“Não houve tratamento especial, nem de favor nem de desfavor”, a Isabel dos Santos, diz Costa
O primeiro-ministro garante que o Governo trata de forma igual todos os que querem investir em Portugal, o que aconteceu com a empresária angolana Isabel dos Santos.
O primeiro-ministro garante que “não houve tratamento especial, nem de favor nem de desfavor”, a Isabel dos Santos, quando a empresária angolana quis investir no país. António Costa diz que o Governo deve “tratar todos os que querem investir em Portugal por igual”, mas desde que no respeito da lei.
O Governo deverá “garantir que as instituições funcionem devidamente e tratar todos que querem investir em Portugal por igual, impondo a todos o respeito pela lei, impedindo situações de abuso“, atirou, em declarações transmitidas pelas televisões, à margem da inauguração de um centro de investigação em Loures.
Depois de garantir que nunca favoreceu, nem desfavoreceu, a empresária angolana, confrontado com as revelações feitas pelo consórcio internacional de jornalistas sobre Isabel dos Santos, e as investigações judiciais em curso, Costa salientou que “o que nos compete fazer é colaborar totalmente com as autoridades angolanas, como temos vindo a fazer e como iremos fazer”.
Isabel dos Santos foi esta quarta-feira constituída arguida em Angola por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol.
Questionado sobre a reunião entre o Procurador-Geral da República de Angola e de Portugal que se irá realizar esta quinta-feira, avançada pelo Expresso, Costa sublinhou que o Ministério Público (MP) “goza de autonomia e as investigações e o que há a fazer compete ao MP, assim como atividade regulatória por parte das entidades reguladoras, designadamente o Banco de Portugal (BdP), compete ao BdP responder”, referindo
O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou no domingo mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de Luanda Leaks, que detalham esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano, utilizando paraísos fiscais.
Investigação a acionista “não tem que contaminar a Efacec”
Quanto ao impacto destas investigações nas empresas portuguesas onde Isabel dos Santos está presente, nomeadamente a Efacec, o primeiro-ministro sublinha que “a investigação incide sobre uma acionista e não sobre a empresa e portanto as medidas que sejam adotadas sobre a acionista não afetarão necessariamente a empresa”. “Não tem que contaminar a empresa”, sublinha.
Neste sentido, Costa expressa o desejo de que as empresas visadas mantenham a sua atividade, até porque “algumas delas são absolutamente essenciais para a economia portuguesa”. A Efacec, exemplifica o primeiro-ministro, “é uma grande empresa industrial num setor de referência onde tem desenvolvido uma grande capacidade e espero que continue a desenvolver”.
(Notícia atualizada às 18h30)
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