Berardo recorre à Relação para travar arresto das duas mil obras de arte
Joe Berardo apresentou um novo recurso contra o arresto das obras de artes da Associação Berardo. Está “confiante" na reversão do arresto e acredita que bancos vão recuperar os 962 milhões.
Depois de o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa ter confirmado o arresto das mais de duas mil obras de arte de Joe Berardo, o empresário decidiu apresentar um recurso ao Tribunal da Relação de Lisboa. Estes procedimentos acontecem no âmbito do processo judicial solicitado pela Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco, bancos com os quais Berardo tem uma dívida conjunta superior a 962 milhões de euros.
Na sequência desta dívida, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa confirmou, a semana passada, o arresto destes bens ao indeferir a contestação do empresário. Contudo, Berardo não se deixou ficar.
“Face à prova produzida que demonstrava claramente que nunca existiu qualquer risco de dissipação da Coleção estávamos confiantes que o Tribunal iria mudar a sua anterior decisão tomada sem contraditório. Vamos recorrer para a Relação confiantes que será revertido e levantado o arresto, como é de elementar justiça“, disse fonte oficial ao Jornal Económico.
Este é segundo recurso que Joe Berardo apresenta junto da Relação no âmbito destes arrestos em curso contra si. Em janeiro, o empresário interpôs um outro recurso no Tribunal da Relação de Lisboa contra o arresto a dois dos seus imóveis na capital portuguesa. Em causa está um T5 na Avenida Infante Santo, em Lisboa, e uma mansão na Lapa, duas residências avaliadas em quatro milhões de euros.
Em outubro do ano passado, altura em que foi exigido o levantamento do arresto a estas obras de arte, Joe Berardo defendeu que era desnecessário arrestar quadros e esculturas expostas no Museu Berardo, que valem atualmente mais de 1,2 mil milhões de euros, uma vez que era impossível dissipar obras de arte dadas em comodato.
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