Brexit: Impacto de uma saída sem acordo será “menos grave” que estimado
Governador do Banco de Inglaterra afirma que o impacto no Produto Interno Bruto (PIB) britânico de um ‘Brexit’ sem acordo será “menos grave” do que era estimado no ano passado.
O governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, afirmou esta quarta-feira que o impacto no Produto Interno Bruto (PIB) britânico de um ‘Brexit’ sem acordo será “menos grave” do que era estimado no ano passado.
Numa carta divulgada no site do Parlamento britânico, o Banco de Inglaterra, que em novembro de 2018 tinha dito que o PIB cairia 8% no caso de um ‘Brexit’ desordenado, prevê agora uma queda de 5,5%, o que se deve “às melhorias na sua preparação”.
No “pior cenário”, o banco central prevê que a taxa de desemprego cresça para 7%, quando na estimativa anterior, de novembro de 2018, esperava que crescesse para 7,5%, sendo que atualmente se situa nos 3,9%.
Quanto à inflação, estima que poderá ser de 5,25%, contra 6,5% anteriormente, e que compara com os atuais 2,1%.
Mark Carney referiu também na audição na Comissão do Tesouro do Parlamento britânico que o “pior cenário” previsto pelo Banco de Inglaterra “não é o mais provável” e que “continua a confiar” num acordo entre o Reino Unido e a União Europeia.
Um projeto de lei para adiar o ‘Brexit’ para evitar uma saída sem acordo em 31 de outubro está esta quarta-feira a ser debatido com o objetivo de concluir em poucas horas todas as etapas do processo na Câmara dos Comuns.
Uma moção aprovada na terça-feira à noite retirou ao Governo britânico o controlo sobre a agenda parlamentar desta quarta-feira e dá a este grupo de deputados a oportunidade para apresentar um projeto de lei e acelerar o processo de aprovação para que todas as etapas sejam concluídas até ao final da tarde.
O texto exige que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, seja obrigado a pedir uma nova extensão da data de saída até 31 de janeiro caso o parlamento não aprove um acordo de saída ou não autorize uma saída sem acordo até 19 de outubro.
Para conseguir convocar eleições antecipadas, Boris Johnson precisa do voto favorável de dois terços dos deputados, dependendo assim da ajuda do partido Trabalhista, o principal partido da oposição.
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