Motoristas chamam mediador externo para convencer Antram a negociar
Bruno Fialho, experiente sindicalista, foi escolhido como mediador pelo sindicato dos motoristas de matérias perigosas na reunião que decorre esta quinta-feira na DGERT. O objetivo: atrair a Antram.
Depois de Francisco São Bento e Pedro Pardal Henriques, entra em cena um novo negociador ao serviço dos motoristas de matérias perigosas. Trata-se de Bruno Fialho, dirigente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que esta quinta-feira compareceu na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), na companhia do presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas e do representante dos motoristas, numa tentativa de atrair a Antram para a mesa das negociações. A notícia foi avançada pelo Expresso (acesso pago).
O desafio para uma reunião esta quinta-feira, às 15h00, tinha sido lançado pelo advogado Pedro Pardal Henriques no dia anterior. Mas a Antram, que representa os patrões dos motoristas, não cede e recusa ser protagonista de qualquer negociação enquanto o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) não porem fim à greve que decorre desde o início da semana. Dito e feito: à hora marcada, a Antram não compareceu.
“O próprio Governo mostrou abertura para negociar. Vamos ouvir o que têm para dizer, e vamos dizer também o que temos a dizer”, afirmou Francisco São Bento, presidente do SNMMP, antes de entrar na reunião. O que não se sabia até aqui é que o sindicato tem um trunfo na manga: um mediador externo, que entra em cena depois de a Antram ter pedido o afastamento de Pedro Pardal Henriques da mesa das negociações, e de alguns membros do sindicato terem pedido o afastamento de André Matias de Almeida, que tem representado a Antram. O ECO tem tentado obter uma reação junto da Antram, mas ainda não foi possível.
“A minha presença poderá serenar os ânimos”, disse Bruno Fialho, antes de entrar na reunião, citado pelo Expresso. “Como estou habituado a negociar, eles consideram benéfica a minha presença e eu aceitei o convite”, sublinhou.
Neste momento, sem a Antram presente, os representantes dos motoristas de matérias perigosas e representantes do Governo estão reunidos na DGERT. Prometem, novidades para depois do encontro, numa altura em que a greve já dura há quatro dias, sem qualquer contacto entre os patrões e os sindicatos em greve.
A associação ainda não reagiu publicamente esta quinta-feira. As últimas declarações foram as proferidas esta quarta-feira à noite, altura em que assinou com a Fectrans um “acordo histórico” que prevê aumentos mínimos de 120 euros mensais no salário global dos motoristas a partir de 2020. A Fectrans não aderiu a esta greve.
(Notícia atualizada às 16h15 com mais informações)
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