Um Jeep Compass feito à escala dos Cherokee
A receita não é nova. Várias marcas a utilizam, procurando oferecer soluções mais compactas, desenhas à escala dos topos de gama. E muitas vezes resulta. No Compass, sem dúvida.
A Jeep tem no Grand Cherokee a grande referência. O Cherokee vai buscar inspiração ao topo de gama, mas não é o único. Com o Renegade a apelar a outro tipo de condutores, a marca do Grupo Fiat viu a oportunidade para acrescentar mais um membro à família dos SUV. Foi assim que nasceu o Compass, um modelo compacto, mas com espaço para todos.
Para o olho menos treinado passa mesmo por um Cherokee. As cavas das rodas com um recorte mais angular, com uma assinatura horizontal que lhe confere uma linha cintura mais alta, aproximam-no do “irmão” mais velho. E mesmo a traseira acaba por ser muito semelhante, garantindo ao Compass o look mais robusto.
Na dianteira é que tudo muda. A grelha com as sete barras, presente em todos os modelos da Jeep, não falha, mas todo o desenho acaba por ser mais Grand Cherokee que Cherokee. E nesta versão Night Eagle, em que à semelhança das jantes de 18 polegadas predomina o preto, os faróis surgem como uma continuação da grelha.
A frente dá-lhe um aspeto mais desportivo, assim como a pintura bicolor. Mas, na essência, este é um SUV para a família. E prova disso é todo o espaço que oferece, tanto para a bagagem como para os ocupantes. Atrás ninguém se queixa de falta de espaço para a cabeça, nem para os ombros. E até os joelhos ficam longe das poltronas da frente.
O conforto do Compass começa nos bancos revestidos a couro, terminando numa suspensão que filtra muitas das imperfeições das estradas nacionais, ideal para enfrentar as crateras das cidades portuguesas. E também para, de vez em quando, desfrutar da altura ao solo oferecida por este modelo para fazer algumas incursões fora de estrada.
O Compass tem o estilo, a altura, mas também motor para permitir brincar um pouco por caminhos mais exigentes. Há motores a gasolina, mas são os diesel que continuam a fazer as delícias dos adeptos deste modelo. O 2.0 a gasóleo é potente, e é um 4×4, mas o 1.6 de 120 cv é um excelente compromisso. Tem força quando é solicitada, mas também sabe ser suave nos troços do dia-a-dia, com a caixa manual de seis velocidades e a direção leve a ajudarem.
O SUV revela-se comedido no que toca a consumos. A Jeep anuncia 4,4 litro de consumo médio aos 100 quilómetros, mas é difícil chegar a esses valores. No computador de bordo, por trás do volante de boa pega, o “número mágico” fica mais perto dos 7 litros, o que não é de todo um exagero para um modelo deste tamanho. É muito carro. E com um preço a partir dos 35.100 euros, o Compass Night Eagle tem argumentos para a concorrência.
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