Função Pública ganhou 15 mil trabalhadores em 2019
No final de 2019 existiam mais de 698 mil funcionários públicos, o que foi um aumento de 2,2% face ao ano anterior. As remunerações também registaram uma subida homóloga, de 2,4%.
O número de funcionários públicos continuou a aumentar no ano passado. Cresceu 2,2%, o equivalente a cerca de 15 mil postos de trabalho, para 698.522 funcionários em 2019, face ao ano anterior, de acordo com os dados da Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), divulgada esta sexta-feira.
O aumento no emprego público na Administração Central concentrou-se essencialmente nas Entidades Públicas Empresariais (E.P.E.) do SNS — nomeadamente devido à passagem do Hospital de Braga, que era gerido em regime Parceria Público-Privada, para a esfera pública — nos estabelecimentos de investigação e ensino superior e nos estabelecimentos de ensino básico e secundário.
Já quando se compara os dados por trimestre é possível verificar que, nos últimos três meses de 2019, o número de funcionários públicos aumentou em 9.261. Este crescimento face ao trimestre anterior, terminado em setembro, reflete “a atividade de início do ano letivo 2019/2020, com o processo de colocação de docentes em todos os níveis de ensino e de técnicos superiores para as atividades de enriquecimento curricular (AEC) nos estabelecimentos de ensino básico e secundário”, pode ler-se na SIEP.
Olhando para a altura em que António Costa chegou à liderança do Governo, o emprego na Função Pública cresceu em 39.378 pessoas, ou seja, quase 6% em quatro anos. Em 2015, existiam 659.144 funcionários nas Administrações Públicas. Agora, aproximam-se da marca dos 700 mil.
Remunerações sobem 2,4%
O ganho médio mensal nas Administrações Públicas situou-se em 1.760 euros em outubro do ano passado, um aumento homólogo de 2,4%. A subida nos salários deveu-se ao “efeito essencialmente da atualização do valor da remuneração base praticada no setor, que passou a ser igual ou superior a 635,07 euros, bem como do processo gradual de descongelamento de todas as carreiras”, sinaliza a SIEP.
Já a remuneração base média mensal dos trabalhadores, que não inclui prémios e subsídios ou suplementos regulares, bem como o pagamento por horas suplementares ou extraordinárias, fixou-se em cerca de 1.501,3 euros em outubro de 2019. Subiu 2,2% face ao mesmo período do ano anterior.
O descongelamento teve maior efeito nas carreiras de enfermeiro e de técnico de diagnóstico e terapêutica, que registaram variações de 7,8% e 5,9%, respetivamente, em relação a outubro de 2018. “Por outro lado, a carreira de pessoal de investigação científica apresentou uma variação negativa de 18,9% em resultado dos movimentos de entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios”, aponta a DGAEP.
(Notícia atualizada às 18h15)
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