Miguel Morgado quer ser candidato à liderança do PSD, mas admite não ter meios
O deputado social-democrata manifestou o desejo de ser candidato às eleições diretas do PSD, mas admite não reunir os meios necessários para colocar em marcha a campanha.
Miguel Morgado manifestou esta quinta-feira o desejo de disputar as eleições diretas do Partido Social Democrata (PSD), mas admite poder não reunir os meios necessários para o efeito. “É a vida”, disse o deputado social democrata, não esquecendo de fazer críticas a Rui Rio, de quem é crítico assumido.
“Manifesto o meu desejo de me candidatar para participar no debate ao mais alto nível, na primeira linha. Mas, como disse desde o início, tenho de fazer um julgamento sobre os meios de que preciso para fazer uma candidatura condigna, e pode ser que não consiga reunir esses meios. É a vida“, disse Miguel Morgado, deputado do PSD, em entrevista ao programa Sob Escuta na rádio Observador (acesso pago).
Apesar da vontade demonstrada e de considerar que representa “um conjunto de valores, de princípios, de um certo tipo de consciência política no PSD” e da direita em geral, Miguel Morgado diz não ter os “meios de campanha e apoios de vários tipos” que são necessários para colocar em marcha uma campanha para a liderança do PSD.
Sobre os candidatos os três candidatos à corrida da liderança do PSD — Rui Rio, Miguel Pinto Luz e Luís Montenegro –, o fundador do Movimento 5.7 considera que “do ponto vista pragmático” Luís Montenegro é o que se posiciona de “forma mais clara” contra o projeto político de Rui Rio, do qual é muito crítico. Além disso, segundo a visão de Miguel Morgado, o PSD tem um “grande adversário político que é a esquerda liderada pelo PS” e, por isso, o partido vai precisar de “criatividade” e de união dentro do partido.
As eleições diretas do PSD devem ser realizadas em janeiro e foram marcadas depois dos maus resultados dos sociais-democratas nas eleições legislativas de 6 de outubro. Nas legislativas, o PSD obteve 27,7% dos votos, o equivalente a 79 deputados, contra 36,3% do PS, o que corresponde a 108 deputados.
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