Défice externo atingiu até maio o pior valor desde 2011
O défice da balança corrente e de capital atingiu até maio 2.614 milhões de euros. É preciso recuar aos primeiros cinco meses de 2011 para encontrar um défice pior.
O défice externo atingiu até maio 2.614 milhões de euros, um valor que compara mal com o observado nos primeiros cinco meses do ano anterior e que coloca a balança corrente e de capital no pior registo desde 2011. Os dados foram revelados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.
Até maio de 2018, a balança corrente e de capital tinha apresentado um saldo negativo de 1.303 milhões de euros. Embora no conjunto do ano tenha acabado por apresentar um saldo positivo.
É preciso recuar aos primeiros cinco meses de 2011 para encontrar um desempenho pior da balança corrente e de capital. Nessa altura, o défice chegou a 5.492 milhões e euros.
Segundo o Banco de Portugal, “para esta evolução contribuiu, sobretudo, a balança de bens. Em termos homólogos, o défice da balança de bens aumentou 1.901 milhões de euros e o excedente da balança de serviços diminuiu 25 milhões de euros”.
“Nos primeiros cinco meses do ano, as exportações de bens e serviços cresceram 4,8% (4,4% nos bens e 5,7% nos serviços) e as importações aumentaram 10,3% (10,2% nos bens e 11,2% nos serviços)”, acrescenta o banco central.
Em junho, a instituição liderada por Carlos Costa alertou para o regresso aos défices da balança comercial (bens e serviços) já este ano, embora acredite que Portugal vai continuar a apresentar capacidade de financiamento, ou seja, excedentes da balança externa (medida pela balança corrente e de capital). Esta evolução dever-se-á à redução dos juros da dívida pública e ao aumento das transferências da União Europeia para Portugal.
Evolução mensal da balança corrente e de capital
Fonte: Banco de Portugal
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Défice externo atingiu até maio o pior valor desde 2011
{{ noCommentsLabel }}