Faltam profissionais em alguns setores do turismo
Setor valoriza cada vez mais as qualificações, assim como a experiência no cargo e soft skills como: dinamismo, resiliência e capacidade de gestão de equipas.
No setor do turismo, a procura por novos colaboradores é liderada pela hotelaria, tendo crescido sobretudo na região norte do país, quando comparada com Grande Lisboa e Algarve, que apresentavam o maior volume de processos de recrutamento.
A análise divulgada pela Michael Page mostra que há escassez de recursos para determinadas funções operacionais que continuam a ser as mais requisitadas pelas empresas das diversas regiões, nomeadamente, chefes de cozinha, subchefes, diretores de operações e assistentes de direção.
Na zona norte, o recrutamento abrange essencialmente o segmento de luxo, com a abertura de novas unidades hoteleiras desse segmento na cidade do Porto, mas também a reboque do mercado premium de cruzeiros no Douro, com a procura de profissionais qualificados para os navios hotel.
Sobre as tendências no setor, o relatório afirma que “o mercado revela ainda a procura crescente pela qualificação que se traduz no recrutamento de profissionais com formação base em Gestão Hoteleira. Associada a esta tendência, torna-se cada vez mais importante que os profissionais tenham também os seus perfis valorizados com fortes skills analíticos, bem como com formações complementares em áreas transversais, tais como marketing, revenue management, atendimento e atenção ao cliente além do domínio de Idiomas”.
“Dinamismo, resiliência, capacidade de gestão de equipas, foco nos resultados, componente analítica, capacidade operacional, pragmatismo e problem solving, além da paixão pelo setor são características altamente valorizadas”, refere Francisco Emauz Ribeiro, associate manager da Michael Page Lisboa.
Além destas soft skills, a experiência profissional é igualmente um dos requisitos mais valorizados em funções mais estratégicas e com maior complexidade de gestão, associada à formação académica em gestão hoteleira ou numa área relacionada.
Os dados de recrutamento mostram ainda uma maior estabilidade profissional para os quadros superiores quer a nível contratual como da remuneração (o rendimento de um diretor de operações ronda os 100 mil euros anuais enquanto que a função de rececionista/bagageiro é de cerca de 14 mil euros por ano).
A Michael Page revela também uma diminuição da precariedade associada ao setor, principalmente nas funções operacionais, “devido à diminuição da sazonalidade e à inversão na lei da oferta e da procura, com maior aposta por parte das empresas na retenção dos profissionais, como forma de aumentar a sua competitividade”.
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