britânico, a Fiat poderia expandir os seus atuais laços com a Renault e, no futuro, unir-se à aliança que a empresa francesa tem com a japonesa Nissan Motor e a Mitsubishi.
Já o jornal japonês, numa notícia datada de Frankfurt, garante que, para chegar a essa fusão, a FCA pretende manter na mesma situação a aliança que a Renault tem com a Nissan Motor e a Mitsubishi.
Essa aliança foi moldada em 1999 e um de seus arquitetos foi Carlos Ghosn, ex-presidente da Renault, Nissan e Mitsubishi, agora processado pela justiça do Japão por alegadas irregularidades financeiras.
A Renault expressou anteriormente o seu desejo de alcançar uma fusão com a Nissan Motor, mas o novo presidente da empresa, Jean-Dominique Senard, que substituiu Ghosn à frente da empresa francesa, acredita que a ideia não é uma prioridade.
A Nissan Motor, que controla a Mitsubishi, não é favorável a uma fusão com a Renault.
Em 14 de maio, o presidente executivo da Nissan, Hiroto Saikawa, argumentou que uma possível fusão poderia “minar a força da Nissan”.
A Renault, cujo maior acionista é o Estado francês, com 15,1% do capital, possui 43,4% das ações da Nissan Motor. A empresa japonesa tem, por sua vez, 15% do capital francês.
Segundo o “Nikkei”, uma fusão entre a Fiat e a Renault implicaria vendas combinadas de 8,72 milhões de veículos, superando os 8,38 milhões da General Motors, que no ano passado ficou em quarto lugar no ranking mundial.
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