Galp Energia dá gás a Lisboa. Petrolífera valoriza 2,7% apesar de corte no preço-alvo
A sessão foi marcada por revisões dos preços-alvo. Se o Credit Suisse olhou para as energéticas, o Goldman Sachs focou-se na banca. Ainda assim, Lisboa contrariou o sentimento negativo na Europa.
As energéticas brilharam na bolsa de Lisboa, com fortes ganhos num dia em que sofreram cortes nos preços-alvos. Especialmente a Galp Energia que disparou e suportou o PSI-20, que fechou a sessão a valorizar 0,63% para 5.185,69 pontos. Em sentido contrário, o papel continuou a penalizar o índice.
As ações da petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva valorizaram 2,74% para 13,87 euros por ação. A subida do preço da matéria-prima nos mercados internacionais foi mais forte que o corte no preço-alvo dos títulos pelo Credit Suisse, que vê as ações da Galp nos 18,70 euros (contra a anterior estimativa de 19,10 euros), atribuindo-lhe, ainda assim, um forte potencial de subida.
Devido aos conflitos no Golfo do México, o crude WTI subiu 0,40% para 60,67 dólares e o Brent seguia, à hora de fecho das bolsas europeias, praticamente inalterado nos 66,95 dólares após uma sessão de ganhos.
Ainda na energia, também a EDP foi objeto de um corte no preço-alvo das ações pelo Credit Suisse: para 3,80 euros, dos anteriores 4 euros. Os títulos da elétrica liderada por António Mexia fecharam nos 3,37 euros, após um ganho de 0,60%, enquanto a EDP Renováveis terminou a sessão nos 9,05 euros.
Se o Credit Suisse esteve a olhar para as energéticas, o Goldman Sachs focou-se na banca. O banco de investimento antecipa um corte na taxa de depósito do Banco Central Europeu, com um impacto nos lucros do setor. Cortou, por isso, os preços-alvos de uma série de bancos europeus, incluindo o BCP. O Goldman Sachs antecipa que as ações do banco liderado por Miguel Maya se situem nos 0,30 euros e os títulos aproximaram-se desta valor, tendo valorizado 0,07% para 0,28 euros.
As empresas do papel e pasta de papel prolongaram o sentimento negativo que têm vivido ao longo desta semana, com a Semapa a liderar as perdas no PSI-20. A cotada afundou 2,55% para 12,24 euros, enquanto a par Altri perdeu 1,17% para 5,89 euros e a Navigator cedeu 0,37% para 3,20 euros.
Apesar do peso das exportadoras no PSI-20, o índice conseguiu contrariar a tendência de perdas pela Europa. O índice pan-europeu Stoxx 600 cedeu 0,07%, o alemão DAX recuou 0,3%, o francês CAC 40 perdeu 0,24%, o espanhol IBEX 35 desvalorizou 0,2% e o britânico FTSE 100. A par de Lisboa, a exceção foi também Milão, onde o índice FTSE MIB somou 0,56%.
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