Rendibilidade das empresas não financeiras cai no primeiro trimestre

A rendibilidade das empresas não financeiras caiu no primeiro trimestre deste ano, face ao trimestre anterior, assim como a rendibilidade bruta do ativo, divulgou esta segunda-feira o Banco de Portugal (BdP).

Entre janeiro e março passados, a rendibilidade bruta do ativo (EBITDA – lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização/total do ativo) das empresas não financeiras foi de 7,8%, menos 0,1 pontos percentuais do que no trimestre anterior, segundo aquela fonte.

A rendibilidade das empresas privadas diminuiu para a generalidade dos setores de atividade económica, com exceção das sedes sociais e dos transportes e armazenagem, que aumentaram 0,4 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente, e do setor dos outros serviços, que manteve a rendibilidade do trimestre anterior.

As empresas públicas (não incluídas no setor das Administrações Públicas) também diminuíram a rendibilidade, em cerca de 0,1 pontos percentuais. Por classe de dimensão, a rendibilidade das pequenas e médias empresas reduziu 0,1 pontos percentuais para 7,1%, e a das grandes empresas decresceu 0,2 pontos percentuais para 9,9%.

Segundo o Banco de Portugal, o custo do financiamento (juros suportados/financiamentos obtidos) foi de 2,7%, 0,3 pontos percentuais inferior ao do período homólogo anterior. “Todos os setores de atividade, com exceção dos transportes e armazenagem, apresentaram uma redução do custo do financiamento, por comparação com o período homólogo”, lê-se na publicação do banco central.

O rácio de cobertura de juros suportados (EBITDA/juros suportados) foi de 8,4, aumentando 1,1 face ao período homólogo. As empresas públicas registaram uma redução de 1,0 neste indicador, o que se traduziu num maior nível de pressão financeira, enquanto as empresas privadas reduziram o nível de pressão financeira para todos os setores de atividade económica e classe de dimensão.