Procura-se humano com experiência em felicidade
Happiness manager é responsável pelas iniciativas de bem-estar em felicidade e de responsabilidade social. Aubay procura alguém com soft skills acima da média.
Há quase dois anos a Aubay, consultora de tecnologia, criou a posição de ‘happiness manager’, um cargo ocupado por alguém que ficaria responsável pela felicidade da equipa. Está à altura do desafio? Pois bem, a empresa acaba de lançar uma campanha de recrutamento para a posição.
“Precisamos de alguém extremamente criativo, dinâmico, divertido, extrovertido, empático e com quem as pessoas gostem de estar e de conversar. Quando alguém fala com o happiness manager deve ficar a sentir-se melhor do que o que estava antes de o fazer, ou seja, tem de ser alguém com soft skills acima da média. Ao contrário do que acontece em outras empresas, a Aubay não procura um office & happiness manager, que está habitualmente mais focado em ações e iniciativas no escritório para estimular um bom ambiente de trabalho, procuramos algo mais amplo. Procuramos uma pessoa capaz de chegar até aos colegas, estejam eles no escritório ou fora dele. (…) temos profissionais espalhados por várias geografias a trabalhar nas instalações de clientes, sendo fundamental que essas pessoas nunca deixem de se sentir parte integrante da Aubay. Para tal, é fundamental que consigamos chegar até todos eles de diferentes formas e a figura de happiness manager é uma ferramenta imprescindível para esse objetivo”, refere João Miguel Rodrigues, head of talent development & employer branding da Aubay, a propósito da importância da felicidade dentro da organização.
A figura do happiness manager foi essencial para que, internamente, a mensagem de que há uma preocupação com o bem-estar das pessoas fosse reforçada, como explica João, que compara esta função ao departamento de qualidade de qualquer indústria: “Para garantir a qualidade de um produto foram criados departamentos de qualidade, por forma a quem está envolvido no processo nunca se esquecer que existem padrões que devem ser garantidos, caso contrário o departamento de qualidade vai intervir e o produto não passará para o cliente. Na Aubay, é exatamente isso que procuramos, se houver num processo de relação interpessoal algo que não siga o padrão que acreditamos ser o ideal, temos uma pessoa a quem recorrer, que pode intervir e tentar garantir que todos os processos são humanizados e que se procura estabelecer os níveis desejáveis de felicidade de todas as partes”.
Em 2017, Fábio Pina, que foi selecionado para este desafio, desempenhava também tarefas de comunicação e marketing, algo que a consultora quer alterar. “A nossa aposta é que evolua agora para algo totalmente exclusivo e focado na felicidade e bem-estar dos nossos colaboradores. Queremos que a função seja cada vez mais visível internamente e que chegue a todos sem exceção”, explica o responsável pela área de desenvolvimento de talento e da marca.
O happiness manager tem, nas palavras de João Miguel Rodrigues, “uma componente estratégica forte”. Tem de criar conceitos para se aproximar das pessoas que vão além dos eventos corporativos (anualmente Aubay organiza 12 festas e dezenas de teambuildings, além dos almoços semanais que reúnem perto de 250 colaboradores em Lisboa e 80 colaboradores no Porto). Além das iniciativas de bem-estar em felicidade e de responsabilidade social, esta pessoa é uma espécie de “relações públicas e embaixador da cultura Aubay”. “Tem também várias tarefas de cariz mais operacional, como telefonar aos colaboradores nos dias de aniversário, encomendar presentes para o nascimento de filhos dos colaboradores, comprar presentes para colaboradores que estejam doentes, assinalar o dia de aniversário na empresa, participar das sessões de boas-vindas a novos consultores, visitar colaboradores que estejam fora do escritório em projetos em cliente, entre muitas outras tarefas que visam acima de tudo ser alguém próximo de todos”.
O bem-estar é, cada vez mais, uma exigência dos colaboradores e uma preocupação das empresas. Talvez por isso, no universo de 800 colaboradores, a figura do happiness manager tenha ganho rapidamente importância. “Quando a função foi criada, ou até mesmo quando os novos colaboradores ouvem falar da função, ficam algo curiosos e desconfiados, mas depois quando têm oportunidade de conhecer a pessoa e de ver o seu trabalho, normalmente reconhecem valor e percebem o que a empresa pretende com a sua existência. O que mais valorizam habitualmente é a forma como o happiness manager as trata, as acolhe, o facto de as tratar pelo nome ou até mesmo pela alcunha, como muitas vezes sabe o nome dos filhos, como sabe os seus hobbies, como os faz sentir especiais e parte da família”.
“A felicidade organizacional é de facto uma aposta estratégica da Aubay e que procura contribuir para o engagement e para a atração e retenção de talento, que são dois desafios tremendos no nosso setor em particular. Não é só por isso que apostamos nesta cultura, pois é algo que faz parte do nosso ADN e que nos acompanha desde 2007, data em que arrancamos a nossa operação em Portugal. Em 2017, apenas decidimos materializar esta ideia e apostar de forma declarada em ter uma pessoa que funcione como embaixador da cultura”, acrescenta.
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