Rui Rio disponível para acordos em nome do país, mesmo que o critiquem
Rio diz que é preciso promover a abertura do PSD à sociedade, de modo a contribuir para "eliminar o real divórcio" entre a política e os partidos.
O atual presidente e candidato à liderança do PSD, Rui Rio, reafirmou que, se ganhar as eleições, estará disponível para acordos “estruturais” em nome do país, mesmo que o critiquem.
“Podem muitos criticar o que quiserem porque o que eu estou a dizer advém de muitos anos que ando nesta vida. Tenho a consciência clara do que o país precisas (…) e ou nós estamos capazes, em nome do interesse coletivo, de fazermos aquilo que necessitamos de fazer com outros [partidos], ou se não o fizermos o nosso futuro será pior”, afirmou.
Rui Rio falava no Fundão, distrito de Castelo Branco, onde teve lugar o II Congresso da Coesão Territorial, iniciativa organizada pela Juventude Social Democrata (JSD) e na qual também participam os candidatos Miguel Pinto Luz e Luís Montenegro.
Com intervenções separadas, Rui Rio foi o primeiro a usar da palavra e começou por sublinhar que se candidata para “servir o país”, com os objetivos de ajudar a conquistar melhores salários, melhores serviços públicos e melhor qualidade de vida.
“Resumindo, queremos construir um país que facilite os portugueses a encontrarem o caminho para a felicidade”, apontou.
Já a nível partidário, sublinhou que quer um PSD com mais câmaras, com uma oposição credível e com mais ligação à sociedade.
Para este candidato “é vital” que o partido se reúna para conquistar mais juntas de freguesia, mais câmaras e também mais vereadores.
Lembrando que o PSD não pode continuar a ter 11% em Lisboa ou 10% no Porto, Rui Rio frisou que o PSD terá de ganhar mais vereador e ter “mais representação”, mesmo nas autarquias onde o partido não consiga a vitória.
“A aposta nas autarquias é vital para o futuro do país e do PSD”, acrescentou.
Sublinhou ainda a necessidade de se continuar a promover a abertura do PSD à sociedade, de modo a contribuir para “eliminar o real divórcio” entre a política e os partidos.
A questão de como irá exercer o papel de oposição foi também abordada por Rui Rio, que mantém a ideia de que quer uma “oposição credível” e capaz de “concordar”, quando é caso disso.
“Grandeza é saber concordar, estar sempre contra é fraqueza”, referiu, sublinhando que os “portugueses não esperam um combate de boxe” e que a “oposição destrutiva dá cabo da credibilidade dos partidos”.
Este responsável não esqueceu o atual “xadrez” existente na Assembleia da República e salientou que aquela composição “não permite criar um país com melhores salários, com melhor qualidade de vida e com melhores serviços públicos.
Por isso mesmo, reiterou, o próximo líder do PSD tem de “preparar o partido para governar”.
À saída, Rui Rio cruzou-se com Miguel Pinto Luz, revelando-lhe que tinha sido muito aplaudido.
Já em resposta aos jornalistas, garantiu que não quer “alimentar” troca de argumentos em público e que a expectativa é ganhar as eleições marcadas para dia 11 de janeiro de 2020.
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