Marcelo vive Natal dividido entre “preocupação” e “esperança”
Presidente da República reforçou mensagem de esperança em Portugal com "bom senso, a experiência de muito passado e do que nele se viveu e o apelo de mais e melhor".
Marcelo Rebelo de Sousa diz que vive o Natal deste ano “dividido entre a preocupação e sobretudo a esperança“. Num artigo de opinião publicado esta quarta-feira no Jornal de Notícias, o Presidente da República sublinha que, no mundo, continuam ou multiplicam-se “sinais que não são boa notícia nem para a paz, nem para o diálogo, nem para a convivência entre pessoas, povos, culturas e civilizações”, dos quais são exemplos sinais como a “permanência de desigualdades, de miséria, de guerra”, “a insensibilidade de alguns”, “a tensão ainda não superada entre potências relativamente ao comércio universal, bem como a tendência para o unilateralismo, que dificulta o papel das organizações internacionais e a afirmação do próprio Direito Internacional”, enquanto se inicia na Europa um “novo ciclo político com alguns outros sinais que continuam a provocar apreensão” e “a situação mais ou menos crítica de certos sistemas políticos nacionais“.
Sublinhando “o apagamento de lideranças convictas, claras e determinadas” e a “emergência de compassos de espera ou fragmentações internas”, o Presidente da República assinalou a preocupação pelo “adiamento de decisões importantes para os anos mais próximos em áreas essenciais, até pela influência em termos de crescimento e emprego sustentados e significativos”, assim como, pela “concentração do debate público em pontos específicos, mais formais do que substanciais, mais conjunturais do que estruturais, à sensação difusa de que o dia-a-dia deve prevalecer sobre os horizontes de médio e longo prazo na perceção social de muitos, à situação crítica da comunicação social, acicate de instabilidade, de preferência pelo imediatismo, de potenciação do efémero em detrimento do fundamental”.
"A esperança existe e permite mobilizar, mesmo quando a preocupação se manifesta.”
No mesmo artigo, Marcelo Rebelo de Sousa assinalou ainda que, além da preocupação, a mensagem deste Natal é sobretudo “de esperança“, já que esta “existe e permite mobilizar, mesmo quando a preocupação se manifesta”. “As próprias potências em guerra comercial ou de divisas admitem, ao menos por um momento, que tréguas se impõem”, escreveu o Presidente da República, assinalando ainda a esperança “na Europa” porque “a saída do Reino Unido se fará com acordo e não como tantos defendiam sem ele”.
Por fim, Marcelo reforçou ainda “esperança em Portugal”. “Porque, entre nós, o bom senso, a experiência de muito passado e do que nele se viveu e o apelo de mais e melhor apontam para olhar mais alto e mais longe e cuidar de evitar injustiças, desigualdades, omissões, atrasos e displicências que criem o caldo para o enfraquecimento de pilares basilares de uma Democracia viva e de futuro”.
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