Metros nacionais geraram benefício ambiental de 11 mil milhões de euros face ao transporte individual
Os sistemas de metropolitano nacionais estão a gerar claros benefícios ambientais para o país. Número de passageiros continua a aumentar.
Numa altura em que as alterações climáticas estão entre as principais preocupações globais, o impacto da área dos transportes é um dos mais referidos. Os metros nacionais, totalmente elétricos, geraram um benefício ambiental de cerca de 11 mil milhões de euros face ao transporte individual, num período de cinco anos.
Já quando comparado com o autocarro, optar pelo metro trouxe um benefício ambiental na ordem dos cinco mil milhões de euros, estima a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), no primeiro relatório sobre o “Ecossistema dos Metropolitanos Nacionais”, que se debruça sobre o período de 2012 a 2017.
O número de viajantes nos sistemas de metropolitano nacionais, os Metros de Lisboa, Porto e do Sul do Tejo, cresceu 15% nesses cinco anos, totalizando 235 milhões de passageiros. As viagens realizadas são curtas, sendo que a distância média percorrida por passageiro é de aproximadamente cinco quilómetros.
Mesmo com este crescimento, os metros não viajam sempre cheios. No metropolitano da capital são preenchidos em média cerca de um quarto dos lugares, sendo que a taxa de ocupação ronda os 24,5%. Já no Porto a taxa é de 19,5%, enquanto no metro que circula na margem sul de Lisboa a ocupação fica-se pelos 10%.
Interrupção das indemnizações compensatórias fez EBITDA cair 90%
Segundo as contas da AMT, os três operadores dos metros nacionais geram anualmente 173 milhões de euros em receitas operacionais, o que se traduz num crescimento de 27% no período analisado. Enquanto isso, os gastos operacionais fixam-se nos 170 milhões de euros anuais.
A AMT destaca, por outro lado, uma “diminuição do EBITDA em cerca de 90% (menos 27 milhões de euros), explicado essencialmente pela interrupção do pagamento de indemnizações compensatórias aos dois operadores do setor empresarial do Estado (Metro de Lisboa e do Porto) a partir de 2015″. Entretanto, o pagamento destas compensações já foi retomado.
Ao contrário dos sistemas de metro de Lisboa e do Porto, o Metro do Sul do Tejo é gerido em regime de parceria público-privada, sendo explorado pelo consórcio Metro Transportes do Sul, que é liderado pelo Grupo Barraqueiro.
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