ERC determina “suspensão imediata” dos acionistas da dona da TVI

  • ECO
  • 23 Novembro 2020

Conselho Regulador decidiu decretar a "suspensão imediata do exercício dos direitos de voto" dos novos donos da Media Capital. Pede que a assembleia geral não se realize.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) decidiu decretar a “suspensão imediata do exercício dos direitos de voto” dos novos donos da Media Capital, entre eles Mário Ferreira. Alegando “falta de transparência” nas participações dos acionistas, o Conselho Regulador pede a não realização da assembleia geral em que seriam votados os órgãos sociais, alertando que não reconhecerá as deliberações adotadas na mesma.

Numa decisão com “quatro votos a favor e uma abstenção”, o Conselho Regulador decidiu a “suspensão imediata” dos direitos de voto dos acionistas da Media Capital, mas também “dos direitos patrimoniais inerentes às participações qualificadas em causa”. E pediu o depósito dessas mesmas posições junto de uma instituição financeira, evitando assim qualquer potencial alienação.

Na base desta decisão está a “falta de transparência de titularidade das participações qualificadas” superiores a 5%, refere o regulador em comunicado publicado no seu site onde dá aos visados um prazo de 10 dias úteis para apresentarem provas à ERC do contrário, ou tomarem medidas com vista a assegurar a transparência da titularidade das respetivas posições qualificadas.

Atingidos por esta decisão são Mário Ferreira, que já tinha sido alvo de um processo de contraordenação por alteração não autorizada de controlo da dona da TVI, mas também a Triun, a BizPartners, mas também a CIN e a ZenithOdissey, que entraram no capital da Media Capital no âmbito do processo de desinvestimento da Prisa.

Assembleia geral suspensa

Ao mesmo tempo que suspende os novos acionistas da dona da TVI, a ERC pede que a assembleia-geral de acionistas da Media Capital não se realize. Essa reunião magna, onde deveriam ser eleitos os novos órgãos sociais da empresa de media, estava agendada para esta terça-feira, devendo Mário Ferreira ser nomeado CEO.

Com a decisão da ERC, deverá ficar suspensa a assembleia, confiando no presidente da mesa desta reunião para garantir que esta deliberação é respeitada. Contudo, mesmo que venha a realizar-se, as decisões nela tomadas não serão validadas pelo regulador da comunicação social.

Qualquer decisão adotada que possa envolver uma alteração de domínio, dos operadores de rádio e de televisão da Media Capital não será reconhecida pela ERC, visto carecer da necessária autorização prévia”, refere o comunicado.

(Notícia atualizada às 21h48 com mais informação)

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Governo vai contratar 2.100 profissionais para o SNS por semestre em 2021

Foi aprovada a proposta do PS que clarifica a calendarização de contratações de profissionais de saúde em 2021, com 2.100 contratações por semestre.

O Governo irá concretizar a contratação de 2.100 profissionais para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) por semestre no próximo ano. Tal ficou definido numa proposta de alteração do PS, que os deputados aprovaram nas votações na especialidade do Orçamento do Estado (OE) para 2021, esta segunda-feira.

O reforço do SNS tem estado em grande plano nas discussões sobre este Orçamento do Estado. Na proposta inicial entregue pelo Executivo ao Parlamento apenas constava que “até ao final do primeiro trimestre de 2021, o Governo procede ao levantamento das necessidades de profissionais de saúde, tendo em vista a concretização de 4.200 contratações”.

Entretanto, após o decorrer das negociações e críticas face ao reforço planeado, nomeadamente à esquerda, o PS avançou com uma proposta de alteração que clarifica o calendário das contratações. Fica agora definido que “os procedimentos para permitir as contratações identificadas no número anterior devem ser desenvolvidos de modo a permitir a concretização de 2.100 contratações por semestre”.

“O reforço dos meios humanos do Serviço Nacional de Saúde é um compromisso reafirmado pelo Governo no Orçamento do Estado para 2021. Por forma a garantir uma rápida concretização da contratação dos 4.200 profissionais de saúde é estabelecida uma calendarização“, explica o PS, na nota justificativa da proposta.

Este reforço, de 4.200 profissionais no próximo ano, era o que estava já definido no OE de 2020. Aí, o Governo tinha determinado que seriam contratados 8.400 profissionais em 2020 e 2021, o que correspondia a 4.200 em cada ano. Uma das críticas dos partidos era que, apesar da pandemia, este número não se alterou.

O PCP chegou, inclusivamente, a avançar com uma proposta de alteração para a contratação de mais 6.470 trabalhadores para o SNS, mas que acabou por ser chumbada.

(Notícia em atualização)

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Vacina injeta otimismo em Wall Street. Yellen ajuda

Depois das norte-americanas Pfizer e Moderna, foi a vez da AstraZeneca revelar a eficácia da sua vacina. Deu uma injeção de otimismo nos investidores.

Wall Street arrancou a semana em alta. Os investidores estão otimistas quanto a uma rápida recuperação da crise pandémica, isto depois de mais uma vacina, a da AstraZeneca, ter revelado ser eficaz contra a Covid-19. A ajudar aos ganhos esteve a escolha de Biden para a pasta do Tesouro, a ex-presidente da Fed Janet Yellen.

Enquanto o Dow Jones somou mais de 1%, o S&P 500 e o Nasdaq fecharam a primeira sessão da semana com ganhos ligeiramente inferiores, de 0,53% e 0,17%, respetivamente.

A animar a negociação esteve o anúncio da AstraZeneca. Os resultados interinos da sua vacina mostra uma eficácia média de 70% com uma dose específica a mostrar uma eficácia de até 90% enquanto outra revelou uma eficácia de 62%.

Foi mais uma farmacêutica, depois das norte-americanas Pfizer e Moderna, a mostrar a eficácia da tão esperada vacina contra a Covid-19, o que aumenta a esperança em torno do fim da pandemia.

Com a vacina, a perspetiva de retoma da economia ganha força. Com ela, o petróleo valorizou nos mercados internacionais, puxando pelas empresas do setor nas bolsas mundiais. Razão pela qual o Dow Jones apresentou uma valorização mais expressiva que os restantes índices dos EUA.

Os ganhos nas bolsas norte-americanas acentuaram-se no final da negociação, altura em que o The Wall Street Journal avançou que a ex-presidente da Reserva Federal norte-americana, Janet Yellen, foi a escolha do presidente eleito Joe Biden para o cargo de secretária do Tesouro dos EUA. Yellen é vista como sinónimo de mais estímulos para puxar pela maior economia do mundo.

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Biden escolhe Janet Yellen para secretária do Tesouro dos EUA

Janet Yellen fez história ao ser a primeira mulher a liderar a Fed. Agora, se confirmada pelo Senado, será a primeira mulher a assumir o cargo de secretária do Tesouro dos EUA.

A ex-presidente da Reserva Federal norte-americana, Janet Yellen, é a escolha do presidente eleito Joe Biden para o cargo de secretária do Tesouro dos EUA.

A notícia foi avançada pelo The Wall Street Journal (acesso pago), que salienta que, se merecer a confirmação do Senado, será a primeira mulher a desempenhar tais funções. Isto depois de ter feito também história como a primeira mulher a liderar a Fed.

Enquanto secretária do Tesouro, eventualmente sucedendo a Steven Mnuchin, Janet Yellen será a responsável por liderar os esforços da Administração Biden na recuperação da economia após os estragos provocados pela pandemia do novo coronavírus.

Os nomes dos escolhidos pelo presidente eleito dos EUA têm vindo a ser conhecidos pela imprensa nos últimos dias. Também esta segunda-feira foi revelado que Antony Blinken será o novo secretário de Estado dos EUA, enquanto Alejandro Mayorkas irá liderar o Departamento de Segurança Nacional.

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Ir ou não ir ao leilão do 5G? Atualização de taxas de espetro “cria condições” para Vodafone tomar decisão ponderada

A Vodafone considera que a atualização das taxas de espetro cria "condições para uma esclarecida e ponderada decisão de participação" no leilão do 5G pelos interessados.

A Vodafone Portugal está satisfeita com a publicação pelo Governo da portaria que atualiza as taxas de utilização do espetro na medida em que esta “cria agora as condições para uma esclarecida e ponderada decisão de participação” no leilão de frequências do 5G. O documento está agora a ser analisado, sendo que a empresa não se pronuncia sobre o seu teor em concreto.

No domingo, numa entrevista ao Jornal de Negócios, o presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz, tinha criticado o Governo por ainda não ter publicado a atualização destas taxas, que representam um custo para as empresas de telecomunicações. “Não faço ideia se o preço é o mesmo ou vou ter um valor absurdo a pagar”, afirmou o gestor.

Um dia depois, esta segunda-feira, o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Hugo Santos Mendes, publicou no Diário da República a portaria que atualiza as taxas de utilização do espetro. Este facto é agora enaltecido pela Vodafone Portugal numa resposta a um pedido de reação do ECO.

“Tal como a Vodafone Portugal já tinha referido, a publicação desta portaria é de extrema relevância no contexto do leilão do 5G. Ainda que a sua publicação ocorra já em pleno decurso do prazo de candidaturas, a portaria cria agora as condições para uma esclarecida e ponderada decisão de participação por parte dos potenciais interessados, considerando o impacto financeiro decorrente destas taxas”, aponta fonte oficial da empresa. “A Vodafone Portugal está a analisar a portaria publicada”, acrescenta.

O ECO contactou também fonte oficial da Nos, que não quis fazer comentários. Contactada também fonte oficial da Altice Portugal, o ECO encontra-se a aguardar resposta.

Entre as novidades previstas na portaria está um desconto de 80% sobre as taxas de utilização das frequências do 5G nos 700 MHz e nos 3,6 GHz, durante o período inicial das licenças. Estas são consideradas as faixas mais relevantes para a quinta geração de redes de comunicações eletrónicas móveis.

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Explosão no porto de Beirute: Danos segurados rondam mil milhões

  • ECO Seguros
  • 23 Novembro 2020

Mais de 90% dos danos segurados estimados pelas entidades governamentais recaem sobre resseguradoras, indica o mais recente relatório de monitorização do desastre.

A explosão que, a 4 de agosto de 2020, destruiu o porto de Beirute e área circundante, continua sem causa oficial determinada, mantendo-se também em aberto o inquérito destinado a atribuir responsabilidades pelo incidente, ressalva a Comissão governamental libanesa de seguros em nota que atualiza a monitorização das participações de seguro recebidas, estimativa de danos segurados e perdas resultantes do sinistro.

De acordo com a informação da Insurance Control Commission (ICC), atualizada a 13 de novembro, as vítimas apresentaram um total de 14.921 reclamações de seguro, totalizando danos segurados estimados em perto de 1,62 biliões de libras libanesas (cerca de 904,5 milhões de euros ou 1,07 mil milhões de dólares).

O maior número de participações de seguro refere-se a coberturas P&C, sobretudo incêndio (mais de nove mil sinistros) e transportes, mas também o ramo automóvel (cerca de 4.900, incluindo danos corporais) e seguros de saúde, muitos dos quais de apólices coletivas contratadas por empresas estrangeiras.

De acordo com o relatório periódico da ICC, até à data, as seguradoras que operam no mercado já desembolsaram 23,59 milhões de libras em indemnizações (1,45% do total de danos segurados), estando ainda por ressarcir cerca de 1,59 mil milhões de libras libanesas.

No mesmo documento refere-se que o total de perdas estimadas em resseguro ascende a 1,527 mil milhões de libras, cerca de 94% do total estimado para os danos segurados.

Entre as grandes resseguradoras expostas ao incidente catastrófico, sabe-se que a Swiss Re e a Munich Re realizaram e divulgaram estimativas de perdas associadas ao evento que destruiu parte do centro de Beirute, enquanto a Hannover Re e a Scor ainda não divulgaram eventuais perdas decorrentes do desastre.

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Vereador da Educação em Lisboa ameaça autarca com “um par de murros”

  • Lusa
  • 23 Novembro 2020

Num comentário no Facebook, em resposta a uma publicação de um vogal da Junta de Freguesia do Areeiro, Manuel Grilo disse estar disponível para dar "um par de murros" nas "fuças" ao autarca.

O vereador da Educação da Câmara de Lisboa afirmou, num comentário na rede social Facebook, em resposta a uma publicação de um vogal da Junta de Freguesia do Areeiro, estar disponível para lhe dar “um par de murros” nas “fuças”.

O comentário de Manuel Grilo, que foi depois apagado, surgiu na sequência de uma publicação de Luís Moreira, que partilhou uma notícia da revista Sábado com o título “Bloquistas questionam acordo BE/PS em Lisboa”.

Luís Moreira foi eleito vogal da Junta de Freguesia do Areeiro pelo Bloco de Esquerda nas autárquicas de 2017, mas passou a independente depois de o partido lhe ter retirado a confiança política em novembro de 2018.

Na publicação, Luís Moreira questiona “qual é o preço atual para comprar um vereador”, tendo em conta que a Câmara de Lisboa, liderada pelo PS, mas que tem um acordo de governação da cidade com o BE, aprovou em 12 de novembro uma proposta para reabilitar o quarteirão da antiga pastelaria Suíça com a abstenção do vereador bloquista.

“Ela [proposta] pressupõe a construção de 10.000 m2, correspondentes a quatro unidades comerciais e uma unidade de serviços no piso em sótão. O problema? O acordo assinado entre o PS e o BE prevê que todos os novos projetos de construção incluam pelo menos 25% de habitação”, escreveu Luís Moreira.

Em resposta, o vereador da Educação escreveu: “Esses 25% são de renda acessível em projeto de habitação de privados e não de habitação em qualquer projeto. Quanto ao meu preço, estou disponível para to pagar com um par de murros nessas fuças”, de acordo com um ‘print screen’ tirado por Luís Moreira.

“O Manuel Grilo apagou o seu comentário neste meu ‘post’. Mas como além de reles é pouco inteligente, não pensou que eu pudesse ter uma cópia de ecrã”, escreveu depois o vogal independente da junta do Areeiro.

O comentário do vereador da Educação foi feito no sábado, no mesmo dia em que Luís Moreira partilhou a notícia na sua conta pessoal do ‘Facebook’, disse o próprio à Lusa.

A Lusa tentou contactar o vereador, sem sucesso, e o seu gabinete não quis comentar.

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BE “mantém a esperança” que especialidade traga novidade substancial

  • Lusa
  • 23 Novembro 2020

Líder do BE lamenta não ter havido qualquer convergência com o PS uma vez que todas as propostas de alteração orçamentais apresentadas pelo BE já votadas na especialidade foram chumbadas.

A coordenadora do BE, Catarina Martins, lamentou que até ao momento o PS não tenha aprovado alterações bloquistas ao Orçamento do Estado, mas “mantém a esperança” de que as votações na especialidade “possam ainda trazer alguma novidade substancial”.

No final de uma reunião com organizações representantes do setor cultural, que decorreu esta tarde na Casa do Alentejo, em Lisboa, Catarina Martins foi questionada sobre o facto de, até ao momento, não ter havido qualquer convergência com o PS uma vez que todas as propostas de alteração orçamentais apresentadas pelo BE já votadas na especialidade foram chumbadas.

“Tem razão e achamos que é lamentável que assim seja”, apontou, registando, “com enorme preocupação, que o PS hoje tenha voltado a chumbar, com a abstenção da direita, a autonomia dos hospitais do SNS para fazerem contratações”.

Embora não possa “fazer mais do que registar que o PS continua a insistir em medidas que não respondem à situação”, a líder bloquista garantiu que “o BE mantém a esperança que as votações na especialidade possam ainda trazer alguma novidade substancial, o que até ao momento não se tem observado”.

“Primeiro, o BE propôs que houvesse medidas no orçamento que impedissem a vaga de despedimentos e o PS recusou. Depois propusemos que se estendesse o subsídio de desemprego para quem perdeu o emprego e o PS está a recusar. Propusemos, enfim, que houvesse uma prestação extraordinária para os trabalhadores que, sem rendimento, também não têm acesso ao subsídio de desemprego e o PS está também a recusar”, sintetizou.

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Pandemia está a afetar fortemente setor segurador, diz APS

  • ECO Seguros
  • 23 Novembro 2020

A associação do setor salienta que vários ramos de seguros registam agravamento significativo dos custos com sinistros, um indicador que tende a piorar até final do ano, prevê a APS.

Os dados da indústria seguradora relativos ao mês de setembro de 2020 “revelam que o setor foi fortemente afetado pela pandemia que se reflete já no agravamento dos custos dos sinistros”, com alguns ramos a registarem um crescimento desses custos “superior ao verificado em 2019”, nomeadamente os seguros de multirriscos, de doença, de assistência no automóvel ou de crédito.

Em comunicado, a Associação Portuguesa de Seguradores (APS) afirma que a tendência “deverá estender-se aos restantes ramos de seguros até ao final do ano”. A organização destaca ainda a “redução da produção de seguros, em especial no ramo Vida que atinge mais de 40%.”

Para a APS, trata-se de uma tendência global, “que começa a evidenciar-se a nível nacional, um cenário que deverá agravar-se ao longo do próximo ano”. O setor segurador é um dos mais afetados pela pandemia a nível mundial, “atrás da Aviação e da Hotelaria – dois setores diretamente ligados ao turismo – segundo os dados recentemente divulgados no Relatório da McKinsey”, refere a entidade.

Além destes indicadores, “os impactos da crise económica no setor revelam-se também através da redução significativa nas carteiras de investimento das empresas de seguros, de quase 4% face ao final do ano anterior. Outro fator a ter em conta é a diminuição do rácio de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) na ordem dos 6%, cifrando-se agora em 179%”.

Em Portugal, “o setor segurador continua a demonstrar uma importante capacidade de resiliência, e compromisso com os seus clientes, nomeadamente através das medidas de apoio às famílias, empresas e prestadores de serviços”, nota a associação liderada por José Galamba de Oliveira. De acordo com os dados disponíveis, acrescenta a APS, “existem já mais de 6 milhões os contratos a beneficiar de alterações ou de algum tipo de medida de apoio por parte das empresas de seguros”.

Além das medidas decorrentes da legislação especial aprovada, “foram também voluntariamente adotadas algumas iniciativas de apoio aos clientes e a realização de alterações extraordinárias nas políticas de responsabilidade corporativa e sustentabilidade, em cerca de 70% das empresas de seguros a operar em Portugal”, reforça o comunicado, notando que o setor “continua a assegurar a transferência de contribuições regulares, em diferentes áreas, como por exemplo a saúde, ao canalizar para o INEM um valor superior a 125 milhões de euros por ano ou para o Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil, para o qual são transferidos mais de 35 milhões de euros por ano”.

Recentemente, complementa a APS, “as empresas seguradoras decidiram prorrogar o âmbito temporal do Fundo Solidário até 30 de junho de 2021. O Fundo, no valor de 1,5 milhões de euros, destina-se a apoiar os familiares de um conjunto de profissionais que, no exercício da sua profissão ou de missão voluntária, tenham testado positivo a doença Covid-19 e, em consequência dela, tenham falecido ou venham a falecer”.

O Fundo também concede “apoio adicional às pessoas” que exercem “funções com o estatuto de voluntários no âmbito das profissões e setores”.

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Médis e Ageas Seguros premiadas por eficácia em Comunicação

  • ECO Seguros
  • 23 Novembro 2020

As marcas do grupo Ageas Portugal foram distinguidas com três Prémios Eficácia, promovidos pela associação portuguesa de anunciantes para premiar a gestão do marketing e da comunicação.

Pela segunda vez, a Médis foi uma das vencedoras dos Prémios Eficácia, com o lançamento da “Proteção Oncológica Reforçada”. A campanha, que consistiu num filme de 45” para ilustrar o reforço do apoio da seguradora aos riscos oncológicos, foi premiada com Ouro e Prata, nas categorias de Serviços Financeiros e Seguros e Novos Produtos e Serviços respetivamente, afirmou a Ageas Portugal em comunicado.

A Ageas Seguros, por sua vez, “foi também distinguida pelos Prémios Eficácia com o Bronze na categoria de Serviços Financeiros e Seguros”, com a campanha “Covid Profissionais de Saúde e Acidentes de Trabalho”, em homenagem aos Profissionais de Saúde e Colaboradores de Restaurantes que fazem entregas em casa.

“Estas distinções constituem um grande motivo de orgulho e um incentivo para continuarmos focados na excelência do serviço que prestamos aos nossos Clientes. Fruto de um extraordinário trabalho de equipa, estes reconhecimentos comprovam a nossa dedicação e aposta constantes na inovação e adaptação às necessidades das pessoas, sem esquecer o nosso propósito de proporcionar uma experiência emocional e relevante nas suas vidas”, referiu Inês Simões, Diretora de Comunicação Corporativa e Marca do Grupo Ageas Portugal.

Entre os 113 casos a concurso, o Grupo Ageas Portugal conquistou três distinções nos Prémios Eficácia, promovidos pela APAN – Associação Portuguesa de Anunciantes e que visam promover e reconhecer a excelência na comunicação e a sua capacidade de ajudar a atingir os objetivos das empresas.

Também a Superbrands – organização internacional que promove as marcas que se distinguem por um estatuto de excelência – voltou a distinguir a Médis e a Ageas Seguros como Marcas de Excelência. O destaque “comprova a aposta das marcas na criação de uma relação próxima com o Cliente e na adaptação das suas propostas a cada pessoa e adequada a cada fase de vida”, refere a mesma fonte.

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Trabalhadores em lay-off ou no apoio à retoma vão ter salários a 100%

Tal como defende o PCP, o PS propõe que tanto os trabalhadores abrangidos pelo apoio à retoma, como aqueles que estejam em lay-off tradicional ou simplificado deixem de sofrer cortes salariais.

Os socialistas querem que no próximo ano sejam garantidos os salários a 100% não só aos trabalhadores abrangidos no apoio à retoma progressiva — como tinham proposto inicialmente — mas também àqueles que fiquem em lay-off tradicional ou simplificado. Este alargamento do universo de trabalhadores que deixarão de sofrer cortes salariais consta de uma nova proposta de alteração ao Orçamento do Estado entregue esta segunda-feira pelo PS — a que o ECO teve acesso –, concretizando-se uma das principais reivindicações da esquerda. Isto num momento em que a aprovação final global do OE ainda não está garantida.

Estava agendada para esta segunda-feira a votação na especialidade da proposta do PS que autoriza o Governo, em 2021, a prolongar o apoio à retoma progressiva. Os socialistas sinalizaram, contudo, que tinham acabado de substituir esse documento, pelo que foi adiada essa ida a votos.

Essa nova proposta — à qual o ECO teve acesso — difere da anterior ao prever que também os trabalhadores abrangidos pelo lay-off simplificado ou tradicional deverão deixar de sofrer cortes salariais, no próximo ano. O documento original atribuía esse alívio apenas aos trabalhadores abrangidos pelo apoio à retoma progressiva, mas o Governo decidiu-se pelo alargamento desse benefício, em linha do que vem sendo defendido pelo PCP.

“No ano de 2021, os trabalhadores abrangidos pelo apoio extraordinário à manutenção de contrato de trabalho em situação de crise empresarial, previsto no Decreto-Lei n.º 10-G/2020, de 26 de março [lay-off simplificado], e pelo apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade em empresas em situação de crise empresarial, previsto no Decreto-Lei n.º 46-A/2020, de 30 de julho, ou outros que lhes sucedam, e pela redução ou suspensão em situação de crise empresarial, nos termos dos artigos 298.º e seguintes do Código do Trabalho [lay-off tradicional], têm assegurado integralmente a sua retribuição normal ilíquida até a um valor igual ao triplo da Retribuição Mínima Mensal Garantida”, lê-se no documento apresentado, esta segunda-feira, na Assembleia da República do PS.

De notar que, como ainda não é conhecido o valor do salário mínimo para 2021, não é possível precisar por agora qual será esse teto máximo. Se se mantivesse o valor da retribuição mínima garantida hoje em vigor, o limite estaria nos 1.905 euros, mas o Governo já disse que o quer reforçar, pelo que é certo que esse teto será superior.

A proposta do PS continua a prever, por outro lado, que o apoio à retoma progressiva seja prolongado para 2021, sendo disponibilizado aos empregadores em crise empresarial por causa da pandemia de coronavírus.

Essas empresas poderão — à semelhança do que já acontece — reduzir os horários de trabalho, consoante as suas quebras de faturação. Fica previsto, no entanto, que essa redução do período normal de trabalho também dependerá do período de aplicação do regime, o que difere da legislação atualmente em vigor.

À semelhança do que acontece hoje no apoio à retoma, mas também no lay-off simplificado, os empregadores abrangidos pelo regime não poderão fazer despedimentos coletivos, nem por extinção do posto de trabalho.

Esta proposta do PS deverá ser votada na especialidade na terça-feira, estando marcada para dia 26 de novembro a votação final global do Orçamento do Estado. A aprovação deste documento ainda não está garantida, já que os partidos que o viabilizaram na generalidade (PCP, PAN, PEV e as deputadas não inscritas) avisaram que só repetiriam a sua posição se a especialidade trouxesse avanços.

(Notícia atualizada às 19h22)

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Altice Portugal processa Anacom no 5G e apresenta queixas em Bruxelas

  • Lusa
  • 23 Novembro 2020

A Altice Portugal deu entrada na sexta-feira com uma providência cautelar contra o regulador Anacom e duas participações à Comissão Europeia, no âmbito do leilão do 5G.

A Altice Portugal deu entrada na sexta-feira com uma providência cautelar contra o regulador Anacom e duas participações à Comissão Europeia, no âmbito do leilão do 5G, disse à Lusa fonte oficial da dona da Meo.

“A Altice Portugal já avançou na passada sexta-feira com uma providência cautelar contra a Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações] e duas participações à Comissão Europeia, em particular, junto da DG COMP [concorrência] e da DG CONNECT [responsável pelas políticas no domínio da economia e sociedade digitais e pela Agenda Digital]”, especificou.

“Este regulamento do 5G representa um enorme retrocesso para a competitividade e põe em causa a sustentabilidade do setor, retraindo e destruindo o investimento e a criação de valor, e está ferido de múltiplas ilegalidades com as quais não nos podemos conformar”, salientou a mesma fonte.

A dona da Meo “avançou com a interposição de uma providência cautelar contra a Anacom junto do Tribunal Administrativo de Lisboa com fundamento nas referidas ilegalidades”, sendo que esta iniciativa tem como objetivo “ver decretada a suspensão de eficácia das normas do regulamento 5G que enviesam ilegalmente, isto é, de forma excessiva e injustificada, o leilão a favor dos novos entrantes”.

Além disso, “atento o regime preferencial e desproporcionado que a Anacom veio a prever no regulamento em benefício dos novos entrantes, a Altice Portugal avançou também com a apresentação de duas queixas junto da Comissão Europeia, em concreto junto da DG COMP e da DG CONNECT, com fundamento em ajuda de estado ilegal e na preterição da competente de análise de mercado que deveria preceder a imposição de medidas assimétricas”.

A Altice Portugal continua a aguardar a decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa sobre a providência cautelar que foi interposta contra a Anacom, em junho de 2020, “por esta ter levantado a suspensão da consulta pública para o regulamento do 5G, quando ainda estava em vigor o decreto-lei que tinha suspendido” a mesma.

Por último, a dona da Meo “não pode deixar de regozijar-se por, hoje, serem vários os agentes económicos a denunciar a postura hostil e o comportamento autista do regulador, que apenas tem por objetivo defraudar e destruir o setor”, lembrando que há mais de um ano que alerta o país para “esta situação”.

Os processos judiciais da Altice Portugal somam-se aos já também avançados pela Nos e Vodafone Portugal. O prazo para entrega das candidaturas ao leilão do 5G termina nesta semana, com todos os operadores de telecomunicações históricos a criticarem as regras.

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