Comissão Europeia mantém Portugal sob vigilância devido a desequilíbrios macroeconómicos
Portugal é um dos 13 países que será alvo de uma análise aprofundada da Comissão dos seus desequilíbrios macroeconómicos. Dívida pública e privada, e aumentos dos preços das casas, preocupam Bruxelas.
Portugal está entre os países que serão objeto de uma análise aprofundada por parte da Comissão Europeia, que irá avaliar a gravidade dos desequilíbrios macroeconómicos que a economia portuguesa apresenta. Dívida pública e privada, e aumentos expressivos dos preços das casas estão entre as preocupações de Bruxelas.
A Comissão Europeia identificou esta terça-feira 13 Estados-membros com desequilíbrios macroeconómicos excessivos e que terão de ser avaliados de forma mais profunda um a um. Para além de Portugal, estão neste lote as quatro maiores economias da Zona Euro — Alemanha, França, Itália e Espanha.
Estes países já tinham sido alvo de uma análise no último ciclo do semestre europeu relativo aos procedimento dos défices excessivos, e agora vão continuar. Na análise aprofundada de cada país, a Comissão Europeia faz várias recomendações para corrigir estes desequilíbrios. Caso estes se mantenham e as recomendações não sejam seguidas, a Comissão tem ao seu dispor a possibilidade de aplicar uma sanção contra o país, à semelhança do que acontece com o Procedimento dos Défices Excessivos.
No entanto, para que isso aconteça, Bruxelas ainda tem de decidir abrir um procedimento e a verificar que as recomendações são ignoradas repetidamente e que os desequilíbrios não são corrigidos. Até hoje, a Comissão Europeia nunca propôs a aplicação de sanções a um Estado-membro no âmbito deste mecanismo.
A Comissão Europeia identificou quatro desequilíbrios que podem ser problemáticos para a economia portuguesa. Os elevados níveis de dívida pública e de dívida privada, o elevado desequilíbrio da posição de investimento internacional da economia portuguesa e o aumento anual do preço das casas.
A análise que a Comissão Europeia vai fazer da economia portuguesa será publicada em fevereiro, juntamente com o pacote de inverno da Comissão Europeia.
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