Rio no Parlamento, Montenegro e Pinto Luz na internet. Os palcos escolhidos pelos candidatos à liderança no PSD
Na corrida à liderança do PSD, os candidatos definem estratégias e apostam em palcos que lhes possam dar visibilidade. Rio, Montenegro e Pinto Luz têm cerca de dois meses para convencer militantes.
A corrida à liderança do PSD obriga os candidatos a esforços redobrados para tentar passar a mensagem aos militantes. Afinal são eles que votam. A data das eleições e do congresso será conhecida no próximo fim de semana. Rio, Montenegro e Pinto Luz têm cerca de dois meses para convencer militantes e por isso reforçam os palcos onde se querem mostrar.
Rui Rui já estava ativo na rede social Twitter. Foi por lá que passou mensagens durante a campanha eleitoral para as legislativas de 6 de outubro. Perante os maus resultados das eleições, Rio decidiu candidatar-se à liderança do partido e apostou tudo num regresso em força ao Parlamento, depois de 18 anos fora dos corredores do Palácio de São Bento.
No dia em que disse presente para a disputa do poder no PSD, Rio anunciou que assumiria a liderança da bancada parlamentar até ao congresso que servirá para eleger os novos órgãos saídos das eleições diretas em janeiro.
E no debate do Programa de Governo, Rio não deixou para outros as intervenções principais do partido. Foi ele quem confrontou António Costa na primeira ronda de pedidos de esclarecimento e foi também Rui Rio quem fez a intervenção final no encerramento.
Ao garantir o lugar de líder da bancada, Rio assume mais protagonismo e mais visibilidade. E a estratégia parece ter resultado. Miguel Pinto Luz, um dos adversários, elogiou o desempenho do presidente do PSD no primeiro frente-a-frente com António Costa na Assembleia da República.
Mas se Rio acrescenta esta nova camada de comunicação, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz estão para já apostados em chegar aos militantes através da internet.
O antigo líder da bancada parlamentar de Passos Coelho divulgou esta sexta-feira que tem uma página na internet, onde disponibiliza um perfil seu, escreve uma mensagem com o título “Conto com a força de todos”, numa tentativa de destacar uma mensagem de unidade, e exibe três apoios — Maria Luís Albuquerque, a ex-ministra das Finanças de Passos, nome lançado pelo ex-Presidente da República Cavaco Silva, o ex-deputado José Matos Correia e Pedro Duarte, um dos nomes visto como possível futuro candidato à liderança dos sociais-democratas.
Longe dos holofotes e dos corredores do poder em Lisboa, Luís Montenegro conta com a página para mostrar a sua agenda e partilhar o que vai fazendo na campanha para a liderança no PSD.
"O resultado de domingo foi mau, que não tínhamos há 36 anos. É resultado de estratégia politica que falhou. Atendendo a isso, cada um de nós tem de assumir as suas responsabilidades. Sou candidato às próximas eleições diretas por coerência e convicção.”
Também Miguel Pinto Luz se socorre da internet — no caso das redes socais — para chegar aos militantes. Foi através da sua página na rede social Facebook que o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais anunciou que seria candidato à liderança do partido. Nesta página aproveita também para divulgar as suas intervenções.
As datas das eleições diretas e do congresso do partido serão marcadas no Conselho Nacional do PSD marcado para a próxima sexta-feira, 8 de novembro. Os meses já são conhecidos. A escolha do líder por eleição direta é feita em janeiro e o congresso que define a estratégia política e os órgãos do partido ocorre em fevereiro.
Segundo o Expresso, há menos militantes em condições de votar: cerca de 20 mil contra os 62 mil das eleições de janeiro de 2018, que colocaram Rio contra Santana Lopes.
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