Portugal regressa ao mercado para obter até 1.500 milhões em dívida de curto prazo

O IGCP anunciou dois leilões de dívida de bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses para quarta-feira. Objetivo: financiar a República até 1.500 milhões de euros, num ambiente de juros negativos.

Portugal regressa na próxima semana aos mercados para tentar um financiamento entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros, realizando na manhã de quarta-feira dois leilões de bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses.

“O IGCP vai realizar no próximo dia 18 de setembro pelas 10:30 horas dois leilões das linhas de bilhetes do Tesouro com maturidades em 20 de março de 2020 e 18 de setembro de 2020, com um montante indicativo global entre 1.250 milhões e 1.500 milhões”, anunciou o instituto que faz a gestão da dívida pública.

Esta nova operação de financiamento da República surge depois de o IGCP ter realizado um leilão duplo de obrigações do Tesouro, a 10 e 15 anos. Neste leilão, e numa altura em que os juros no mercado secundário estão em mínimos históricos, Portugal obteve as taxas mais baixas de sempre.

Este novo leilão, mas de curto prazo, acontecerá num contexto muito favorável nos mercados internacionais, com os investidores a “pagarem” para emprestarem dinheiro aos Estados. Isto mesmo se tem verificado nos últimos leilões de dívida de Portugal: os últimos leilões comparáveis, realizados em julho, registaram juros de ainda mais negativas dos que a taxa de -0,4% que era aplicada pelo Banco Central Europeu (BCE) nos depósitos — esta quinta-feira, o banco central acabou por agravar esta taxa para -0,5%.

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