Fogos florestais na Califórnia já custam 3000 milhões às seguradoras

  • ECO Seguros
  • 5 Outubro 2020

A.M. Best admite que os danos dos fogos, só na Califórnia, atinjam o valor recorde de 2017, e sobra o efeito da má qualidade do ar nas cidades. No Brasil, fogo devora parte do Pantanal e Amazónia.

Dados oficiais divulgados no primeiro domingo de outubro indicam mais de 8200 incêndios florestais na Califórnia desde o início do ano, resultando em mais de 4 milhões de acres queimados (1,619 milhões de ha ou mais de 16 mil km2) só naquele estado norte-americano. Segundo Scott McLean, porta-voz do CAL FIRE (California Department of Forestry and Fire Protection), a área ardida este ano na Califórnia fixa um novo recorde, equivalendo a uma extensão maior do que o estado do Connecticut, “e os números ainda vão subir”, afirmou McLean.

Os incêndios registados este ano na costa Oeste dos EUA já superam 3 mil milhões de dólares em danos segurados, avançava uma semana antes a edição digital da revista Barron’s. Segundo Cathy Seifert, analista de seguros na CFRA Research, citando dados do centro nacional de coordenação de fogos (NIFC), este ano, mais de 40 mil fogos florestais, na maioria na costa Oeste, queimaram mais de 4,7 milhões de acres (1,9 milhões de hectares – ha) até 8 de setembro de 2020, resumiu a especialista da empresa que faz pesquisas e análise para fundos de investimento e outras indústrias.

Estes dados comparam com 35 mil incêndios e 4,2 milhões de acres (perto de 1,7 milhões ha ou 17 mil quilómetros quadrados) destruídos em igual período de 2019, quando os danos segurados gerados por incêndios florestais ascenderam a 1000 milhões de dólares (segundo quantificação que ainda não é definitiva), depois de dois anos consecutivos de perdas mais significativas, nomeadamente em 2017.

A A.M. Best, agência de notação de referência na indústria seguradora, assinala que, só na Califórnia, a fatura chegou aos 13 mil milhões de dólares em 2017, o ano recorde que precedeu os 12 mil milhões de dólares contabilizados para a região de Camp Fire (Califórnia), em 2018. A agência antecipa ainda que, no estado da Califórnia, o prejuízo causado pelos fogos em 2020 deverá, pelo menos, atingir o montante contabilizado em 2017, impulsionando os preços do resseguro. Segundo estima a A.M. Best, a atual época de incêndios naquele Estado pode este ano tocar os valores de 2017, em número de ocorrências e área ardida, como foi o caso dos incêndios nos complexos industriais LNU Lightning e SCU Lightning.

Entre as maiores seguradoras que operam no estado da Califórnia estão a State Farm e a Farmers Insurance. Diferentemente do que acontece com os danos provocados por furacões, em que as seguradoras conseguem minimizar gastos, evitando pagar algumas reclamações, na gestão de incêndios a margem de manobra para reduzir a fatura dos sinistros é quase nula.

Além das indemnizações às famílias, o volume de pagamentos sobe com as reclamações de seguro por interrupção de negócio em atividades que são obrigadas a encerrar por razões associadas à poluição (qualidade do ar) causada pelos fogos.

2017 foi ano recorde de fogos florestais e danos associados nos EUA

Um relatório divulgado na última semana de setembro pelo grupo Verisk, especialista global em modelação de risco, indica que a época de incêndios florestais na costa Oeste dos EUA já terá causado a destruição de 5 milhões de acres, com crescente número de mortos, residentes deslocados e milhares de propriedades destruídas nos Estados da Califórnia, Oregon e Washington. Globalmente, os incêndios florestais registados este ano no lado ocidental dos EUA queimaram uma área combinada mais extensa do que todo o Estado de Nova Jérsia.

Só na Califórnia, mais de 3,6 milhões de acres já arderam em 2020, mais do que em qualquer ano de que há registo, tendo sido destruídas mais de 7000 estruturas quando faltam ainda alguns meses para o termo da “época dos incêndios”, referia a Verisk citando dados do Departamento de Silvicultura e Proteção contra Incêndios da Califórnia (CAL FIRE), entretanto já desatualizados com os números do passado domingo (4 de outubro).

A tendência de longo prazo de aumento dos sinistros por incêndios florestais, atualmente a fixar novos recordes de ocorrências, inquieta a indústria de seguros. A série de relatórios Fire Line Risk Reports produzidos pela Verisk indicam que cerca de 4,5 milhões de propriedades nos EUA estão expostas a risco extremo de incêndios florestais, ou “infernos,” na expressão latina usada no documento apresentado em língua inglesa. Desse parque imobiliário, mais de dois milhões de estruturas estão situadas na Califórnia, onde o número de propriedades expostas ao risco de fogos florestais cresceu 2% face a 2019.

O Instituto Internacional de Seguros (I.I.I.), uma entidade norte-americana, identifica igualmente o ano 2017 como sendo ainda o mais devastador de que há registo nos EUA, em termos de incêndios florestais. Referindo estatísticas do National Interagency Fire Center, o III aponta 71499 fogos florestais (65575 em igual período de 2016), com 10 milhões de acres ardidos (5,6 milhões em 2016), números que colocam o ano 2017, com mais de 40 mil km2 queimados, como sendo o de maior área ardida face à média de 10 anos.

O Factbook de seguros do I.I.I. (Anuário de 2019, página 161 e segs.) refere também que o California Department of Insurance, organismo estatal que superintende ao setor segurador, reportou participações de sinistros a rondar 12 mil milhões de dólares relacionados com incêndios registados de outubro a dezembro de 2017, fixando este período como o mais dispendioso de que há registo. Os números referidos excluem fogos de outra natureza, como incêndios em prédios urbanos e outros originados por ignições (ou acidentes) em infraestruturas industriais em rodovias fora de áreas urbanas, os quais merecem capítulo específico na estatística do III.

Contando apenas os três maiores fogos florestais registados no Estado da Califórnia, num período alargado até final de 2017, estes eventos provocaram danos segurados superiores a 2800 milhões de dólares, cifra o instituto. A maioria dos grandes incêndios florestais na costa Oeste ocorre em regiões que anteriormente eram desabitadas e, atualmente, evidenciam crescimento habitacional acelerado, em particular em condados da Califórnia.

Nos EUA, as áreas designadas Wildland-Urban Interface (WUI) concentram cerca de 44 milhões de habitações distribuídas por dezenas de estados, segundo dados do US Forest Service. Um estudo conduzido por investigadores do departamento de Engenharia e Ciência Aplicada da Universidade de Harvard conclui que, até 2050, o número de incêndios florestais na costa Oeste dos EUA aumentará 50%, podendo duplicar para o conjunto do território dos Estados Unidos.

Outros pontos do planeta, como o Brasil e a região do Ártico (Sibéria) registam igualmente incêndios catastróficos, enquanto a Austrália está prestes a entrar na época de fogos florestais, com incidência crítica no estado da Nova Gales do Sul, onde o combate aos fogos costuma ser inglório.

Brasil: Amazónia e Pantanal com elevado número de fogos em 2020

No Brasil, a parte que lhe cabe da Amazónia, “pulmão do planeta”, regista em 2020 um dos piores anos de sempre, em termos de área ardida. De acordo com estatísticas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de janeiro até 30 de setembro de 2020, a Amazónia registou 76030 focos de incêndio, mais 14% do que em igual período de 2019.

Setembro fixou a 3ª estatística mais elevada de fogos florestais desde 2010, com 32017 focos de incêndio na Amazónia, mais 61% do que em igual mês de 2019.

Também o Pantanal, um dos mais importantes biomas do Brasil, é outra região fortemente atingida pelo fogo. Setembro contabilizou mais de 8100 fogos florestais, segundo dados do INPE, o número mais elevado para a região desde 1998, ano em que o instituto iniciou a monitorização destes eventos.

Desde início do ano até ao final de agosto (setembro é o pico da época de fogos), o Brasil perdeu 53019 km² de mata natural, combinando o total queimado na Amazónia e no Pantanal juntos, uma área equivalente a mais de 30 cidades de São Paulo. Globalmente, o Brasil já registou este ano mais de 121000 km² de área ardida, ou seja, uma área equivalente a 1,3 vezes o território de Portugal continental.

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Prémio Nobel da Medicina atribuído aos autores da descoberta do vírus da Hepatite C

  • Lusa
  • 5 Outubro 2020

O prémio Nobel da Medicina foi atribuído aos cientistas norte-americanos Harvey J. Alter e Charles M. Rice e ao britânico Michael Houghton anunciou hoje a academia.

O prémio Nobel da Medicina foi atribuído esta segunda-feira a três cientistas pela descoberta do vírus da Hepatite C, anunciou hoje em Estocolmo, Suécia, o secretário-geral do Comité Nobel, Thomas Perlmann.

O galardão foi atribuído aos cientistas norte-americanos Harvey J. Alter e Charles M. Rice e ao britânico Michael Houghton, que dividirão igualmente o prémio de dez milhões de coroas suecas (953.843 euros).

Segundo o Comité do Nobel, estes três cientistas “deram uma contribuição decisiva para a luta contra a hepatite transmitida pelo sangue, um grande problema de saúde global que provoca cirrose e cancro do fígado em pessoas de todo o mundo”.

Harvey J. Alter, Michael Houghton e Charles M. Rice fizeram “descobertas seminais que conduziram à identificação de um novo vírus, o vírus da Hepatite C”.

Antes do seu trabalho, a descoberta dos vírus da hepatite A e B já tinha sido um decisivo passo em frente, mas a maioria dos casos de hepatite transmitida pelo sangue permanecia inexplicada”.

“A descoberta do vírus da Hepatite C revelou a causa dos restantes casos de hepatite crónica e tornou possíveis análises ao sangue e novos medicamentos que salvaram milhões de vidas”, acrescenta o Comité do Nobel.

Esta forma de hepatite é insidiosa, pois indivíduos saudáveis podem ser silenciosamente infetados e assim permanecer durante muitos anos antes de surgirem complicações graves.

A hepatite transmitida pelo sangue está associada a significativas taxas morbilidade e mortalidade, sendo responsável por mais de um milhão de mortes por ano em todo o mundo, tornando-a assim uma preocupação de saúde global a uma escala comparável à da infecção pelo VIH e pela tuberculose, destacou o comité no discurso posterior ao anúncio dos vencedores.

“A descoberta do vírus da Hepatite C pelos laureados com o Prémio Nobel é um marco histórico na luta contra as doenças virais. Graças à sua descoberta, testes sanguíneos altamente sensíveis ao vírus estão agora disponíveis e permitiram eliminar praticamente as hepatites pós-transfusão em muitas partes do mundo, melhorando significativamente a saúde global”.

A descoberta destes cientistas também permitiu o rápido desenvolvimento de medicamentos antivirais para a Hepatite C, e, pela primeira vez na história, a doença pode agora ser curada, criando esperanças de erradicar do mundo o mundo da Hepatite C.

O prémio Nobel da Medicina reveste-se este ano de um significado particular devido à pandemia causada pelo novo coronavírus, que destacou a importância que a investigação médica tem para as sociedades e economias de todo o mundo.

Harvey J. Alter, nascido em 1935, em Nova Iorque, é especialista em medicina interna e trabalha desde 1969 no Instituto Nacional de Saúde como investigador sénior no departamento do Centro Clínico de Medicina Transfusional.

O seu compatriota Charles M. Rice, nascido 1952 em Sacramento, é desde 2001 professor na Universidade Rockefeller, em Nova Iorque, onde durante 17 anos foi o diretor científico e executivo do Centro para o Estudo da Hepatite C naquela universidade.

Michael Houghton, nascido no Reino Unido, trabalha desde 2010 na Universidade de Alberta, Canadá e é considerado uma excelência na área de investigação em virologia.

Este é o primeiro dos Nobel a ser anunciado este ano, ao qual se segue, na terça-feira, o da Física e, na quarta-feira, o da Química.

Na quinta-feira, dia 8, será atribuído o Nobel da Literatura e na sexta-feira será conhecido o nome do novo Nobel da Paz.

O último anúncio será feito no dia 12 de outubro e determinará o vencedor do Nobel da Economia.

Os prémios Nobel nasceram da vontade do cientista e industrial sueco Alfred Nobel (1833-1896) em legar grande parte de sua fortuna a pessoas que trabalhem por “um mundo melhor”.

O prestígio internacional dos prémios Nobel deve-se, em grande parte, às quantias atribuídas, que atualmente chegam aos dez milhões de coroas suecas (mais de 953.000 euros).

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Na véspera do Orçamento, Fernando Medina pede para que não haja “crises artificiais”

  • Lusa
  • 5 Outubro 2020

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, pediu que todos assumam “a coragem da responsabilidade” da resposta à situação difícil do país, sem “crises artificiais”.

No seu discurso nas cerimónias comemorativas do 05 de Outubro, Medina elogiou a “visão estratégica e o rumo” escolhidos pelo Governo para responder “de forma inclusiva, ecológica e socialmente responsável” à segunda crise no espaço de uma década.

“Para que isso aconteça é necessário que o país se mantenha focado no essencial. Ninguém entenderia que, num país ainda marcado por feridas da última crise, alguns preferissem uma crise artificial à responsabilidade da resposta à vida de milhões de portugueses”, sublinhou.

O autarca da capital considerou que, quem num passado recente, afirmou que era possível outra política económica “tinha razão”.

“Mas ter razão não basta. É preciso, quando confrontado com as suas responsabilidades, assumir a coragem da sua responsabilidade”, apelou.

Medina discursava perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, o primeiro-ministro, António Costa, três dos quatro presidentes dos tribunais superiores – o presidente do Tribunal Constitucional, Manuel Costa Andrade, não compareceu por ainda aguardar o resultado do teste à covid-19, depois de ter participado no Conselho de Estado de terça-feira com António Lobo Xavier, que testou positivo ao vírus.

Os testes de diagnóstico de infeção com o novo coronavírus realizados no domingo pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e pelo primeiro-ministro, António Costa, deram negativo, e os três estão presentes hoje nas cerimónias do 110.º aniversário da Implantação da República.

Estiveram ainda na cerimónia, que este ano decorreu com restrições devido à pandemia, o vice-presidente João Paulo Saraiva e os vereadores Teresa Leal Coelho (PSD), João Gonçalves Pereira (CDS-PP), João Ferreira (CDU) e Manuel Brito (BE).

Ao contrário do que tem sido habitual nos últimos anos, os discursos decorreram no interior dos Paços do Concelho, no Salão no Nobre, e não na Praça do Município.

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Marcelo diz que “recuperação económica durará anos”

O Presidente da República alerta, no seu discurso do 5 de outubro, que o país está a viver “duas graves crise” -- sanitária e económica -- e neste sentido apelou à necessidade de consensos.

No dia em que se celebra a República, o Presidente da República dirigiu-se aos portugueses referindo-se a este 5 de Outubro como “um dos mais difíceis e exigentes, se não o mais sofrido em 46 anos de democracia”. E neste sentido apelou ao consenso entre os portugueses no combate das duas “graves crises” que o país enfrenta — uma sanitária e outra económica e social. Marcelo Rebelo de Sousa falou ainda numa “recuperação económica que durará anos” e que não deve ser uma oportunidade desperdiçada.

No seu último discurso do 5 de Outubro do mandato que termina a 9 de março, o Presidente da República lembrou o dramatismo da realidade que o País vive, referindo-se a um “estado de exceção económica e social” marcado pelo desemprego, baixa de salários, pelo “sufoco” das empresas, em especial das micro e PME, e o “crescimento acelerado” do défice orçamental e da dívida pública.

Este 5 de outubro é, pois, dos mais difíceis e exigentes, se não o mais sofrido em 46 anos de democracia“, frisou assim Marcelo Rebelo de Sousa, lembrando que ainda persiste a incerteza em torno do pandemia e nomeadamente sobre quando haverá um tratamento e uma vacina.

Este 5 de outubro é, pois, dos mais difíceis e exigentes, se não o mais sofrido em 46 anos de democracia.

O Presidente da República disse ainda que “a recuperação económica durará anos”, e que a sua duração ainda será maior “se for uma oportunidade desperdiçada para mudar instituições e comportamentos e antecipar de modo irreversível o nosso futuro”.

Afirmou ainda que a “mudança só valerá realmente a pena se não servir só alguns portugueses privilegiados, mas permitir que se ultrapasse a pobreza, a desigualdade e a injustiça social”.

“Temos de continuar a resistir, a prevenir, a cuidar, a inovar, a agir em liberdade, a saber compatibilizar a diversidade com a convergência no essencial, a sobrepor o interesse coletivo aos meros interesses pessoais”, referiu-se relativamente aos tempos que se avizinham.

Temos de continuar a resistir, a prevenir, a cuidar, a inovar, a agir em liberdade, a saber compatibilizar a diversidade com a convergência no essencial, a sobrepor o interesse coletivo aos meros interesses pessoais.

Entre os recados de Marcelo Rebelo de Sousa esteve ainda o apelo contra a “tentação de encontrar bodes expiatórios numa luta que é de todo e não é só de alguns” e sublinhou a necessidade de “agir em liberdade”, contra as tentações autoritárias. “Não queremos ditaduras em Portugal e sabemos que ditaduras por esse mundo fora não resolveram esta crise e porventura nem sequer a assumiram com tempo e transparência”.

O Presidente da República discursou na cerimónia comemorativa dos 110 anos da Implantação da República, na Praça do Município, num formato mais restrito devido à pandemia.

Este foi o quarto discurso de Marcelo Rebelo de Sousa em cerimónias comemorativas da Implantação da República, na Praça do Município, e o último do seu mandato como Presidente da República, que se iniciou em 2016 e termina a 9 de março de 2021.

No ano passado, o 109.º aniversário do 5 de Outubro foi assinalado com uma cerimónia simbólica, sem discursos, na Praça do Município, em Lisboa, por ser véspera de eleições legislativas.

(Notícia atualizada às 12:04)

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Presidente da Comissão Europeia em isolamento após participação em Conselho de Estado

  • Lusa
  • 5 Outubro 2020

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von de Leyen, vai estar em isolamento até terça-feira de manhã, por ter estado, na semana passada, em contacto com pessoa infetada, no Conselho de Estado.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von de Leyen, vai estar em isolamento até terça-feira de manhã, por ter estado, na semana passada, em contacto com uma pessoa infetada, na reunião do Conselho de Estado, em Cascais, Lisboa.

“Fui informada que participei numa reunião, na terça-feira passada, onde estava uma pessoa que ontem [no domingo] testou positivo para a covid-19. De acordo com os regulamentos adotados, estarei em auto isolamento até amanhã [terça-feira] de manhã”, escreveu a líder do executivo comunitário na sua conta na rede social Twitter.

Ursula von der Leyen fez um teste na quinta-feira, com resultado negativo, e fará outro ainda hoje.

No domingo à noite, a Presidência da República foi informada de que o conselheiro de Estado António Lobo Xavier está infetado com o vírus que provoca a covid-19.

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Principais bolsas europeias seguem em alta com melhoria da saúde de Trump

  • Lusa
  • 5 Outubro 2020

Os mercados animados pelas informações sobre a melhoria da saúde do Presidente norte-americano, Donald Trump, e a redução das incertezas sobre as eleições nos Estados Unidos da América.

As principais bolsas europeias abriram esta segunda-feira em alta, com os mercados animados pelas informações sobre a melhoria da saúde do Presidente norte-americano, Donald Trump, e a redução das incertezas sobre as eleições nos Estados Unidos da América.

Perto das 09h00 em Lisboa, o EuroStoxx 600 subia 0,58% para 364,78 pontos.

Londres subia 0,76%, Paris 0,48%, Frankfurt 0,60%, Madrid 0,97% e Milão 0,33%.

A bolsa de Lisboa mantinha a tendência de alta da abertura, com o PSI20 a avançar 0,74% para 4.117,52 pontos, com a Galp a destacar-se a subir 3,46% para 8,07 euros. Já a Pharol avançava 3,25% para 0,11 euros, BCP 1,54% para 0,08 euros e Jerónimo Martins 1,46% para 14,29 euros.

Os mercados europeus seguem hoje animados pela melhoria do estado de saúde do presidente dos Estados Unidos da América, reduzindo a incerteza sobre as eleições presidenciais do país (marcadas para novembro), depois de nos últimos dias ter havido notícias contraditórias sobre a sua saúde após a infeção pelo novo coronavírus.

Os mercados aguardam ainda com expectativa o anúncio de um novo pacote de estímulos dos Estados Unidos, enquanto na Europa os ministros da economia e das finanças dos 19 países da zona euro (Eurogrupo) debatem as prioridades para os planos de recuperação da crise desencadeada pela covid-19.

Hoje, há a publicação dos dados finais do índice PMI composto da zona euro.

Na Ásia, as bolsas fecharam a subir (o principal índice de Tóquio avançou 1,23%) também com os investidores encorajados pelas melhorias de Trump.

O preço do petróleo Brent (referência para a Europa) para entrega em dezembro seguia ao início da manhã a subir 2% para 40,09 dólares.

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Lobo Xavier está infetado com Covid-19. Advogado esteve na reunião do Conselho de Estado

O advogado participou na terça-feira na reunião Conselho de Estado onde esteve Ursula von der Leyen.

António Lobo Xavier, advogado e comentador político, está infetado com Covid-19. A notícia está a ser avançada pela SIC.

Marcelo Rebelo de Sousa presidiu, na passada terça-feira, no Palácio da Cidadela em Cascais, à reunião do Conselho de Estado, que decorreu sob o tema “A União Europeia, hoje e amanhã”, e na qual participou, como convidada, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Entre os conselheiros de Estado estava António Lobo Xavier que, segundo avança a SIC, testou positivo à Covid-19.

Estes são os nomes que fazem parte do Conselho de Estado, um órgão consultivo da Presidência da República:

  • Eduardo Ferro Rodrigues, Presidente da Assembleia da República
  • António Costa, Primeiro-Ministro
  • Costa Andrade, Presidente do Tribunal Constitucional
  • Maria Lúcia Amaral, Provedora de Justiça
  • Vasco Cordeiro, Presidente do Governo Regional dos Açores
  • Miguel Albuquerque, Presidente do Governo Regional da Madeira
  • Ramalho Eanes
  • Jorge Sampaio
  • Cavaco Silva
  • António Lobo Xavier
  • Eduardo Lourenço
  • Marques Mendes
  • Leonor Beleza
  • António Damásio
  • Carlos César
  • Francisco Pinto Balsemão
  • Francisco Louçã
  • Rui Rio
  • Domingos Abrantes

De acordo com a SIC, os conselheiros de Estado estão a ser informados da situação e alguns serão testados já esta segunda-feira. António Lobo Xavier esteve sentado entre Leonor Beleza e Francisco Louçã.

Portugal registou 904 novos casos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. É uma subida de 1,16% face ao dia anterior, com o total de pessoas já infetadas a ascender a 79.151. Morreram mais dez pessoas devido à Covid-19, elevando para 2.005 o número total de vítimas mortais, de acordo com o último balanço oficial da Direção-Geral de Saúde (DGS).

Contrariamente à tendência observada nas últimas semanas, o maior número de novas infeções foi identificado a Norte do país. São 449 casos, correspondentes a 50% do total das últimas 24 horas. Já a região da Grande Lisboa registou 316 novas infeções pelo novo coronavírus (cerca de 35% do total). O maior número de óbitos aconteceu na região de Lisboa, oito do total de dez.

(Notícia atualizada às 22h38)

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Este marketplace nasceu na pandemia para ajudar arte a sobreviver. Vilhs e Bordalo II lideram vendas

Com as pessoas fechadas em casa e a trabalhar remotamente, a procura por arte aumentou. As obras de Vhils e Bordalo II são as mais procuradas.

Chama-se “P55”. É um marketplace direcionado à arte que foi criado em contexto de pandemia para ajudar os artistas e galerias a sobreviverem à crise provocada pelo novo coronavírus. Já conta com mais de 100 artistas associados entre eles o Vhils, Bordalo II, Paula Rego, entre muitos outros.

“Criámos uma plataforma de arte que permite aos comerciantes, sejam artistas ou galerias, terem os seus trabalhos expostos e a possibilidade de vendê-los. As peças saem diretamente dos estúdios dos artistas e/ou das galerias para a casa do consumidor final. É uma transformação completamente digital do negócio clássico que já existia”, explica o CEO do P55, Aníbal Faria.

Com a arte trancada à chave, o CEO da plataforma viu neste nicho de mercado uma oportunidade de negócio. “Com o confinamento, os comerciantes e os artistas precisaram de um palco que lhes permitisse colocar os seus artigos à venda sem serem eles próprios a fazer essa transformação digital”, conta ao ECO.

E em apenas nove meses de existência, a plataforma já registou quase mil encomendas e vendeu mais de meio milhão de euros em obras de arte. “Com a pandemia o negócio teve um boost gigantesco que não era expectável e está a ter uma adesão muito boa”, conta com orgulho Aníbal Faria.

Bricolage, decoração e… arte

À semelhança do mobiliário, a procura por este tipo de produtos está a aumentar e justifica-se pelo facto de as pessoas passarem mais tempo em casa. “Olhamos para casa e temos as paredes vazias e não é por acaso que setores como a bricolage e decoração tiveram um impacto positivo. Nesta altura de pandemia e confinamento as pessoas procuram mais conforto nas nossas casas”, explica o CEO da P55.

Os preços das obras de arte começam nos 50 euros e ascendem os cem mil. “A peça mais cara vendida até agora na plataforma foi um quadro da artista Vieira da Silva por 65 mil euros”, conta o CEO. Aníbal Faria explica ainda que o artista e/ou galerias não têm qualquer custo ao associar-se a esta plataforma de arte. “Fazemos um ligeiro markup de todas as obras”, refere o fundador desta galeria de arte online.

O público-alvo encontra-se na casa dos 30 anos e tende a apreciar obras mais contemporâneas, revela Aníbal Faria. Face à tendência do público por obras mais modernas, as peças dos artistas portugueses Vhils e o Bordalo II são as obras mais procuradas. “O Vhils e o Bordalo II são, sem dúvida, os nossos recordistas de vendas na plataforma, têm imensa procura”, diz o jovem empreendedor.

Com a pandemia o negócio teve um boost gigantesco que não era expectável. Com o confinamento, os comerciantes e os artistas precisaram de um palco que lhes permitisse colocar os seus artigos à venda sem serem eles próprios a fazer essa transformação digital.

Aníbal Faria

CEO da P55

Um OLX da arte ibérico

Esta plataforma de arte online “é uma espécie de OLX mas segmentado para o mercado da arte“. A grande maioria dos compradores (95%) são portugueses, contrariamente aos artistas e galerias associados que dividem-se entre Portugal e Espanha. “O mercado espanhol tem sido um mercado bastante interessante para nós. Metade dos vendedores que temos são espanhóis e temos obras de Pablo Picasso, Salvador Dali, Juan Miró, Tapies “, conta Aníbal Faria.

“A adesão por parte dos vendedores tem sido muito boa, trouxe um impacto muito positivo à vida e ao comércio daqueles que estão a trabalhar connosco”, diz Aníbal Faria. Face ao sucesso do negócio o CEO revela ao ECO que o negócio vai expandir-se até ao país vizinho. “Queremos até ao final do ano ter a plataforma nas duas línguas: português e espanhol. O objetivo é trabalhar o mercado ibérico como um só”, refere.

Uma das missões deste projeto foi mostrar que a “arte pode estar disponível para todos” à distância de um clique. “Este projeto é a prova que mesmo com um baixo poder de compra conseguimos comprar arte. Com a pandemia os consumidores estão mais recetivos a compras online e nós queremos melhorar a experiência de compra”.

 

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Trump deve regressar à Casa Branca até ao início de segunda-feira

Equipa médica que acompanha Donald Trump diz que o presidente dos EUA "continua a melhorar" e que tudo aponta para que este regresse à Casa Branca "até ao início de segunda-feira".

A equipa médica que acompanha Donald Trump no Walter Reed Medical Center diz que o presidente dos EUA “continua a melhorar” e que tudo aponta para que este regresse à Casa Branca “até ao início de segunda-feira”.

A informação foi avançada este domingo numa conferência de imprensa junto à unidade hospitalar onde Donald Trump se encontra internado desde sexta-feira em resultado da evolução negativa do seu estado de saúde devido à Covid-19.

O médico do chefe de Estado, Sean Conley, começou por explicar mais detalhes sobre a evolução do estado de saúde do presidente norte-americano nos últimos dias devido à especulação que surgiu sobre aquela que seria a sua verdadeira condição.

Este explicou que Donald Trump estava bem no início de sexta-feira, mas que no final da manhã desse dia apresentou febre alta e quebra dos níveis de saturação da oxigenação. Face a esta situação e às consequências que daí poderiam resultar, a solução foi o internamento.

A equipa médica explicou ainda que lhe foi dado um suplemento de oxigénio e que desde sexta-feira de manhã Donald Trump está sem febre e que os seus “sinais vitais estão estáveis”.

Foi dito ainda que foi ministrada uma segunda dose de Remdesivir a Donald Trump e que as suas funções renais e do fígado estão normais.

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Catarina Martins acusa Governo de não querer negociar orçamento

  • ECO e Lusa
  • 4 Outubro 2020

A coordenadora dos bloquistas remete nomeadamente para o aumento do salário mínimo e das vagas especializadas para o Serviço Nacional de Saúde.

Catarina Martins lançou críticas ao Governo este domingo, questionando a sua disponibilidade em negociar alguns dossiês que o Bloco de Esquerda (BE) considera essenciais para a viabilização do orçamento para 2021. A coordenadora dos bloquistas remete nomeadamente para o aumento do salário mínimo e das vagas especializadas para o Serviço Nacional de Saúde. Falou ainda na urgência que existe relativamente a “uma investigação pública e independente” em torno da Lone Star e do Novo Banco.

“O Governo não tem querido negociar estes dossiês“, assumiu Catarina Martins, perante os jornalistas à saída da reunião da mesa nacional do partido ao fim da tarde deste domingo, falando num “impasse negocial em questões fundamentais”.

“Como é que é possível aceitarmos que o PS considere um problema político que o BE queira algo tão simples como o aumento das vagas especializadas para garantir que o Serviço Nacional de Saúde tem mais médicos perante a pandemia?”, exemplificou Catarina Martins.

Já questionada sobre o compromisso assumido pelo Governo de não fazer qualquer empréstimo público ao Fundo de Resolução para financiar o Novo Banco em 2021, Catarina Martins considerou que não é uma verdadeira solução.

“O que o Governo nos apresenta não é ainda uma solução, é uma espécie de truque”, criticou, considerando que se for o Fundo de Resolução a pagar ao Novo Banco haverá sempre custos para o erário público.

Questionada se o BE “chumbará” o próximo Orçamento caso o Governo não aceite ir mais longe nesta matéria – o partido propõe a capitalização direta do Novo Banco pela banca -, Catarina Martins nunca respondeu de forma clara.

“Estamos muito empenhados em criar soluções, e eu não vou começar a cenarizar impossíveis porque estamos a trabalhar para o que é possível”, disse.

Ainda assim, a líder do BE acrescentou que “ninguém compreenderia que o PS criasse uma crise política porque quer dar dinheiro à Lone Star [detentora da maioria do Novo Banco] sem investigar sequer o que se está a passar”, argumentando que existe uma “ampla maioria” no parlamento para que seja feita uma investigação independente.

“Resta uma semana até à apresentação do Orçamento do Estado, esta será uma semana de esforço para superação deste impasse”, afirmou.

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Demografia, pensões e poupança na reforma em evento APS

  • ECO Seguros
  • 4 Outubro 2020

Um novo estudo sobre o comportamento de europeus e portugueses face à reforma dá o mote para uma videoconferência organizada pela Associação Portuguesa de Seguradores.

Um novo estudo da Insurance Europe, federação das associações de seguradores europeus, da qual faz parte a APS – Associação Portuguesa de Seguradores, dá o mote para relançar o tema Demografia, Pensões e Poupança para a Reforma numa videoconferência a realizar no dia 6 deste mês.

Inserido na Semana Mundial do Investidor deste ano, este evento conta com apresentação e encerramento de José Galamba de Oliveira, Presidente da APS, contando com a apresentação do Estudo Europeu de Pensões e os Resultados de Portugal por Margot Jilet Vesentini, Policy Advisor – Pensions da Insurance Europe.

Francisco Assis, Presidente do Conselho Económico e Social, fará os seus comentários ao Estudo, seguindo-se um painel de debate que revisitará a Demografia, Pensões e Poupança para a Reforma em Portugal, face aos novos dados resultantes do estudo.

O Painel conta com a participação de Maria João Valente Rosa, Professora do Departamento de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa, Fernando Alexandre, Professor de Economia, Universidade do Minho e Nelson Machado, CEO da Ocidental e Ageas Vida e Pensões e igualmente presidente da Comissão Técnica Vida da APS.

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Covid-19: Redução dos prémios de seguros atingiu 32%

  • ECO Seguros
  • 4 Outubro 2020

Presidente da ASF revelou a deputados que as designadas moratórias dos seguros já custaram 7,5 milhões de euros às companhias só até agosto. Seguro automóvel foi o mais procurado.

Margarida Corrêa de Aguiar, Presidente da ASF, revelou perante a Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República que as seguradoras portuguesas prescindiram de cerca de 7,6 milhões de euros de receitas para cumprir o decreto lei normalmente designado por moratórias de seguros em resultado da resposta à pandemia de Covid-19. A maior redução dos prémios deu-se no seguro automóvel e chegou a atingir 32% do valor devido pelos segurados devido a inatividade dos veículos e consequente redução do risco.

As declarações foram realizadas no âmbito das audições anuais aos supervisores do setor financeiro.

Segundo a presidente da ASF, até ao final de agosto passado o regime de pagamento de prémio mais favorável significou uma poupança de 3,175 milhões de euros aos segurados, a maior parte respeitante a seguro automóvel. Também este ramo, em conjunto com o ramo incêndio e outros danos – que inclui os multirriscos – fez as companhias conceder quase 4 milhões de euros em prorrogação de pagamentos por 60 dias aos seguros obrigatórios. Esta medida teve impacto em 32% do total da carteira de seguros automóvel e de 29% do total da carteira Incêndio.

As reduções de prémio de seguro chegaram a atingir 32% do valor no caso de atividades suspensas ou com redução de atividade significativa, sendo que 97% dos casos que totalizaram 388 milhões de euros também se registaram no seguro automóvel.

O fracionamento dos prémios sem custos adicionais, igualmente com maior relevância no seguro automóvel, significou uma montante reduzido e deveu-se na sua maioria, e uma vez mais, a solicitações de segurados do ramo automóvel.

As audição anual ao supervisore do do setor segurador foi realizada pela 5ª Comissão Permanente da Assembleia da República (Economia e Finanças) presidida pelo deputado Filipe Neto Brandão (PS) e estiveram presentes os deputados Duarte Alves (PCP), Hugo Carneiro (PSD), Mariana Mortágua (BE), Sara Madruga da Costa (PSD) e Vera Braz (PS).

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