Costa e Jerónimo não vão negociar programa de Governo, mas vão trabalhar Orçamentos ano a ano
Já terminou a reunião entre o PS e o PCP. Os comunistas não querem um compromisso escrito e querem avaliar, ano a ano, os Orçamentos do Estado que o Governo for apresentando.
António Costa e Jerónimo de Sousa não vão negociar o Programa de Governo. O PCP considera que as exigências de um apoio ao PS são agora menores do que há quatro anos e, por isso, vai analisar as opções dos socialistas caso a caso. É o que acontecerá nos Orçamentos do Estado, com negociações “ano a ano”.
Questionado sobre se as negociações vão continuar, António Costa disse que “relativamente à elaboração do Programa de Governo não”, acrescentando no entanto que “vai haver trabalho conjunto nomeadamente sobre o Orçamento do Estado”, frisou o primeiro-ministro indigitado depois do encontro com os comunistas na sede do PCP.
Em 2015, os dois partidos assinaram uma posição conjunta antes da entrega do Programa de Governo, que contemplou medidas negociadas entre os socialistas e os parceiros políticos com vista à formação da solução governativa. Este passo não vai existir desta vez.
No entanto, o PCP não espera que o Programa de Governo afronte o PCP. “É um Governo do PS com um Programa do PS”, disse o secretário-geral do PCP no final do encontro. Jerónimo de Sousa lembrou que “o Programa de Governo não prevê votação” e disse acreditar que o “PS fará um esforço para que esse Programa seja aceitável”.
Das intervenções de António Costa e Jerónimo de Sousa fica claro que os trabalhos para que o Orçamento do Estado seja aprovado vão começar em breve.
“Será em função das opções do PS e dos instrumentos orçamentais que o PCP determinará o seu posicionamento”, afirmou o líder comunista. Jerónimo de Sousa acrescentou que os comunistas estão disponíveis para “trabalhar para que os documentos centrais” contribuam para a melhoria da vida dos portugueses. “Sobre o Orçamento do Estado cada ano é um ano”, disse, não se querendo comprometer com todos os documentos orçamentais.
“No curto prazo, perante a proposta que vai chegar brevemente, teremos conhecimento e analisaremos para que ela melhore”, detalhou.
Já antes, António Costa tinha colocado todo o foco no Orçamento do Estado. “A apreciação dos Orçamentos do Estado foi sempre feita ano a ano. Iremos prosseguir assim. O que foi manifestado [pelo PCP] é a disponibilidade para fazer a apreciação conjunta do OE e de outras medidas que o Governo queira apresentar ao Parlamento“.
(Notícia atualizada às 18:38)
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