Frente Comum espera grande manifestação “com milhares de trabalhadores”
A coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública prevê que, com a adesão à manifestação de "milhares e milhares de trabalhadores", vão fechar serviços na sexta-feira.
A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública espera para sexta-feira, na greve nacional na Função Pública, uma grande manifestação com “milhares e milhares” de trabalhadores de todo o país a deslocarem-se para Lisboa e a “fecharem serviços”.
“Vai ser uma grande ação de luta, com milhares e milhares de trabalhadores a deslocarem-se para Lisboa. Muita gente a manifestar a intenção de vir. Vão fechar serviços”, disse a coordenadora da Frente Comum (CGTP), Ana Avoila esta quarta-feira em conferência de imprensa.
Segundo Ana Avoila, os trabalhadores estão “indignados” com a proposta que o Governo fez e com a “postura” do executivo durante as negociações do Orçamento do Estado para 2020, que foi votado na generalidade em 10 de janeiro, estando a votação final global marcada para 6 de fevereiro. “A postura é a do eu quero posso e mando a fingir que faz negociação, mas não faz”, afirmou.
“É inadmissível não ter negociado as verbas necessárias para aumentar os salários e durante as negociações anunciar uma reunião para dia 10. É ilegal e inconstitucional porque não cumpre a lei de negociação coletiva, nem os princípios da constituição”, reafirmou a sindicalista.
A Frente Comum defende aumentos mensais de 90 euros para todos os funcionários públicos a partir de 1 de janeiro. “É o mínimo e não vai resolver o problema de 10 anos sem aumentos na Função Pública”, disse Ana Avoila, referindo que os trabalhadores não têm outra solução “senão lutar”, antevendo-se “um ano de conflitos laborais” caso o executivo não resolva “o problema dos aumentos salariais”.
Para a reunião de dia 10 agendada pelo Governo com as três estruturas representativas da Função Pública, Ana Avoila admite “não ter grandes expectativas tendo presente o programa do Governo e o que foi apresentado na discussão da proposta do Orçamento do Estado para 2020 na Assembleia da República”. A nova reunião realiza-se quatro dias após a votação final global do Orçamento do Estado, que decorrerá em 6 de fevereiro.
A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, afirmou no parlamento, em resposta à deputada do PSD, Carla Barros, no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), que o Governo convocou as estruturas sindicais da administração pública para voltar a negociar a proposta de aumentos salariais para este ano, de 0,3%. Segundo a ministra, será na reunião com os sindicatos que o Governo dirá aos sindicatos “o que é que vai ser acrescentado aos 0,3%”.
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