Margarida Balseiro Lopes considera que Luís Montenegro representa “liberdade” e “alternativa ao PS”
A líder da JSD demonstrou o seu apoio público a Luís Montenegro, já que considera que representa uma alternativa ao PS. Poiares Maduro garante que não apoia nenhum dos candidatos.
Depois de Rui Rio ter posto o lugar à disposição na sequência dos maus resultados eleitorais do PSD nas legislativas de 6 de outubro, o partido parece estar dividido quanto à escolha do seu futuro líder. Enquanto Margarida Balseiro Lopes demonstra o seu apoio público a Luís Montenegro, Miguel Poiares Maduro garante que não apoia nenhum dos candidatos.
Num artigo de opinião publicado esta quarta-feira no jornal Público (acesso livre), a deputada e líder da Juventude Social Democrata (JDS), Margarida Balseiro Lopes destaca estar “profundamente convicta de que Luís Montenegro “representa não só a liberdade, nas suas múltiplas dimensões, como terá a capacidade de afirmar o Partido Social Democrata como uma alternativa ao Partido Socialista”.
A deputada salienta ainda que a sua escolha é “baseada numa forte convicção e nunca numa mera exclusão de partes”. “Mas importa também começar por deixar claro que esta me responsabiliza apenas a mim, Margarida Balseiro Lopes, porque é uma posição pessoal”, realçou. Esta não é a primeira vez que alguém dentro do partido demonstra apoio público a Luís Montenegro. Maria Luís Albuquerque, antiga ministra das Finanças de Passos Coelho, citada pelo Expresso considerava-o “a pessoa mais bem preparada para assumir” as rédeas do partido laranja “e mais à frente a condução do país”.
No artigo, a líder da Juventude Social Democrata defendeu que o PSD “deve agregar as suas várias tendências internas e rejeitar uma visão unidimensional do partido”.
No entendimento da deputada, o PSD “perdeu recentemente demasiado tempo a discutir um alegado problema de posicionamento ideológico, quando em muitos casos o problema” demonstrado “foi, antes, de posicionamento político”.
Para Margarida Balseiro Lopes, a demarcação do PS tem de ser clara. “A preocupação em procurar fazer reformas estruturais para o país e, para isso, alcançar consensos não pode colidir com a autonomia daquele que é o maior partido português. Sob pena da ausência de uma alternativa clara ser contrária ao interesse do país”, sublinhou.
Por outro lado, Miguel Poiares Maduro, antigo ministro-adjunto de Pedro Passos Coelho, assegura que não vai dar apoio público a nenhum dos três candidatos a líder dos sociais-democratas porque o debate de campanha tem sido sobretudo tático e sem uma agenda reformista. “Nenhum dos candidatos merece o meu apoio”, disse Miguel Poiares Maduro ao Jornal I (link indisponível).
As eleições diretas para escolher o próximo presidente do PSD realizam-se em 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e congresso marcado entre 7 e 9 de fevereiro, em Viana do Castelo.
Até agora, apresentaram-se como candidatos o atual presidente Rui Rio, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o vice-presidente da Câmara de Cascais (distrito de Lisboa), Miguel Pinto Luz.
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