Produção na construção recua 0,9% na Zona Euro. Portugal pior que a média

  • Lusa
  • 19 Outubro 2020

Segundo o Eurostat, a produção na construção recuou 0,9% na zona euro e 1,5% na UE em agosto, com Portugal a registar uma quebra acima da média (-2,2%).

A produção na construção recuou 0,9% na Zona Euro e 1,5% na União Europeia (UE) em agosto, com Portugal a registar uma quebra acima da média (-2,2%), segundo o Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, face a julho, o indicador avançou 2,6% na Zona Euro e 2,4% na UE, tendo em Portugal o crescimento sido menos pronunciado (1,8%).

Face a agosto de 2019, as maiores quebras da produção na construção forma observadas na Eslováquia (-18,0%), na Hungria (-13,6%) e na Polónia (-12,1%), com apenas três registos de avanços homólogos: Roménia (12,4%), Eslovénia (4,8%) e Finlândia (2,2%).

Na comparação me cadeia, as maiores subidas observaram-se em França (4,9%), na Eslovénia (2,4%) e na Hungria (1,9%), enquanto as quebras mais acentuadas se verificaram na Eslováquia (-2,5%), na Bélgica (-2,0%) e na República Checa (-1,4%).

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Zero contesta incentivos à queima de resíduos

  • Lusa
  • 19 Outubro 2020

Na semana passada, o Governo publicou, em Diário da República, um diploma que prolonga os incentivos financeiros atribuídos aos sistemas de gestão de resíduos que recorrem à incineração. 

A associação Zero considera que os benefícios para os sistemas de gestão de resíduos através da incineração constituem um “mau uso” de dinheiros públicos e quer reunir com o Governo para contestar o que diz ser um “erro estratégico”.

“Para além de ser um exemplo claro de mau uso de recursos públicos, vem demonstrar que o Governo continua a achar aceitável atribuir benefícios a uma atividade que fomenta a economia linear, em vez de investir em medidas que previnam a produção de resíduos e fomentem a sua reciclagem, ou seja, na promoção da economia circular”, defendeu em comunicado a Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável.

Na semana passada, o Governo publicou, em Diário da República, um diploma que prolonga os incentivos financeiros atribuídos aos sistemas de gestão de resíduos que recorrem à incineração.

Através deste apoio, os sistemas de gestão veem prolongada a bonificação da tarifa sobre a energia que vendem à rede.

Para esta associação ambientalista, em causa está um “benefício perverso” a uma indústria que “desincentiva políticas de redução, reutilização e reciclagem”.

De acordo com a Zero, embora a atividade produza energia renovável, “boa parte” dos resíduos queimados “não são eles próprios renováveis” e, a isto, soma-se uma emissão “significativa” de gases com efeito de estufa, nomeadamente cerca de 750 mil toneladas por ano, segundo dados da Agência Europeia do Ambiente.

“Se Portugal quer caminhar rumo à neutralidade carbónica, fomentar a economia circular e, assim, contribuir para a concretização dos objetivos do Pacto Ecológico Europeu, deve acabar, de imediato, com este subsídio perverso”, vincou.

Os ambientalistas criticaram ainda o facto de a portaria que prolonga os apoios não mencionar o tratamento dos resíduos urbanos através da digestão anaeróbica com produção de biogás, “uma efetiva fonte de energia renovável” que ficará sem receber o “devido apoio”.

A Zero disse também que a digestão anaeróbica permite a produção de composto a partir de resíduos orgânicos, sendo assim “essencial” para o cumprimento das metas comunitárias de reciclagem. A organização lamenta também que o executivo só tenha sido “sensível ao forte lóbi da indústria da incineração”.

Conforme apontou a Zero, até agora, os consumidores de eletricidade pagavam “para que os residentes nas regiões abrangidas pela Lipor e pela Valorsul pudessem pagar menos pelo tratamento de resíduos”, mas prevê-se que a grande parte do apoio passe a vir do Fundo Ambiental, decisão que diz contribuir para um “uso duvidoso dos proveitos resultantes de diferentes taxas aplicadas por razões ambientais” a particulares, empresas e entidades.

“Se este é o rumo das decisões que o Governo vai continuar a tomar, não haverá dinheiro europeu que nos valha para colocar Portugal na rota da sustentabilidade”, concluiu.

A Zero vai pedir uma reunião ao secretário de Estado da Energia, João Galamba, para reiterar “o erro estratégico” que estes apoios representam.

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Idosos em lares podem receber mais do que uma visita por semana

  • Lusa
  • 19 Outubro 2020

A Direção-Geral da Saúde alerta que cada autoridade de saúde local poder suspender ou restringir as visitas, de acordo com o evoluir da situação epidemiológica.

Os idosos que estão nos lares podem receber mais do que uma visita por semana, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), que deixa nas mãos das autoridades de saúde locais a possibilidade de voltar a suspendê-las.

Numa informação divulgada no seu ‘site’ e que atualiza a que tinha sido publicada em maio, quando as visitas aos lares foram retomadas, a DGS diz que, “de acordo com as condições técnicas das estruturas ou unidades, as visitas devem realizar-se pelo menos uma vez por semana”, mas alerta que cada autoridade de saúde local poder suspender ou restringir as visitas, de acordo com o evoluir da situação epidemiológica.

“Mediante a situação epidemiológica local e na estrutura ou unidade (incluindo situações de surto) pode ser determinada, pela autoridade de saúde local, a restrição ou suspensão de visitas, por tempo limitado”, informa.

As visitas aos lares estiveram suspensas em todo o país entre 13 março e o dia 18 de maio, quando foram retomadas em todas as unidades, mas, numa fase inicial, apenas uma por utente e só uma vez por semana.

A DGS lembra que as visitas às estruturas residenciais para idosos, às Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e aos Estabelecimentos de Apoio Social para Crianças, Jovens Pessoas Idosas ou Pessoas com Deficiência devem decorrer apenas com marcação, com tempo de duração limitado e em espaço arejado, e que os visitantes não podem levar objetos pessoais nem alimentos.

Na informação, a DGS diz que a instituição “deve ter um plano para operacionalização das visitas e ter identificado um profissional responsável pelo processo”, que deve decorrer sempre cumprindo as regras do distanciamento, utilização de máscaras e desinfeção de mãos.

O espaço deve ser higienizado entre visitas e as pessoas com sinais ou sintomas sugestivos de covid-19 ou com contacto com um caso suspeito ou confirmado da doença nos últimos 14 dias não devem realizar ou receber visitas.

“A instituição deve garantir que a visita decorre em espaço próprio, amplo e com condições de arejamento (idealmente, espaço exterior), não devendo ser realizadas visitas na sala de convívio dos utentes ou no próprio quarto, exceto nos casos em que o utente se encontre acamado” lembra ainda, sublinhando que nos casos de quartos partilhados terão de ser criadas condições de separação física.

A DGS recorda que a instituição deve, sempre que possível, definir corredores e portas de circulação apenas para as visitas, diferentes dos utilizados pelos utentes e profissionais, que deve ser respeitado o número máximo de um visitante por residente ou utente e que os visitantes não devem circular pelo espaço nem usar as instalações sanitárias dos utentes.

“Se não for possível, deve ser definida uma instalação sanitária de utilização exclusiva pelos visitantes durante o período de visitas que deve ser higienizada, entre visitas e antes de voltar a ser utilizada pelos utentes”, acrescenta.

A DGS recorda também que o período de vistas não deve exceder os 90 minutos e que os visitantes que testem positivo ao novo coronavírus devem informar a autoridade de saúde local, “caso tenham visitado a instituição até 48 horas antes do início dos sintomas”.

Portugal contabiliza pelo menos 2.181 mortos associados à covid-19 em 99.911 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim epidemiológico. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Problemas técnicos pararam negociação na Euronext. Já estão resolvidos

  • ECO
  • 19 Outubro 2020

Problemas técnicos levaram à suspensão da negociação na Euronext esta manhã já foram resolvidos. Bolsas estiveram "suspensas" cerca de três horas.

Problemas técnicos afetaram as plataformas da Euronext levando que a negociação tenha sido interrompida temporariamente durante a manhã. Eram 11h45 quando se voltou a negociar.

“O problema foi identificado e resolvido. Tratou-se de uma questão técnica que teve impacto no middleware system”, informou o operador do mercado de capitais que gere, entre outras, a bolsa de Lisboa.

A Euronext opera várias bolsas na Europa. Este problema técnico afetou a negociação de ações e derivados na Euronext Amesterdão, Euronext Paris, Euronext Bruxelas e Euronext Lisboa, além da Euronext LIFE, durante cerca de três horas.

O PSI-20 estava, antes da interrupção das negociações devido aos problemas técnicos, a valorizar 0,53% para 4.250,59 pontos. Neste momento, a pouco mais de uma hora do fecho, perdeu força e já se encontra em terreno negativo.

(Notícia atualizada às 15h10)

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Um terço dos portugueses espera diminuição de rendimentos em seis meses

  • Lusa
  • 19 Outubro 2020

Segundo o estudo do Oney Bank, "74% dos portugueses referem que a primeira despesa a cortar será no orçamento para a época natalícia".

Cerca de um terço dos portugueses (31%) “espera uma diminuição de rendimentos nos próximos seis meses”, com 74% a admitir cortes em gastos no Natal, segundo estudo do Oney Bank.

O estudo, realizado pela OpinionWay em Portugal, Espanha, França, Itália e Alemanha concluiu que “um em cada quatro consumidores europeus acredita que a crise de saúde pública afetará os seus rendimentos”.

No caso de Portugal, cerca de 31% dos entrevistados “espera uma diminuição de rendimentos nos próximos seis meses”, com 14% dos portugueses inquiridos acima dos 35 anos a mostrar-se “mais otimista do que os restantes”, com a expetativa de “que os seus rendimentos aumentem antes do fim de 2020”.

“No caso dos bens não essenciais, se os rendimentos diminuírem nos próximos seis meses, 74% dos portugueses referem que a primeira despesa a cortar será no orçamento para a época natalícia, seguida dos produtos de eletrónica (71%) e das despesas com mobiliário ou decoração (70%)”, segundo o mesmo estudo. Devido à crise 54% dos consumidores portugueses “não têm intenção de aumentar os seus gastos”, lê-se no documento.

Na altura de escolher os produtos “o preço continua a ser o fator determinante”, sendo que “no total dos inquiridos em Portugal, para 80% o preço é o mais importante” e “82% do total dos portugueses que responderam ao inquérito estão dispostos a privilegiar o critério ‘produção local/nacional’, nas despesas relacionadas com a alimentação”.

Entre os inquiridos, um em cada três “quer recorrer mais frequentemente a soluções de financiamento”, com a pagamento fracionado ser “a opção mais popular, antes do pagamento diferido”. Paralelamente, “31% dos portugueses afirmam que pretendem utilizar esta solução nos próximos seis meses e 24% preferem pagamento diferido”.

O estudo analisou ainda a evolução das compras ‘online’, sendo que “os espanhóis (67%), os italianos (66%) e os portugueses (62%) revelaram ser os maiores compradores online”.

Por outro lado, nos últimos seis meses em Portugal, “57% utilizou mais frequentemente a aplicação móvel para manter o contacto com o seu banco e 77% dos inquiridos manifestou interesse em manter contacto remoto com a sua instituição bancária através de ‘email’”.

Este estudo foi realizado através de um questionário ‘online’ junto de consumidores com 18 anos ou mais em Portugal, França, Espanha, Alemanha e Itália. Por país, foram inquiridas cerca de 1.000 pessoas entre 22 e 30 de junho de 2020.

O Oney Bank está em Portugal desde 1994, contando com aproximadamente 400 colaboradores. Desde 22 de outubro de 2019, o grupo tem dois acionistas: o BPCE com 50,1% e a Auchan Holding com 49,9% no capital do Oney Bank.

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Lagarde admite mais estímulos. “Caixa de ferramentas do BCE ainda não se esgotou”

  • ECO
  • 19 Outubro 2020

Presidente do BCE não descarta mais estímulos à economia se a crise provocada pela pandemia se agravar. Lagarde defendeu ainda que se torne permanente o Fundo de Recuperação.

Perante a possibilidade de a crise piorar, com a pandemia a arrastar-se, a presidente do Banco Central Europeu (BCE) garante que “as opções na caixa de ferramentas não se esgotaram”. “Se for necessário fazer mais, nós faremos mais”, assegurou Christine Lagarde em entrevista ao jornal francês Le Monde, citada pela Bloomberg (acesso condicionado).

“Desde a retoma que assistimos desde o verão, a recuperação tem sido desigual, incerta e incompleta e os riscos estão a perder força. Vamos manter uma vigilância apertada sobre os indicadores ao longo do outono”, referiu a responsável francesa.

Christine Lagarde defendeu também que os líderes da União Europeia devem considerar se o Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros da região se poderia tornar numa ferramenta permanente, mantendo-se na “caixa de ferramentas” do bloco para o caso de ser necessário novamente.

“Espero que haja debate em torno de uma ferramenta orçamental comum para a Zona Euro e que seja enriquecido pela nossa experiência atual”, sublinhou.

Na mesma entrevista, Lagarde disse que é importante que os estímulos dos governos não sejam retirados “prematuramente”, sob pena que atrasar a recuperação das economias perante o impacto da pandemia.

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Défices da Zona Euro aumentam quase dez vezes para conter a pandemia

Os rascunhos dos planos publicados pelos Estados-membros no site da Comissão Europeia indicam que o bloco terá um défice agregado de 976 mil milhões este ano.

As previsões de défice dos Governos da Zona Euro estão mais profundas do que nunca, numa altura em que se multiplicam os investimentos em medidas de emergência para conter a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. O défice agregado é quase dez vezes mais elevado do que o do ano passado.

Os rascunhos dos planos publicados pelos Estados-membros no site da Comissão Europeia indicam que o bloco terá um défice agregado de 976 mil milhões, igual a 8,9% do produto interno bruto (PIB) este ano. Este valor é quase dez vezes superior aos níveis do ano passado, bem como às previsões de Bruxelas para este ano, nota o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Depois de um ano em que os défices previstos para os países do bloco totalizam quase um bilião, os Executivos da Zona Euro estimam que o défice vai permanecer alto mesmo perante a recuperação das economias em 2021, altura em que o défice agregado projetado é de pouco menos de 700 mil milhões, ou seja, cerca de 6% do PIB.

O pico anterior dos défices da Zona Euro ocorreu no início de 2010, segundo os dados do Banco Central Europeu (BCE), quando subiram para 6,6% do PIB. Ainda assim, ainda não soaram muitos sinais de alarme quanto ao aumento nos gastos dos Governos e nos níveis de dívida, nomeadamente numa altura em que os países como Itália e Grécia são impulsionados pelo programa de compra de títulos do BCE.

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É uma corrida “sem precedentes”, conta portuguesa a investigar vacina contra a Covid-19

Helena Florindo, que coordena uma equipa de investigadores para criar uma vacina contra a Covid-19, admite que efeitos adversos "vão certamente surgir", mas garante que não se estão a saltar passos.

Milhares de cientistas por todo o mundo procuram uma solução para a pandemia e há portugueses na “corrida” mais observada do mundo. Há cerca de 200 vacinas em desenvolvimento, a nível global, sendo que processos que normalmente demorariam anos estão a ser acelerados devido à urgência da situação. Helena Florindo, que coordena uma das equipas portuguesas para o desenvolvimento de uma vacina, admite que “efeitos adversos certamente vão surgir”, mas acredita que as medidas de “segurança ou eficácia” não serão esquecidas. Mais conservadora nas estimativas do que a Organização Mundial de Saúde (OMS), a investigadora antecipa uma vacina para o início do próximo ano.

Helena Florindo é professora de Farmácia Galénica e Tecnologia Farmacêutica da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e, até fevereiro deste ano, liderava uma equipa dedicada ao desenvolvimento de vacinas contra o cancro. Contudo, a pandemia do novo coronavírus trocou as voltas às investigações.

A colaborar com a investigadora israelita Ronit Satchi-Fainaro, do Cancer Research & Nanomedicine Laboratory da Universidade de Tel Aviv, Helena Florindo decidiu testar se a vacina que estavam a desenvolver conseguiria também induzir uma resposta imunológica contra o SARS-CoV-2, vírus que provoca a doença Covid-19. “Tentámos caracterizar o mecanismo de ação e vimos que também induzia a ativação de linfócitos B, que são aqueles que levam à produção de anticorpos”, explica a investigadora ao ECO. O resultado animador levou as cientistas a redirecionarem esforços por acreditavam que as nanovacinas antitumorais que estudavam há cinco anos poderiam funcionar como base para a investigação de uma vacina para a Covid-19.

Helena Florindo, professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, coordena uma equipa, em parceria com uma investigadora israelita, no desenvolvimento de uma potencial vacina para a Covid-19D.R.

Para se chegar à vacina contra a Covid-19 é necessário encontrar antigénios (partículas estranhas ao organismo) que consigam provocar uma resposta imunitária protetora no indivíduo em que seja administrada. O objetivo é dar a conhecer o coronavírus ao corpo, permitindo-lhe aprender como o combater. Há diferentes formas de o fazer: alguns fármacos usam uma versão fraca ou inativada do vírus para o “apresentar” ao corpo, enquanto outros utilizam fragmentos de proteínas para estimular a resposta imunológica. A vacina de Helena Florindo e de Ronit Satchi-Fainaro inclui-se no segundo grupo. “Neste momento, já temos resultados a nível pré-clínico (em ratinhos) para cerca de 13 desses nossos candidatos”, explica a professora de Farmácia da Universidade de Lisboa, adiantando, que, em paralelo, estão a trabalhar “na translação do produto” para que consigam produzir a vacina em larga escala e possa “ser testada posteriormente em ensaios clínicos”, isto é, já em humanos.

A “corrida” global para uma vacina contra o novo coronavírus conta atualmente com 198 potenciais vacinas contra a Covid-19: 156 em avaliação pré-clínica (sem testes em humanos) e 42 em avaliação clínica (com testes em humanos, em diferentes etapas – fases 1, 2 e/ou 3, sendo que em cada uma destas fases é aumentada a amostra de voluntários), de acordo com os últimos dados da OMS, publicados a 15 de outubro. Trata-se de um trabalho que exige recursos e muitos anos de testes. Pode mesmo demorar mais de dez anos desde a descoberta das potenciais vacinas até à aprovação e chegada das primeiras doses à população e um investimento em torno de 500 milhões de dólares, segundo estimativas do Wellcome Trust, uma instituição filantrópica que financia investigação científica a partir de Londres.

Não digo que seja impossível [que haja vacina ainda este ano] porque a pandemia veio provar que nada é impossível. Aquilo que acho mais provável que aconteça é haja essa vacina disponível no início do ano que vem.

Helena Florindo

Professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

Com despesas incomportáveis, estas investigações são muitas vezes financiadas por fundos de investimento, bancos ou entidades governamentais. Foi o caso desta investigação, que conseguiu o financiamento da Fundação La Caixa, no valor de 300 mil euros, apenas para aplicar no processos que envolvem a entrada nos ensaios clínicos, isto é, toda a parte do scale up da vacina, a parte regulamentar e a consultoria. Mas quando entrarem nos ensaios clínicos “estamos a falar de uma ordem de valores distinta, na ordem dos milhões“, adianta Helena Florindo.

Com a situação epidemiológica a agravar-se a cada dia, a comunidade científica tenta dar resposta às preocupações do mundo fazendo com que o processo esteja a ser acelerado de uma forma que, de acordo com Helena Florindo, “não tem precedentes”. Segundo a investigadora, “esta velocidade muito mais acelerada” deve-se não só ao facto de haver “uma partilha de informação muito grande, com os papers a ser disponibilizados mais rapidamente, bem como à “enorme entreajuda” entre investigadores, universidades, indústrias farmacêuticas e reguladores.

Mesmo as multinacionais que estão em fases mais avançadas não irão submeter um pedido de aprovação daquela vacina se não tiverem indicações fortes de que, a nível da segurança, a vacina tem uma resposta segura. Efeitos adversos certamente vão surgir.

Helena Florindo

Professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

Apesar da pressa em chegar a um resultado positivo, a investigadora acredita que “não se estão a saltar passos” importantes no que “toca à segurança e eficácia da vacina”. Desvaloriza as preocupações quanto à pressão da indústria farmacêutica sobre a União Europeia para ficar isenta de ações judiciais caso se verifiquem problemas como algumas dos fármacos e classifica como “normal” a suspensão de três ensaios clínicos de eventuais vacinas para a Covid-19. “Efeitos adversos certamente vão surgir”, diz, lembrando que há uma “avaliação forte e severa dos efeitos adversos”.

E mesmo com a comunidade científica a trabalhar em “contrarrelógio”, a vacina não vai chegar para já. O diretor-geral da OMS diz ter “esperança” de que uma vacina contra a Covid-19 possa chegar ainda este ano, a investigadora é mais comedida e aponta para o início de 2021. “Não digo que seja impossível [que haja vacina ainda este ano]. Aquilo que acho mais provável que aconteça é haja essa vacina disponível no início do ano que vem“, atira, acrescentado que “vai depender da forma como esses ensaios que já estão em fase três vão acontecer”.

Mais cedo ou mais tarde, certo é que a primeira vacina a ser aprovada pelos reguladores não deverá ser a única a ser produzida pois serão precisos “milhões de doses” para que exista disponibilidade “em diferentes países” e há populações específicas que provavelmente vão precisar de vacinas com mecanismos de ação diferente. “Por exemplo, doentes cuja resposta imunológica é mais debilitada vão precisam de vacinas que induzam a produção de anticorpos com maior afinidade do que aquelas que normalmente são disponibilizadas”, conclui Helena Florindo.

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Nas notícias lá fora: BCE, Alibaba e défice

O BCE mostra-se disponível para avançar com mais ferramentas para enfrentar a crise, numa altura em que os défices dos países da Zona Euro se agravam.

A presidente do Banco Central Europeu garante que a instituição ainda tem ferramentas para responder à crise provocada pela pandemia, caso seja necessário. Isto numa altura em que as medidas de resposta à pandemia pesam nos orçamentos dos países da Zona Euro, cujo défice agregado vai atingir um nível cerca de dez vezes superior ao ano passado. Na China, Jack Ma recebeu aprovação para avançar para o maior IPO de sempre. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Bloomberg

BCE ainda tem opções se crise pandémica se agravar, diz Lagarde

Perante a possibilidade de a crise piorar, com a pandemia a arrastar-se, a presidente do Banco Central Europeu garante que “as opções na caixa de ferramentas não se esgotaram”. “Se for necessário fazer mais, nós faremos mais”, assegurou. Christine Lagarde defendeu também que os líderes da União Europeia devem considerar se o Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros da região se poderia tornar numa ferramenta permanente, mantendo-se na “caixa de ferramentas” do bloco para o caso de ser necessário novamente.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Jack Ma tem luz verde para o maior IPO de sempre

A Ant Group, o braço financeiro da Alibaba, obteve “luz verde” das autoridades chinesas para avançar com a entrada em bolsa. A China Securities Regulatory Commission (CSRC) validou o pedido de dual listing da empresa de Jack Ma, permitindo o acesso às bolsas de Hong Kong e Xangai, abrindo caminho àquele que será o maior IPO de sempre, superando o da Saudi Aramco.

Leia a notícia completa na Reuters (conteúdo em inglês, acesso livre)

Financial Times

Défices da Zona Euro aumentam quase dez vezes para conter a pandemia

Os governos da Zona Euro planeiam ir mais abaixo da linha de água do que nunca neste ano, acumulando défices de cerca de um bilião, à medida que investem em medidas de emergência para conter a crise do coronavírus. Os rascunhos dos planos publicados pelos Estados membros no site da Comissão Europeia indicam que o bloco terá um défice agregado de 976 mil milhões, igual a 8,9% do produto interno bruto este ano, o que é cerca de dez vezes superior aos níveis do ano passado, bem como às previsões de Bruxelas para este ano.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Le Fígaro

Auchan sai da China. Vende negócio à Alibaba

A Auchan vai abandonar o mercado chinês. A retalhista francesa, com presença em Portugal, anunciou que vai vender a sua filial chinesa, a SunArt, ao gigante do comércio online, a Alibaba, um negócio avaliado em três mil milhões de euros. Em causa estão 484 hipermercados que empregam um total de 150 mil funcionários.

Leia a notícia completa no Le Fígaro (conteúdo em francês, acesso livre)

Wall Street Journal

Com corrida às compras de Natal, há mais encomendas do que meios para as entregar

As dificuldades com as entregas dos presentes e compras festivas começou cedo este ano, com as distribuidoras a dar conta de dificuldades nos meios para entregar as encomendas, numa altura em que a pandemia impulsiona as compras online. Tanto a FedEx como a United Parcel Service disseram a algumas das empresas com maior volume de entregas que a maior parte da capacidade já está comprometida e que qualquer pedido extra com encomendas dos Natal terá que esperar para ser despachado.

Leia a notícia completa no Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês)

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Bloco de Esquerda reforça intenções de voto com pressão sobre o OE

  • ECO
  • 19 Outubro 2020

Partido liderado por Catarina Martins dá um salto nas preferências dos portugueses. CDU que regista a maior queda, perdendo "terreno" perante o Chega.

O PS continua destacado nas intenções de voto, mas o Bloco de Esquerda ganha força. Na sondagem realizada para o Jornal de Negócios (acesso pago) e o CM/CMTV, o partido liderado por Catarina Martins dá um salto nas preferências dos portugueses, afastando-se do Chega.

Enquanto o PS surge com 37,5% das intenções de voto, acima dos 24,8% obtidos pelo PSD, que subiu meio ponto percentual face ao último inquérito, o BE cresce um ponto percentual. Regista a maior subida, aparecendo com 11%.

Partido liderado por Catarina Martins, que está a negociar a aprovação do Orçamento do Estado para 2021, ganha vantagem ao Chega, que aparece com 7,7%. Por sua vez, o partido de André Ventura aumenta a distância para a CDU que regista a maior queda nesta sondagem, passando para 4,3%, à frente do CDS e PAN, com 4,1%, ambos, e da Iniciativa Liberal (2,4%).

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Pesos pesados animam Lisboa em arranque cauteloso na Europa

Há duas notícias a "temperar" o otimismo dos investidores: mais estímulos nos EUA e a possibilidade de haver uma vacina contra a Covid-19 nos próximos meses.

As bolsas europeias iniciam a semana em alta, mas avançam com alguma cautela. Há duas notícias a “temperar” o relativo otimismo dos investidores: estímulos nos EUA e a possibilidade de haver uma vacina contra a Covid-19 nos próximos meses. Os ganhos são moderados no Velho Continente, Lisboa incluído.

O PSI-20, o principal índice português, sobe 0,58% para 4.252,66 pontos. Apenas três cotadas estão a negociar abaixo da linha de água: a EDP Renováveis (depois dos máximos históricos nas últimas sessões, a Novabase e a Pharol.

Do lado positivo, a construtora Mota-Engil soma 1,82% para 1,116% e lidera ganhos na praça nacional. Sonae e CTT também valorizam mais de 1%. Ainda assim, são os “pesos pesados” Jerónimo Martins e Galp a marcar o ritmo: a dona do Pingo Doce ganha 0,96% para 14,71 euros e a petrolífera avança 0,83% para 8,24 euros.

Lisboa acompanha o arranque cauteloso dos pares europeus. O índice de referência Stoxx 600 arrancou a subir 0,4%. As bolsas de Madrid, Paris e Frankfurt também se apresentam em alta entre 0,4% e 0,6%.

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Portugueses preferem ambiente a dinheiro. A menos que ganho seja 20% superior

Ao contrário do que tem sido a convicção, estudo da Schroders indica que a geração millennial é a que revela maior disposição para comprometer princípios em detrimento de retornos financeiros.

Portugueses, italianos e chineses estão entre os investidores menos dispostos a abdicar da ética em detrimento de retornos financeiros. Mas, como em tudo, há um preço que faz esquecer estas convicções: é necessário um ganho 20% superior para compensar a culpa.

Em Portugal, a ética prevalece aos retornos elevados, com 82% dos inquiridos a assumir não ceder, de acordo com o Schroders Global Investor Study 2020, a que o ECO teve acesso. Os investidores portugueses, a par dos italianos, são dos que mais assumem não investir contra os seus princípios. Portugal e Itália são apenas ultrapassados pela China (com 90%) e são seguidos de próximo pelos belgas, suecos e dinamarqueses (81%). Em sentido contrário, EUA e Singapura estão no extremo oposto, mas ainda assim há uma larga maioria (67%) a assumir que as crenças são mais importantes do que os retornos elevados.

Além de para a larga maioria dos investidores portugueses pesar mais a ética do que o retorno, 77% diz mesmo que não investiria contra as suas crenças e, para aqueles, que o fizessem, o retorno médio sobre o investimento seria de 21% para compensar o sentimento de culpa.

Ao contrário do que tem sido a convicção, a geração millennial (18 a 37 anos) é a que revela maior disposição para comprometer princípios em detrimento de retornos financeiros: entre ética e dinheiro, 25% prefere o dinheiro. Os mais velhos mostram-se mais comprometidos com as suas crenças: apenas 16% dos seniores (71 anos ou mais) e 20% dos baby-boomers (51 a 70 anos) estaria disposta a “fechar os olhos” aos seus princípios éticos. Mais perto do patamar dos millenials está a chamada geração X (38 a 50 anos), com 24%.

“Cada vez mais pessoas querem que os valores em que acreditam estejam refletidos na forma como investem”, diz Carla Bergareche, diretora geral da Schroders para Portugal e Espanha. “É muito positivo perceber que a maioria dos investidores já está consciente de que investir de forma sustentável não significa sacrificar rentabilidade. A conciliação dos dois objetivos é possível, desejável e há cada mais evidência de que as opções pela sustentabilidade podem gerar melhores resultados a longo prazo”.

Millenials mais disponíveis para abdicar de valores

Fonte: Schroders Global Investors Survey 2020

Fundos sustentáveis captam mais interesse

O Schroders Global Investor Study 2020 (que incluiu mais de 23 mil investidores com dinheiro investido em 32 geografias) revela que 47% dos investidores globais privilegia fundos de investimento sustentáveis (44% na Europa). A principal razão está relacionada com os impactos positivos que estes investimentos proporcionam ao meio ambiente e a segunda é a crença de conseguirem obter retornos superiores.

Os portugueses alinham com esta tendência: 44% prefere fundos que têm em consideração as questões de sustentabilidade, o que significa uma subida de três pontos percentuais face à mesma questão colocada em 2018. Quando se fala em sustentabilidade um dos temas centrais são alterações climáticas.

O interesse dos investidores está a ter resposta por parte da indústria: no final do ano passado eram comercializados, em Portugal, cinco fundos de investimento com critérios ambientais, sociais e de governo de sociedades (ESG, na sigla em inglês). Estes agregavam 272 milhões de euros e eram subscritos por 18.309 participantes.

Ainda assim, o estudo revela que os consultores financeiros, na Europa, transmitem menos informação sobre investimento sustentável aos investidores. Só 28% dos inquiridos diz recebê-la com frequência, abaixo dos 37% nas Américas ou 38% na Ásia. “A falta de informação parece continuar a condicionar parte das opções pelo investimento sustentável, com 93% dos inquiridos a assumir que necessita de mais dados para perceber os critérios que levam uma empresa a ser considerada sustentável e a confiar que o seja. A maioria (34% globalmente e 37% em Portugal) considera que a confirmação por uma entidade independente constituiria esta fonte de informação e confiança”, acrescenta o estudo da Schroders.

Retornos elevados e impacto ambiental são chamariz

Fonte: Schroders Global Investors Survey 2020

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