Frente Comum faz manifestação nacional em Lisboa a 31 de janeiro
Ana Avoila, líder da Frente Comum, está contra a proposta de aumentos salariais para a função pública de 0,3%. Defende aumentos de 90 euros.
A Frente Comum anunciou esta quinta-feira que vai fazer uma manifestação nacional, a 31 de janeiro, em Lisboa, contra a proposta de aumentos salariais para a Função Pública de 0,3%. Mantém a reivindicação de aumentos de 90 euros, afirmando que o Estado tem dinheiro para pagar.
“A ação de luta que a Frente Comum acaba de aprovar é uma manifestação nacional que vai trazer a Lisboa milhares de trabalhadores dos sindicatos da Administração Pública“, começou por dizer Ana Avoila, líder da Frente Comum, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3, acrescentando que começará às 14h30 e, que haverá “naturalmente pré-aviso de greve” por parte de muitos dos sindicatos.
A líder da Frente Comum já tinha dito que a proposta do Executivo era “um insulto” e não desiste da reivindicação de aumentos salariais na ordem dos 90 euros para todos os trabalhadores do Estado, defendendo que o Governo tem “muito dinheiro” para responder às expectativas dos sindicatos, mas que “a “a opção e a prioridade do Governo não são os trabalhadores”.
“Só o dinheiro que vai dar para os grandes grupos económicos em isenções ficais, o dinheiro que vai dar em aquisições de serviço para contratar os amigos e continuar no rumo de contratar fora em vez de contratar trabalhadores. Só o dinheiro que vai pagar em juros da dívida e que vai fazer em cativações. Só o dinheiro que vai dar ao Novo Banco que já é recorrente. Então não há? Claro que há. Há muito dinheiro“, exemplificou a porta-voz da Frente Comum.
Em causa está a proposta do Executivo de António Costa para aumentar os salários da Função Pública com base na inflação observada até novembro deste ano (0,3%). Na altura, o secretário de Estado da Orçamento, João Leão, tinha referido que desse aumento salarial com a subida decorrente das progressões (2,9%) resultará um reforço dos rendimentos dos funcionários públicos de 3,2%.
Em entrevista ao ECO, a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, disse que o aumento para 2020 enquadra-se no “compromisso plurianual” e não fecha a porta a aumentos acima da inflação para 2021, ou seja, um aumento de no mínimo 1%.
(Notícia atualizada às 13h14)
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