Bloco avisa que não viabilizará alterações à lei para permitir aeroporto no Montijo

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2020

A líder do Bloco de Esquerda avisou hoje o Governo de que não conte com o partido para "nenhuma alteração legislativa" para "impor um aeroporto", alertando estar em curso um "atentado ao ambiente".

Presente em Braga, para o encerramento da iniciativa Inconformação, Catarina Martins lembrou que há outras soluções para controlar o aumento de tráfego no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e que a solução “tem de ser em nome de Portugal” e não “à medida” da empresa que comprou os aeroportos do país, a Vinci.

A coordenadora nacional do bloco explicou que a solução do Montijo vai contra a lei atual que — “e bem” — obriga à audição das populações locais, que se mostraram contra a construção de um aeroporto naquele local, restando as hipóteses de ou não o fazer ali, ou mudar a lei.

Agora que o Governo quer mudar a lei, fica a saber o seguinte: com o BE não conta para nenhuma alteração legislativa para impor um aeroporto no Montijo contra as populações e movimentos ambientalistas e contra a segurança das pessoas“, avisou.

“Mas conta sim como o BE para uma solução que já está estudada, que não tem que ser mais lenta e que pode voltar a ser posta em cima da mesa. Não é preciso que fique ou tudo no Montijo ou tudo na mesma. Há sempre soluções, saibamos olhar para elas”, completou, apontado como solução o campo de tiro de Alcochete.

Segundo Catarina Martins, “a solução tem [de ser] em nome de Portugal, do interesse publico e em nome do ambiente”.

“Não pode ser à medida da Vinci que comprou os aeroportos ao preço da chuva, e que quer fazer o máximo de dinheiro à conta do nosso país para depois, se correr mal, ir para outro lado qualquer”, explanou.

Catarina Martins deixou ainda um alerta e um pedido para que, no dia 13 de março, data para a qual está marcada uma greve climática, haja mobilização: “Estas questões são de todos. Não são questões do parlamento, de engenheiros que tratam de aviões, são questões de toda a gente”, afirmou.

A bloquista alertou para estar em curso em Portugal o que considerou “um atentado ao ambiente e ao que contradiz todos os objetivos para a neutralidade carbónica no nosso pais e, no dia 13 de março, quando se fala de emergência climática”, deve-se proceder à mobilização para a greve climática, “por todas as bandeiras globais, mas também pelas decisões muito concretas que estão a ser tomadas agora, no nosso país, e que precisam da voz de todos”.

A coordenadora do BE lembrou ainda os pareceres de impacto ambiental negativos à construção do aeroporto no Montijo, mostrando-se preocupada com as questões levantadas “sobre a biodiversidade, preocupantes sobre algumas espécies, nomeadamente aves, preocupantes sobre o futuro, porque a zona onde se quer fazer o aeroporto é uma zona que poderá ficar submersa, e porque não substitui de forma alguma uma extensão do aeroporto de Lisboa”.

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Itália anuncia terceira morte por Covid-19

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2020

Itália, o país europeu que regista mais casos de infeção pelo novo coronavírus, anunciou hoje a terceira morte no país devido a esta doença. Reino Unido confirmou quatro novos casos de infeção.

A vítima mortal é uma mulher de idade avançada e com cancro, que estava internada “em estado grave” há alguns dias na unidade de oncologia de um hospital de Cremona, na Lombardia, região do norte de Itália que regista 89 casos desta pneumonia viral.

A informação foi avançada em conferência de imprensa, pelo conselheiro regional lombardo para a saúde, Giulio Gallera.

Por outro lado, em Londres, o Chief Medical Officer, cargo equivalente ao de diretor-geral de Saúde, anunciou hoje que análises confirmaram a presença do Covid-19 em quatro das 32 pessoas retiradas do navio de cruzeiro Diamond Princess, onde no sábado foi confirmada a infeção de um português.

Os novos casos elevam para 13 o número total de infetados no Reino Unido.

Os 30 britânicos e dois irlandeses, que chegaram no sábado a Londres, foram infetados a bordo do Diamond Princess, segundo o Chief Medical Officer, o epidemiologista Chris Whitty, embora não tenham apresentado sintomas à entrada para o voo que os transportou do Japão.

Com 132 casos e três mortes, a Itália é o país da Europa com mais casos de infeção pela nova estirpe de coronavírus e o quarto a nível global.

Os casos em Itália estão para já circunscritos a quatro regiões do norte do país: Lombardia, Veneto, Emilia Romanha, Piemonte e Lácio.

As duas primeiras vítimas do Covid-19 em Itália foram dois idosos e registaram-se um na região de Veneto e outro na da Lombardia.

As autoridades italianas não conseguiram até ao momento determinar o “paciente zero”, o primeiro caso em território italiano, o que torna difícil prever a propagação do vírus.

O principal foco do que as autoridades admitem poder ser um surto autónomo, não-relacionado com a cidade chinesa de Wuhan onde surgiram os primeiros casos, é Codogno, uma localidade de 15.000 habitantes na Lombardia.

O surto de Covid-19, que teve origem na China, já infetou mais de 78.000 pessoas em todo o mundo, segundo os números das autoridades de saúde dos cerca de 30 países afetados.

Depois da China, Japão e Coreia do Sul, a Itália é o país com mais casos de infeção, 132.

No resto da Europa, foram confirmados 16 casos de infeção na Alemanha, 13 no Reino Unido, 12 em França, um dos quais mortal, um na Bélgica e um na Finlândia.

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Nikabot. Esta robô ajuda a medir o desempenho dos trabalhadores

Desenvolvida em 2016 pela empresa de software Impossible, a plataforma interativa ajuda os gestores a acompanhar os projetos em curso e a avaliar o desempenho dos trabalhadores.

Tínhamos a Nika, que era a nossa office manager, e convertemo-la num bot. Ela não estava nada feliz a fazer determinadas tarefas. Na verdade, nós não somos nada felizes a fazer determinadas tarefas que deviam ser feitas por máquinas. Jobs are for robots“, começa por contar à Pessoas/ECO Kwame Ferreira, fundador da Impossible, uma empresa de software que encontra soluções para empresas.

A primeira versão da Nikabot foi desenvolvida em 2016 na Impossible Labs. A designação Nikabot inspirou-se no nome Nika, a office manager da Impossible, e foi desenvolvida com o objetivo de integrar num só sistema interativo, todas as informações sobre as tarefas e projetos de cada trabalhador, substituindo assim uma tarefa que Nika fazia diariamente e consumia grande parte do seu dia de trabalho. Hoje, a Nikabot é utilizada por milhares de empresas.

“Como é que nós robotizamos ou automatizamos essas tarefas mundanas mas que, na realidade, dão à empresa e a todos nós uma visão global do que se está a passar com a nossa força laboral?”, exemplifica Kwame. Foi com esse intuito que surgiu a Nikabot — tal como o Slackbot — uma ferramenta para quem gere e quem trabalha. A Nikabot ajuda os gestores a saber, em tempo real, o que cada trabalhador está a fazer, quais os projetos que estão em curso e, além disso, consegue medir o desempenho.

“A Nikabot foi criada para começar a fazer esse time tracking e agora já é utilizada por alguns milhares de empresas com algum sucesso”, sublinha o fundador da Impossible.

"Para sermos atrativos para uma força laboral mais criativa, mais capacidade e mais habilitada, temos de criar um ambiente onde se sintam mais felizes. As máquinas fazem um muito bom trabalho em captar esses sinais, muito melhor que seres humanos.”

Kwame Ferreira

Fundador da Impossible

O serviço da Nikabot custa cerca de quatro euros e meio por utilizador, por mês, e é possível experimentar uma versão de demonstração, gratuita, da Nikabot.

Simulação de chat do Nikabot

Poupar tempo para valorizar recursos

“A força laboral no ambiente de trabalho está a mudar bastante. Aquele trabalho das nove às cinco não vai acabar mas vai haver cada vez mais alternativas. Para sermos atrativos para uma força laboral mais criativa, mais capacidade e mais habilitada, temos de criar um ambiente onde se sintam mais felizes. Por isso, temos de tentar perceber e gerir esse ambiente; acho que as máquinas fazem um muito bom trabalho em captar esses sinais, muito melhor que seres humanos“, defende Kwame.

A longo prazo, a Nikabot pode ajudar as empresas a poupar recursos na recolha de dados sobre as atividades dos trabalhadores, dos projetos em cursos, à escala da organização. Além disso, a Nikabot garante ainda dados mais fiáveis, fazer previsões e ter um método de trabalho mais transparente. E para tudo isto basta ter acesso à internet.

"Ao eliminarmos a pressão social que existe neste tipo de atividades, todos sentem que estão a contribuir para melhorar as operações da empresa e obviamente que isso traz resultados positivos. Introduz um grau de previsibilidade e rotina aceite por todos.”

Miguel Lupi

growth lead na Nikabot

“O modelo é simples: todos os dias a Nikabot pergunta-te proativamente no que é que trabalhaste durante o dia, de forma privada, e esta interação demora menos de 30 segundos”, conta à Pessoas Miguel Lupi, growth lead na Nikabot. “Ao alocar este tipo de tarefas a robôs, estamos a libertar as pessoas para poderem focar-se em atividades com propósito dentro da sua empresa, parte integral da nossa missão na Impossible”, acrescenta.

Desenvolver soluções com “empatia”

“Ao eliminarmos a pressão social que existe neste tipo de atividades, todos sentem que estão a contribuir para melhorar as operações da empresa e obviamente que isso traz resultados positivos. Introduz um grau de previsibilidade e rotina aceite por todos”, destaca Miguel Lupi. “O feedback mais interessante que encontramos vem da parte dos gestores que nos dizem, com um sorriso na cara, que os seus colaboradores os odeiam um pouco menos“, exemplifica.

"O feedback mais interessante que encontramos vem da parte dos gestores que nos dizem, com um sorriso na cara, que os seus colaboradores os odeiam um pouco menos.”

Miguel Lupi

Growth lead da Nikabot

Para próximos projetos, a Impossible está a desenvolver um robô para a saúde mental mas que ainda não tem nome.Podemos dizer que estamos a experimentar e a fazer várias iterações sobre modelos que permitam detetar situações de burnout no contexto de trabalho, mesmo antes de as próprias pessoas se aperceberem, e para que possam agir preventivamente para cuidar da sua saúde mental, algo que acontece de forma maioritariamente reativa nos dias de hoje”, adianta Miguel Lupi.

Para o fundador da Impossible, Kwame Ferreira, as soluções criativas devem ter por base a “empatia” e o foco do processo criativo, já não é o indivíduo mas o bem comum. “O futuro é criar uma família de bots que ajudam a um ambiente de trabalho mais produtivo e mais saudável, e onde as pessoas são mais felizes”, remata Kwame Ferreira.

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FMI considera que surto do coronavírus põe em risco recuperação da económica mundial

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2020

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou hoje que o surto do novo coronavírus coloca em risco a recuperação económica mundial e manifestou disponibilidade para ajudar financeiramente.

“Acima de tudo, o vírus Covid-19 é uma tragédia humana, mas também tem impacto económico negativo. Relatei ao G20 que, mesmo no caso de rápida contenção do vírus, o crescimento na China e no resto do mundo seria afetado. Obviamente que todos esperamos uma recuperação rápida, mas, dada a incerteza, seria prudente prepararmo-nos para cenários mais adversos”, disse a diretora-geral do FMI.

Na declaração final da reunião dos ministros das Finanças e de governadores de bancos centrais do G20, que decorreu no sábado e hoje em Riade, na Arábia Saudita, Kristalina Georgieva sublinhou que o surto do novo coronavírus interrompeu a atividade económica na China e poderá colocar em risco a sua recuperação.

A diretora-geral do FMI considera fundamental a cooperação internacional para a contenção do Covid-19, tanto ao nível do impacto humano, como económico.

“Precisamos de trabalhar juntos para conter o Covid-19, especialmente se o surto se mostrar mais persistente e generalizado”, frisou.

Nesse sentido, sublinhou que o FMI “está pronto para ajudar”, nomeadamente através do Fundo de Contenção e Ajuda em Catástrofes, para “fornecer subsídios para o alívio da dívida de membros mais pobres e vulneráveis”.

Na reunião de Riade foram também discutidos outros riscos e desafios que exigem soluções globais, como os altos níveis de dívidas em países e empresas, alterações climáticas, crescimento lento e inflação baixa.

“Além das políticas a nível nacional, muitos desafios são globais e exigem soluções globais. Discutimos vários deles em Riad, incluindo a solução de desafios tributários que surgem da digitalização da economia, fortalecimento da transparência e sustentabilidade da dívida e a construção de um sistema financeiro mais aberto e resiliente”, afirmou a diretora-geral do FMI.

Kristalina Georgieva considerou ainda que é necessário cooperação para reduzir “a incerteza sobre o comércio global” e que o mundo deve colaborar para aumentar a mitigação e a adaptação às alterações climáticas.

“O Covid-19 é um forte lembrete das nossas interconexões e da necessidade de trabalharmos juntos. Nesse sentido, o G20 é um fórum importante para ajudar a colocar a economia global numa base mais sólida”, concluiu a diretora-geral do FMI na declaração final da reunião de Riade.

Desde que foi detetado no final do ano passado, na China, o coronavírus Covid-19 provocou 2.467 mortos e infetou mais de 78 mil pessoas a nível mundial.

A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, a mais afetada pela epidemia.

Além de 2.442 mortos na China continental, morreram oito pessoas no Irão, quatro no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, cinco na Coreia do Sul, duas em Itália, uma nas Filipinas, uma em França, uma nos Estados Unidos e uma em Taiwan.

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Seguros comerciais ficam 7% mais caros na Europa

  • ECO Seguros
  • 23 Fevereiro 2020

Proteger a propriedade ficou 10% mais caro e o seguro contra danos subiu 3% no último trimestre de 2019. O índice composto europeu cresceu abaixo da média mundial, segundo a Marsh.

No último trimestre de 2019, o índice composto de preços dos seguros comerciais contratados na Europa perto de 7%, em comparação com igual período de 2018, revela a pesquisa da Marsh.

Os preços médios dos seguros comerciais registaram, em termos globais, um incremento próximo dos 11% no conjunto dos últimos três meses de 2019, o nono trimestre consecutivo de subida e a maior variação homóloga para o período desde a criação do índice em 2012, nota o relatório que acompanha o «Marsh Global Insurance Market Index».

Europa Continental (CE) vs Global

Fonte: Marsh. Gráfico combina dados da Europa (curva) e dados globais (colunas)


Na Europa continental, o índice composto aumentou 6,6%, consolidando cinco trimestres consecutivos de incremento
. O custo dos seguros de propriedade subiu pouco mais de 10%, enquanto os riscos de catástrofes registaram variação entre 5% e 10% na maioria dos países europeus.

Proteger os riscos de danos encareceu perto de 3%, fixando o segundo aumento consecutivo, anotando a quarta subida trimestral nos últimos seis anos. Por seu lado, o índice relativo às linhas profissionais e seguro financeiro verificou incremento a rondar 5%.

Europa: variação por coberturas principais

Fonte: Marsh

Na maioria dos países da Europa continental, os seguros de responsabilidade geral e indemnizações a trabalhadores estabilizaram ou situaram subidas ligeiras com variações ligeiras a um dígito, sintetiza o estudo.

Ampliando a análise à dimensão global, a companhia líder global em serviços de corretagem de seguros e gestão de risco resume algumas conclusões:

  • O impulso observado no índice composto reflete principalmente aumentos nos preços dos seguros para danos de propriedade, linhas profissionais e de seguros financeiros. Globalmente, em média, os preços dos riscos imobiliários aumentaram 13%; as linhas financeiras e profissionais subiram quase 18%. O número de sinistros aumentou 3%.
  • No trimestre analisado, os preços compostos aumentaram em todas as regiões geográficas pelo quinto trimestre consecutivo, impulsionados pelas taxas sobre coberturas D&O e património.
  • Todas as regiões do mundo reportaram aumentos médios de preços iguais ou superiores a 5% pela primeira vez desde a primeira edição do índice.
  • A região do Pacífico liderou o aumento relativo de preços compostos no índice (21%), uma tendência trimestral que foi constante nos últimos três anos. Nesta região, o aumento mais forte aconteceu nos seguros D&O (administradores e diretores), seguidos pelos seguros patrimoniais.

Comentando os resultados da pesquisa, Dean Klisura, presidente de Global Placement and Advisory Services da Marsh, comentou: “O impacto das perdas por catástrofes naturais e a crescente preocupação com as tendências de litígio levaram a aumentos de preços para muitos compradores de seguros”.

  • No Reino Unido, o índice cresceu 13,7% no trimestre e em termos homólogos, somando nove trimestres de incremento e com a área patrimonial – embora evidenciando aperto na capacidade e condições – a crescer 8%, e as coberturas de danos 3%. Os preços nas linhas de seguro financeiro e responsabilidade profissional cresceram acima de 20%.

Na perspetiva mundial, os preços aumentaram em todos trimestres nos últimos dois anos e, “embora a capacidade permaneça em grande parte forte, houve algumas restrições em certas linhas de produtos e regiões”, complementou Klisura.

A Marsh está presente em mais de 130 países, com cerca de 35 mil colaboradores. Sendo parte do grupo Marsh & McLennan Companies, é líder global na prestação de serviços e gestão de risco, estratégia e recursos humanos.

 

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Relatório da IGAI iliba TAP e aeroporto de Lisboa no voo que transportou Guaidó

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2020

O relatório da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) iliba a companhia aérea TAP e o aeroporto de Lisboa de terem violado as regras de segurança no caso de um voo para a Venezuela.

O ministro da Administração interna, Eduardo Cabrita, recebeu no sábado o relatório da IGAI sobre os procedimentos de segurança de um voo para Caracas que levou o Governo da Venezuela a acusar a TAP de ter violado “padrões internacionais” ao ter permitido o transporte de explosivos e por ter ocultado a identidade do líder da oposição, Juan Guaidó.

“Os resultados preliminares que acabei de receber desse relatório são muito claros ao indicar que, no aeroporto de Lisboa, na atuação quer das autoridades aeroportuárias, quer da companhia aérea TAP, não houve nenhuma violação de regras de segurança”, afirmou Eduardo Cabrita à estação de televisão RTP.

O ministro precisou que, após as primeiras declarações das autoridades venezuelanas, determinou à IGAI a 14 de fevereiro “a instauração de um inquérito sumário a uma eventual falha de segurança no aeroporto de Lisboa” e “no acesso a esse voo”.

Depois de terem acusado a companhia aérea portuguesa de ter violado “padrões internacionais”, por alegadamente ter permitido o transporte de explosivos e por ter ocultado a identidade do líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, num voo para Caracas, o Governo venezuelano decidiu suspender por 90 dias os voos da TAP para a Venezuela.

“Devido às graves irregularidades cometidas no voo TP173, e em conformidade com os regulamentos nacionais da aviação civil, as operações da companhia aérea TAP ficam suspensas por 90 dias”, disse o ministro dos Transportes da Venezuela, Hipólito Abreu.

Segundo o Governo venezuelano, Juan Marquez, tio de Guaidó que acompanhava o sobrinho nesse voo, transportou “lanternas de bolso táticas” que escondiam “substâncias químicas explosivas no compartimento da bateria”.

Assim, as autoridades venezuelanas consideram que a TAP, nesse voo entre Lisboa e Caracas, violou normas de segurança internacionais, permitindo explosivos, e também ocultou a identidade do autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, na lista de passageiros, embora a segurança aeroportuária não seja da responsabilidade das companhias transportadoras.

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130 milhões de clientes: UnitedHealth é a maior seguradora do mundo

  • ECO Seguros
  • 23 Fevereiro 2020

As seguradoras de saúde dos Estados Unidos estão pujantes, mas a chinesa Ping An já é a terceira maior mundial e previsivelmente ultrapassará a segunda AXA este ano. As europeias estagnam.

Os seguradores de saúde foram os que mais cresceram os seus negócios à escala mundial em 2018. O ranking tradicionalmente estabelecido pela agência de rating A.M.Best, revelou a consolidação da norte americana UnitedHealth Group como maior companhia do mundo, bem como o contínuo crescimento da Ping An que subiu o seu volume de prémios em perto de 20% e tornou-se a maior chinesa, ultrapassando a China Life, tradicional líder naquela região.

A UnitedHealth cresceu 12,39% o seu volume de prémios emitidos, e atingiu os 178 mil milhões de dólares. É a campeã de um sistema privado de saúde que predomina nos Estados Unidos. Tem 130 milhões de clientes, envolve 320 mil colaboradores dos quais 90 mil são clínicos, está domesticamente implantada nos 50 estados, mas alcança 130 países.

Com um crescimento de 25% de 2017 para 2018, a seguradora de saúde norte americana Centene pulou 6 lugares no ranking, registando a subida mais relevante do ano. Esta companhia fundada em 1984 tem baseado a sua expansão essencialmente em aquisições como a da Health Net em 2016 e da mais recente WellCare por 17 mil milhões de dólares e que transforma a Centene – que entretanto também se expandiu geograficamente em quatro novos estados – numa empresa com 22 milhões de clientes só entre os planos de saúde subsidiados pelo Governo dos EUA.

Também o Kaiser Foundation, outro grupo baseado em Saúde, subiu ao 5º lugar com um crescimento de 10% nos seus prémios. Os restantes lugares do ranking mantiveram-se mais estáveis devido a desempenhos regulares em 2018. A Anthem, mais uma seguradora de saúde com 40 milhões de membros, manteve a 6º lugar, Allianz – perdeu dois lugares por estagnação do volume de prémios, Generali, State Farm, conservam 8º e 9º lugares e a chinesa People Insurance fecha o top ten, tal como um ano antes.

Sede do grupo UnitedHealth, em Minnetonka, Minnesota. Deste edifício, numa cidade com 50 mil habitantes a 2 mil kms de Nova Iorque, são orientados 130 milhões de clientes em todo o Mundo.

A AXA, maior empresa com sede europeia, manteve a posição de segunda maior do mundo crescendo apenas 3% apesar da compra do XL Group durante o ano de 2018 que ainda foi a tempo de aumentar as suas linhas comerciais na contabilidade do grupo francês. A Ping An deverá ultrapassar a AXA no próximo ano, tornando-se a segunda maior do mundo.

A britânica Prudential protagonizou a maior queda, cerca de 20%, baixando de 13º lugar para 22º, devido essencialmente à autonomização da M&GPrudential, a unidade de investimentos financeiros do grupo, que não foi compensada – em volume – por um crescimento significativo no negócio asiático.

Europa em queda na dimensão mundial

Neste ranking houve quatro novas entradas: A CVS Health (para 20º), que adquiriu a Aetna em 2018, as tradicionais MetLife (23º) e Liberty Mutual (24º) e a Health Care Service para o último lugar do top25.

As saídas foram de três companhias japonesas e da Aetna adquirida em 2018 pela CVS Health.

Se a saúde está a mover o crescimento das seguradoras nos Estados Unidos e o crescimento natural faz crescer os prémios na região da Ásia, na Europa há um cenário estagnado sob a sombra das baixas taxas de juro.

Sede da Centene, em St. Louis, Estados Unidos: A seguradora cresceu 25% num ano, ganhando seis lugares no ranking global.

O ranking dá o sinal de ultrapassagem à Europa. Se a a AXA manteve a 2ª posição e a Generali a 8ª e a Zurich o 23º, a Allianz baixou de 5º para 7º, a Munich Re de 12º para 15º e a Prudential desceu à 22ª posição.

A China manteve os 3º e 4º lugares, apenas com a troca da Ping An e da China Life, a People Insurance mantém o 10º e a China Pacific melhorou de 24º para 19º após um crescimento de 15% nos negócios.

Do Japão vieram sinais opostos: A Nippon Life melhorou dois lugares para 14º, National Mutual Agriculture de (20º para 16º), a Dai Ichi melhorou um lugar para 18º. Japan Post, MS&AD e Tokio Marine saíram do top25.

Dos Estados Unidos e principalmente do negócio saúde, vieram as grandes melhorias de posição. São 11 companhias nos 25 primeiros lugares do mundo.

Para comparação a 25ª do ranking tem quase o triplo dos prémios emitidos em Portugal. Em relação à Fidelidade, líder em Portugal, a mesma 25ª registou 8 vezes mais prémios, mas a UnitedHealth mundial é cerca de 40 vezes maior.

São estas as maiores seguradoras do Mundo, por valores de 2018, segundo a A.M.Best:

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Paloma Gullón dirige Compliance da Liberty em Portugal, Espanha e Irlanda

  • ECO Seguros
  • 23 Fevereiro 2020

As operações Liberty em Espanha, Portugal e Irlanda foram unificadas em 2018, resultando numa única entidade regulada a partir de Espanha. O Compliance tem nova chefia também para os três países.

Paloma Gullón acaba de ser nomeada responsável máxima na área de Compliance (conformidade normativa) para as operações da seguradora em Portugal, Espanha e Irlanda. A nova Compliance Leader leva para a Liberty mais de 20 anos de experiência em seguros e um histórico de vários cargos ocupados na Direção Geral de Seguros e Fundos de Pensões (DGSFP), em Espanha.

Na Liberty, Paloma Gullón será a responsável pela equipa de gestão de conformidade regulamentar nos três mercados, reportando a Sandra Calmes, senior counsel para a área de Global Compliance and Ethics da Liberty Mutual, e passa também a integrar a equipa de gestão da Liberty Seguros de Espanha, Portugal e Irlanda.

Entre os vários cargos que ocupou na DGSPF, Paloma Gullón foi coordenadora da área dos colégios de autoridades de supervisão e conglomerados financeiros do Diretor Geral Adjunto de Solvência, coordenou o Painel ORSA e integrou o grupo de trabalho de governo corporativo.

Paloma Gullón é licenciada em Direito, Economia e Administração de Empresas pela Universidad Pontificia de Comillas (ICADE).

A Liberty Seguros opera em Espanha desde 2001, em Portugal desde 2003 e na Irlanda desde 2011. Nestes três mercados, companhia opera através de diferentes linhas de negócios, principalmente a linha Auto, seguida pelas linhas Lar, Vida e Pessoal.

A Liberty Seguros é a maior operação do grupo segurador norte-americano fora dos EUA, inclui os negócios da companhia em Portugal, Espanha e Irlanda sob a mesma estrutura legal. O Liberty Mutual Group (LMG), fundado em 1912, com sede em Boston, é o terceiro grupo de seguros Não Vida nos EUA, com mais de 50.000 colaboradores distribuídos por 30 países.

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Ana Botín: “Não estamos compradores” de bancos em Portugal

  • ECO
  • 23 Fevereiro 2020

A presidente do Santander descarta mais aquisições na Península Ibérica e diz, em entrevista ao Expresso, que não ambiciona chegar à liderança em Portugal: “basta estar entre os dois ou três maiores”.

Botín lidera o Santander, um dos maiores bancos do mundo, que também está presente em Portugal. Em entrevista ao Expresso [acesso pago], e depois das aquisições em Portugal do Banif e do Popular, afirma que não equaciona comprar mais bancos.

“Não só em Portugal como em Espanha. Não estamos compradores. Ponto. Se algo aparecer olharemos para essa proposta, segundo os nossos critérios. Digo sempre isso. Mas agora, não”, revela Ana Botín.

Em Portugal, o Santander já é o maior banco privado, somente suplantado pela Caixa Geral de Depósitos. Contudo, Botín não ambiciona chegar à liderança: “a questão não é ser o maior mas o melhor. […] Não precisamos de ser os maiores, basta estar entre os dois ou três maiores”.

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Carlos Silva não aceita aumentos salariais inferiores a 2,7%

  • ECO
  • 23 Fevereiro 2020

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o secretário-geral diz que a UGT não aceita um acordo feito de generalidades e exige "compromissos de facto”.

Numa altura em que o Governo e os parceiros sociais discutem um acordo sobre salários e competitividade, Carlos Silva afirma que a UGT não abdica da existência do patamar mínimo de 2,7% de aumento salarial, um valor de referência que o Governo tinha colocado em cima da mesa no arranque das negociações.

Em entrevista Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o secretário-geral da UGT afirma que “não abdica de um referencial mínimo para a negociação coletiva”, de 2,7%, sendo que se a UGT não estiver disponível para fazer acordos, “dificilmente haverá um acordo de concertação social”.

Deixa ainda um recado ao Governo: a UGT não aceita um acordo feito de generalidades e exige “compromissos de facto”.

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Sindicato convoca tripulantes da TAP para decidir sobre greve

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2020

Um sindicato de tripulantes da TAP não chegou a um entendimento com a empresa sobre os "problemas mais urgentes" que afetam os tripulantes de cabine, e vai chamar os associados.

Um sindicato de tripulantes da TAP não chegou a um entendimento com a empresa sobre os “problemas mais urgentes” que afetam os tripulantes de cabine, e vai chamar os associados para decidir medidas a adotar, admitindo o recurso à greve.

Num comunicado dirigido na sexta-feira aos associados, a que a Lusa teve acesso, a direção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) informa sobre os resultados da reunião com a TAP, na quinta-feira, que era considerada “decisiva para a resolução dos problemas mais urgentes que afetam os tripulantes de cabine”.

“Lamentavelmente a empresa continua a não querer cumprir o acordado em matéria de efetivação e progressão salarial, bem como creditar a proficiência aos tripulantes que utilizaram a Licença Parental Complementar, em qualquer das modalidades e a falta para assistência a filho previstas no regime de licenças, faltas e dispensas do Artigo 65.º do Código do Trabalho”, explicita.

Neste contexto, considera, “não resta outra alternativa a esta direção senão solicitar ao presidente da Mesa da Assembleia Geral a convocação de uma assembleia-geral para discutir os incumprimentos ao AE [Acordo de Empresa] e à Lei por parte da empresa e decidir sobre quais as medidas a adotar, incluindo o recurso à greve“.

Na passada terça-feira, o presidente do SNPVAC disse à Lusa admitir avançar para uma greve se a TAP não mudasse “radicalmente a sua posição”, acusando a transportadora de não cumprir o acordo de empresa.

“A opinião da direção do sindicato é de que não terá muita margem de manobra a não ser partir para a greve. A não ser que a TAP mude radicalmente a sua posição, mas neste momento a expectativa é mesmo de partir para a greve”, admitiu o presidente do SNPVAC, Henrique Louro Martins, então em declarações à agência Lusa.

Em causa estão acusações de incumprimento do acordo de empresa que aquele sindicato tem feito à companhia aérea portuguesa e que já motivaram um pedido de mediação de conflitos ao Ministério do Trabalho.

“A TAP continua numa escalada de incumprimento ao acordo de empresa, que já é datado de 2006”, defendeu Louro Martins, reiterando que “nos últimos seis meses [a TAP] tem vindo a ter interpretações que nunca teve e que se revelam neste momento graves para o dia a dia do trabalhador, nomeadamente em termos de descanso entre voos, condições de trabalho a bordo dos aviões e também interpretações sobre a tabela salarial”.

O presidente do SNPVAC referiu também que há casos de trabalhadoras que gozaram de licenças complementares à gravidez que estão a ser prejudicadas na evolução da carreira, uma vez que a companhia aérea não regista esse período como tempo de trabalho, contrariando o que determinam os artigos 65 e 35 do Código de Trabalho.

O apoio médico aos tripulantes é igualmente um dos motivos de queixa do sindicato, que diz que o facto de ter sido contratada uma empresa estrangeira sediada nos Estados Unidos para prestar esses serviços parece ser também uma maneira de “incomodar de uma forma muito rude o trabalho dos tripulantes de cabine”, que são “obrigados a ligar para os Estados Unidos” para atestar a sua doença.

“A TAP continua a arranjar questões que não têm qualquer tipo de fundamento e que nos estão a precipitar para um conflito que nós não queremos, mas que não vemos muitas alternativas”, defendeu Henrique Louro Martins.

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Covid-19: Governo italiano isola uma dezena de cidades e confirma cerca de 80 casos

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2020

O Governo italiano anunciou no sábado o isolamento de uma dezena de cidades, em particular na Lombardia (norte), após serem detetados cerca de 80 casos do novo coronavírus Covid-19.

“Nas zonas consideradas como de surto, não será autorizada nem a entrada nem a saída, à exceção de autorização particular”, declarou aos media o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte. O chefe de governo anunciou ainda o encerramento de empresas e escolas nessas zonas, e a anulação de todos os eventos públicos (carnavais, competições desportivas, excursões escolares, entre outros).

O principal surto do novo coronavírus Covid-19 encontra-se em redor de Codogno, a 60 quilómetros de Milão. Nesta cidade e em nove localidades vizinhas, todos os locais públicos (bares, câmaras municipais, bibliotecas, escolas), à exceção das farmácias, estão encerrados desde a noite de sexta-feira.

A maioria dos casos na Lombardia tiveram origem num quadro empresarial de 38 anos da multinacional Unilever, hospitalizado desde quarta-feira em Codogno, em cuidados intensivos, e que foi transferido hoje para um estabelecimento com mais condições em Pavia. A sua mulher, grávida de oito meses, está contaminada, e ainda um amigo, frequentadores de um bar, e os médicos que o assistiram de início.

Em conselho de ministros, o Governo aprovou um decreto-lei que na prática isola esta zona onde se concentram mais de 50.000 habitantes. Conte indicou que vão ser instalados postos de controlo e que, se necessário, enviará o exército e todas as forças de segurança.

Um segundo foco de contágio foi detetado na povoação de Vo’ Euganeo, na Venétia (região de Veneza, nordeste). Era desta região o primeiro cidadão italiano, e europeu, (78 anos) que morreu após um teste positivo ao novo coronavírus.

No total, 79 pessoas foram contaminadas em Itália pelo vírus, com um balanço de duas mortes, quando uma mulher de 77 anos, que habitava perto de Codogno, não resistiu à doença durante a noite.

Os números incluem três pessoas infetadas fora de Itália, incluindo dois turistas chineses, e um jovem que teve alta.

A maioria das novas contaminações ocorreram na Lombardia (54 casos) em redor de Codogno, e na Venétia (17 casos). O chefe da proteção civil, Antonio Borelli, também se referiu a dois casos em Emília-Romanha, vizinha da Lombardia, e um no Piemonte, que derivaram do surto de Codogno.

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