Bolsas na Europa têm os dias mais longos. Traders pedem para trabalhar menos horas

Depois dos operadores, é a vez dos traders. Inquérito da Bloomberg revela que 74% dos intervenientes do mercado bolsista é favorável à redução do horário de negociação da bolsa.

Os trabalhadores dos mercados acionistas do mundo que estão abertos durante mais horas querem equilibrar o horário de trabalho. Na Europa, as bolsas negoceiam durante mais duas horas que nos Estados Unidos e os traders consideram que uma redução poderia ajudar à liquidez, mas principalmente permitir conciliar a vida profissional e pessoal. Do lado das empresas, esta poderá ser uma forma de atrair e reter talento para o setor.

Em novembro do ano passado, a Associação de Mercados Financeiros a Europa (AFME) e a Associação de Investidores (IA) — entidade que representa os operadores financeiros e os investidores nas bolsas europeias — enviaram uma carta à Euronext a solicitar uma redução do horário de funcionamento em 90 minutos. Agora, é a vez de os traders se mostrarem favoráveis à redução do horário de trabalho, revela um inquérito da Bloomberg.

A Bloomberg inquiriu 114 operadores no mercado bolsista na Europa, em Londres, Paris e Amesterdão, entre eles traders, profissionais financeiros, analistas e gestores de fundos acionistas. 74% mostraram-se a favor da redução de horário e apontam causas como a conciliação entre a vida pessoal e profissional, a concentração de liquidez à hora de abertura e de fecho da bolsas europeias e, ainda, a possibilidade de ter mais tempo para comunicar com os media.

A redução de horário de trabalho na bolsa tem sido um assunto debatido nos últimos meses. “Reduzir o horário de negociação da bolsa pode aumentar a eficiência de mercado”, defende Matthew McLoughlin, head of trading na britânica Liontrust Investment Partners LLP, citado pela Bloomberg. “Não há qualquer benefício em alargar o período de liquidez mais que o necessário”, sublinha.

Mais de metade dos inquiridos concorda em reduzir o número de horas de negociação de bolsa em 90 minutos. No quadro geral, 78% dos inquiridos defende que o mercado bolsista europeu poderia abrir mais tarde e 75% concorda que podia fechar mais tarde.

Sobre a hora exata, não há consenso, mas 28% dos inquiridos defende que a hora de abertura da bolsa poderia ser adiantada para as 9h00, na hora de Londres e Lisboa, e o fecho para as 16h00, o mesmo horário que tinha sido proposto em novembro. Atualmente, a negociação em bolsa decorre entre as 8h30 e as 16h30.

No mesmo inquérito, os traders referem que os avanços da tecnologia — que já “permitem negociar remotamente” — deveriam permitir alterar os horários de negociação da bolsa.

Maior conciliação entre a vida pessoal e profissional

Além da forte concordância com a redução do horário da bolsa, a sondagem da Bloomberg revelou ainda outras propostas: a abertura da bolsa só às 11h00 da manhã (hora de Londres) ou uma hora de almoço ao meio dia (atualmente é contínuo). Por outro lado, há quem proponha o prolongamento das negociações para as 24 horas do dia.

O horário de abertura às 8h00 da manhã implica que os traders devem estar no local de trabalho às 6h00 da manhã. Este horário pode ter implicações na conciliação entre a vida pessoal e profissional, principalmente para quem tem filhos. Além disso, sublinha a Bloomberg, poderá ter impacto na atração de talento, pois este poderá ser um motivo para optar por um outro setor de atividade que dê maior flexibilidade.

“Só porque este horário foi considerado apropriado há 20 anos, não significa que seja adequado para a sociedade de hoje ou para a força de trabalho com espírito tecnológico que temos”, defende McLoughlin, da britânica Liontrust. “O setor financeiro precisa de entender que está a cometer um grande erro nesta matéria e é necessário corrigi-lo”, acrescentou.

"Só porque este horário foi considerado apropriado há 20 anos, não significa que seja adequado para a sociedade de hoje ou para a força de trabalho com espírito tecnológico que temos.”

Matthew McLoughlin

Head of trading na Liontrust Investment Partners

Em resposta ao pedido de consideração por parte dos operadores, a Euronext mostrou-se “disponível para o diálogo” e considerou-o um “assunto delicado”. Também a bolsa de Londres já se mostrou favorável à redução de horários, afirmando que “apoia fortemente a diversidade e a cultura dentro do local de trabalho”, enquanto a bolsa da Alemanha confirmou que vai debater esta opção junto dos acionistas.

Mas poderá haver entraves a uma uniformização das horas de negociação para todos os países europeus já que o mercado alemão poderia abrir só às 10h00 ou o finlandês às 11h00, por exemplo. “Acreditamos que reduzir o horário de negociação não é bom para o mercado, pois reduz as possibilidades de investidores e traders implementarem as suas decisões de negociação”, defende Peter Vorrath, head of business and corporate development da alemã SSW-Trading GmbH.

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Rio quer reformar política e Justiça. Defende “redução moderada” de deputados

A reforma do sistema político e da Justiça foi um dos tema fortes do discurso de Rui Rio no encerramento do 38º Congresso do PSD. Líder social-democrata aproveitou também para criticar Executivo.

A intervenção final de Rui Rio no 38º Congresso do PSD ficou marcada pelo apelo à reforma do sistema político e da Justiça, tendo o líder do partido laranja mostrado disponibilidade para entendimentos com outros partidos políticos nesse sentido. “Se a classe política está desprestigiada, os agentes judiciais não o estão menos“, afirmou, num discurso em que criticou, além disso, o Governo de António Costa e a degradação dos serviços públicos.

No que diz respeito à política, Rio salientou que o “tempo provocou” a erosão deste sistema, defendendo uma reforma que lhe devolva “transparência, verdade e eficácia”.

“Repensar a forma de eleger os deputados e os executivos autárquicos, limitar o número de mandatos no Parlamento como acontece nas autarquias, reduzir moderadamente o número de deputados, alterar a composição da Comissão de Ética no Parlamento para evitar conflitos de interesses são matérias que a credibilização e a eficácia da democracia há muito reclamam e que os partidos não têm sido capazes de resolver”, frisou o social-democrata, que apelou ainda à coragem para “combater a demagogia e o populismo”.

Já sobre a Justiça, Rio começou por sublinhar que quando se registam falhas a este nível é o próprio Estado de Direito Democrático que fica em causa. “[Hoje é] manifestamente evidente que a confiança que os portugueses depositam no seu sistema judicial está muito aquém do necessário e muito abaixo daquilo que já foi”, declarou, lembrando a “incapacidade” demonstrada em investigações que “se arrastam penosamente no tempo”.

O líder do PSD aproveitou também para criticar o aumento dos salários dos magistrados, que constituiu, diz, “um momento em que a Justiça cavou um pouco mais o fosso que a separa do povo”. “Foi um dos momentos em que o Governo mostrou que não tem problema em ser fraco com os fortes e forte com os fracos”, atirou.

Na intervenção que marcou o fim do Congresso do partido laranja, Rio fez ainda questão de criticar o estado de “degradação” dos serviços públicos. Na Saúde, disse Rio, os tempos de espera são cada vez mais longos, há desmotivação entre os profissionais e dívidas aos fornecedores. Na Educação, “avulta a falta de recursos humanos”. E na Segurança Social, registam-se atrasos na atribuição de pensões.

Ao Governo de António Costa, Rui Rio criticou ainda o modelo económico, defendendo um outro baseado baseado na produção e não no consumo. “A melhoria do consumo tem de ser um objetivo, mas não pode ser o meio”, enfatizou, lembrado que foi esse “o erro” que levou à necessidade de ajuda externa. “Com esta governação, os portugueses podem ter alguma ambição, desde que ela seja poucochinha, porque com este Governo e com estas alianças parlamentares os portugueses nunca terão aumentos que os catapultem para os padrões de vida europeus”, defendeu.

No discurso deste domingo, o líder do PSD também mostrou disponibilidade para entendimentos com outros partidos numa série de matérias, dizendo que “na política, não devemos ter inimigos, mas tão só adversários”. Ainda assim, atirou: “Os partidos têm de ser mais comedidos nas promessas, e mais preparados na ação. Menos fazedores de notícias e mais construtores de soluções”.

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Rui Rio ganha Conselho Nacional, mas perde Conselho de Jurisdição

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2020

A lista de Fernando Negrão (apoiada por Rui Rio) perdeu para a de Paulo Colaço na corrida ao Conselho de Jurisdição. Já o Conselho Nacional, a lista de Paulo Rangel terá sido a vencedora.

Foi Paulo Colaço, e não Fernando Negrão, o vencedor da eleição para o Conselho de Jurisdição do PSD. Rui Rio perdeu, assim, a corrida ao “tribunal” do partido laranja, mas ganhou a eleição ao Conselho Nacional, segundo indicam os resultados anunciados no encerramento do Congresso.

“À décima foi de vez. É resultado de muito trabalho”, sublinhou Paulo Colaço, em declarações à Sic Notícias. A lista liderada por este social-democrata conseguiu 393 votos, ou seja, cinco mandatos dos nove do Conselho de Jurisdição. A lista encabeçada por Fernando Negrão (apoiada por Rui Rio) conseguiu apenas três desses lugares, com 264 votos.

No que diz respeito ao Conselho Nacional, os resultados ainda indicam que a lista de Paulo Rangel (apoiada por Rio) terá conseguido 249 votos, sendo seguida pela de Luís Montenegro e pela afeta a Miguel Pinto Luz.

A eleição dos órgãos nacionais do PSD decorreu este domingo, entre as 09h00 e as 11h00. O 38º Congresso do partido laranja deverá terminar à hora de almoço, com a intervenção de Rui Rio.

(Notícia atualizada com resultados oficiais às 13h27)

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Direção do PSD sem dúvidas sobre apoio a uma recandidatura do Presidente da República

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2020

Marcelo Rebelo de Sousa ainda não disse se voltará ou não a entrar na corrida à Presidência da República, mas os dirigentes do PSD já afirmam não ter dúvidas que o partido apoiará uma recandidatura.

Dirigentes da equipa liderada por Rui Rio afirmam não ter dúvidas de que o PSD apoiará uma recandidatura do Presidente da República, mas salientam que é preciso respeitar o “recato” pedido por Marcelo Rebelo de Sousa.

Estas posições foram transmitidas à agência Lusa e Rádio Renascença pelo secretário-geral do PSD, José Silvano, pelo vice-presidente do partido Salvador Malheiro e pelo ex-líder parlamentar social-democrata e candidato de Rui Rio à presidência do Conselho de Jurisdição Nacional, Fernando Negrão.

No sábado, o antigo secretário de Estado Pedro Duarte, que foi diretor de campanha de Marcelo Rebelo de Sousa nas últimas eleições presidenciais, defendeu que o PSD deverá dar já neste Congresso Nacional de Viana do Castelo um sinal claro de apoio a uma recandidatura do atual chefe de Estado nas eleições presidenciais de 2021.

O secretário-geral do PSD, porém, entende que “só se poderá dar uma opinião favorável a uma candidatura quando ela existir – e o próprio professor Marcelo Rebelo de Sousa já disse que ainda não decidiu e que este nem é o tempo para decidir“.

“Por isso, antes de Marcelo Rebelo de Sousa tomar uma decisão, não tem qualquer sentido o PSD estar a antecipar-se. Quando essa recandidatura for formalizada, quando for anunciada, o PSD nessa altura tomará a decisão de apoio ao atual Presidente da República”, justificou.

José Silvano considerou depois que a questão das presidenciais “não está ainda em cima da mesa” e defendeu que a estratégia para dois anos do presidente do PSD, Rui Rio, “abrange as eleições presidenciais e as autárquicas – mas estas últimas são a prioridade, porque são da responsabilidade do partido”.

“As eleições presidenciais ainda não estão em cima da mesa, mas vamos tomar uma posição clara sobre essa matéria. Em termos individuais, não tenho qualquer dúvida de que me revejo no mandato exercido pelo professor Marcelo Rebelo de Sousa“, frisou José Silvano.

Já o vice-presidente do PSD Salvador Malheiro referiu que o líder do partido, Rui Rio, “já falou sobre isso, dizendo que apoiaria o atual Presidente da República caso ele apresente a sua candidatura“. “O professor Marcelo Rebelo de Sousa é um grande social-democrata e tem uma história na social-democracia portuguesa. Com naturalidade, o PSD estará genericamente e de forma muito maioritária com o Presidente das República, mas é um assunto que não se coloca agora”, ressalvou o presidente da Câmara de Ovar.

Já o deputado social-democrata Fernando Negrão rejeitou a tese de que exista alguma ambiguidade do seu partido em relação às eleições presidenciais, sobretudo numa altura em que o líder do Chega, André Ventura, anunciou a sua entrada na corrida a Belém.

“Tenho a certeza de que o doutor Rui Rio toma a sua posição por respeito ao professor Marcelo Rebelo de Sousa. O professor Marcelo Rebelo de Sousa disse que anunciaria a sua candidatura em novembro e vai refletir. Como tal, o presidente do partido não quer tomar uma posição neste momento sobre isso, precisamente por respeito a essa posição de recato manifestada pelo Presidente da República”, sustentou Fernando Negrão.

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África tem uma nova moeda comum. Chama-se ECO

  • Lusa e ECO
  • 9 Fevereiro 2020

Os países da UEMAO e a França anunciaram a intenção de substituir o franco CFA pelo ECO. A Moody's diz que a moeda comumu traz poucas vantagens económicas, mas garante solidez monetária.

A agência de notação financeira Moody’s considera que a pertença a uniões económicas e monetárias em África traz pouca ou nenhumas vantagens em termos de benefícios macroeconómicos, havendo, porém, vantagens em termos de política monetária.

“A pertença à zona do franco CFA ajuda a reduzir as vulnerabilidades externas, mas há pouca evidência de que essa pertença leve a uma convergência institucional ou económica”, escrevem os analistas desta agência de rating numa análise às vantagens e desvantagens de pertencer a uma zona económica e monetária em África.

“A pertença às duas uniões monetárias africanas parecem oferecer benefícios macroeconómicos limitados, não havendo evidência clara de que o crescimento do PIB e o desenvolvimento institucional foram mais fortes do que nos países que não são membros“, lê-se no relatório.

No entanto, reconhece a Moody’s, “os membros da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMAO, na sigla inglesa) e da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC) têm, de facto, menores vulnerabilidades externas por serem parte de um bloco”, beneficiando também de uma taxa de câmbio credível apoiada pelo Governo francês.

O relatório da Moody’s surge numa altura em que os países da UEMAO e a França anunciaram a intenção de substituir o franco CFA pelo ECO.

“As uniões monetárias podem reduzir as preocupações dos investidores e o risco de fugas de capital”, diz a Moody’s, salientando a vantagem de ter uma taxa de câmbio credível e garantida pelo Governo francês.

As mudanças ao acordo de cooperação monetária da UEMAO com a França foram anunciadas pelo Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, a 21 de dezembro, na presença do Presidente da França, a antiga potência colonizadora, vão entrar em vigor quando os acordos forem formalmente anunciados, algo que pode acontecer já este ano, mas ainda sem um calendário definido.

A nova moeda engloba três grandes alterações: mudança do nome, que passará de CFA para ECO; eliminação do depósito de pelo menos 50% das reservas internacionais do BCEAO no banco central francês, e retirada da França dos órgãos de governação das entidades financeiras do UEMAO (conselho de administração, comité de política monetário e comissão bancária regional).

O CFA foi criado em 1945, com o acrónimo a representar as Colónias Francesas de África, tendo depois mudado o nome completo para Comunidade Financeira de África. O novo acordo monetário com a França mantém a indexação ao euro com o mesmo nível de paridade (ECO655,957 por EUR1), e a garantia de notas continua a ser assegurada pelo Tesouro francês.

Os Estados que compõem a UEMAO são o Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Niger, Senegal e Togo. O BCEAO é o Banco Central dos Estados da África Ocidental, e é sediado em Dakar no Senegal, de onde serão emitidas as novas notas.

Substituição pelo ECO é “essencialmente simbólica”

A agência de rating Fitch considera que a substituição do franco africano (CFA) pelo ECO é “essencialmente simbólica” e não influencia o perfil de crédito do Benim e da Costa do Marfim, os únicos analisados pela Fitch.

“A reforma monetária da União Monetária e Económica da África Ocidental (UEMAO, no original em francês), anunciada pelo Presidente da Costa do Marfim a 21 de dezembro é essencialmente simbólica, já que a indexação ao euro vai ser mantida e a nova moeda vai continuar a beneficiar da garantia de conversão“, lê-se numa análise publicada pela Fitch Ratings.

No comentário, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que “as mudanças não mudam fundamentalmente os riscos de liquidez externa dos dois membros que a Fitch analisa, o Benim, com um rating B e Perspetiva de Evolução positiva, e a Costa do Marfim, com B+ e Perspetiva positiva”.

No comentário, a Fitch salienta que a transferência das reservas da UEMAO para o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) não altera o panorama geral e explica que “as reservas reportadas são credíveis, e as políticas económicas deverão continuar a apoiar o nível atual de reservas internacionais”.

Ainda assim, apontam, o principal perigo está no acesso ao financiamento internacional, que deixa de ser feito de forma preferencial: “Há um risco de o BCEAO poder ser afetado pela perda do seu acesso a taxas de juros preferenciais nos depósitos no Tesouro francês, mas mudanças mais substanciais ao regime cambial, como a liberalização da moeda, são apenas uma possibilidade a longo prazo”, lê-se no documento.

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Família Agnelli quer revender a Partner Re

  • ECO Seguros
  • 9 Fevereiro 2020

A Partner Re, resseguradora com sede nas Bermudas, pertencente à holding da família Agnelli, poderá voltar a ser transacionada pela segunda vez em quatro anos. A Covéa tornou-se a única concorrente.

De acordo com o site The Insurance Insider, que cita fonte não identificada da city londrina, a Exor, holding da família Agnelli, depois de avaliar opções estratégicas para o futuro da resseguradora Partner Re, adquirida há quatro anos, decidiu negociar em exclusivo com a francesa Covéa, num negócio exclusivamente em dinheiro.

A Covéa está numa disputa judicial com a Scor, mas dispõe de recursos financeiros para avançar. Se esta hipótese não se concretizasse, a Exor (holding de investimento da família Agnelli) poderia considerar uma solução que envolva o pagamento em dinheiro e ações permitindo assim ganhar posição acionista numa entidade maior do que a atual participada, comprada quatro anos antes. Agora, com uma avaliação de 9 mil milhões de dólares, a Covéa está sozinha em conversações, aconselhada pela Rothschild, enquannto a Goldman Sachs aconselha a Exor.

Se a segunda alternativa fosse a opção da Exor, então a Swiss Re – pelas ligações históricas com a Partner Re – e a Scor seriam as contrapartes mais óbvias. No entanto, Third Point Re, Greenlight Re e a Axis são outros players que procuram oportunidades de aquisição ou fusão, acrescenta a publicação.

Quando a Exor, holding que gere a participações industriais da família Agnelli, adquiriu a Partner Re, em 2016, com base num valor entre 9 e 10 mil milhões de euros, tinha a ambição de utilizar o negócio como plataforma para construir uma resseguradora de topo em escala, acalentando também a esperança de garantir um bom retorno a longo prazo.

No entanto, de acordo com a mesma fonte, a holding que detém cerca de 53% da Partner Re estará dececionada com o desempenho do investimento realizado há quatro anos.

A Partner Re é uma resseguradora global que opera em três segmentos (Património e Danos, Seguros Especiais, nomeadamente em mercados de capitais e outros setores de atividade económica e Vida e Saúde.

Em 2018, a companhia contabilizou 5,6 mil milhões de dólares em receitas.

(Atualizada às 17:30 de 9 de Fevereiro)

 

 

 

 

 

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Zurich desafia famílias a mudar seguro do crédito habitação

  • ECO Seguros
  • 9 Fevereiro 2020

A seguradora convida as famílias que tenham seguro de crédito habitação com o banco onde contrataram o empréstimo a ponderarem outras alternativas.

A seguradora Zurich salienta que, de acordo com a lei portuguesa, nenhum cliente bancário é obrigado a ter o seguro de Vida no banco onde realizou o crédito habitação, tendo liberdade de escolher o seguro que mais lhe convém. Escolher outro seguro para o empréstimo da casa pode ajudar a poupar, realça a companhia.

A seguradora liderada por António Bico, especialista em Vida, elaborou uma lista com ideias de poupança, recomendando também que as famílias ponderem alternativas ao seguro que está associado ao empréstimo contraído para compra da habitação.

As poupanças começam “dentro de casa”, salienta a companhia suíça aconselhando que se crie, em família, um apontamento dos gastos, classificados por categorias, como despesas domésticas; gastos com os transportes e outros, de modo a que, no final do mês, possam todos perceber em qual dessas categorias pode reduzir despesas e otimizar o orçamento.

Igualmente importante: quem pretende poupar deve estipular um montante para amealhar todos os meses e depois transferir para uma conta poupança, nota a seguradora. Para ajudar a orientar quem queira poupar e ainda não o faz, a Zurich sugere cerca de uma dezena de dicas úteis:

  • Fazer sempre uma lista das compras antes de ir ao supermercado, de forma a evitar gastos extra e, por vezes, desnecessários;
  • Ter atenção às promoções. Os descontos são vantajosos, mas muitas vezes não precisamos dos produtos incluídos nas campanhas promocionais.
  • Em alternativa às compras no supermercado, deve-se ponderar as compras online. Muitos estabelecimentos e lojas oferecem descontos exclusivos para clientes que compram via Internet e que podem fazer a diferença na fatura final;
  • Dentro de casa, deve-se procurar poupar nos gastos de eletricidade, evitando manter equipamentos e dispositivos em modo stand by e procurando também comprar eletrodomésticos da classe A (que consomem menos energia e são mais amigos do ambiente);
  • O consumo de água também pode ser objeto de poupança, evitando os banhos de imersão e optando pelos programas económicos e rápidos das máquinas de lavar roupa e loiça;
  • Comer mais vezes em casa e, nos dias de trabalho, levar almoço de casa;
  • Avaliar o consumo de televisão, telemóvel e Internet, por forma a renegociar o pacote de telecomunicações para uma solução mais ajustada e vantajosa;
  • Ponderar alterar o seguro crédito habitação, “uma possibilidade ainda desconhecida por muitas pessoas. Segundo a Lei portuguesa, o tomador do seguro não precisa do consentimento do Banco (o credor) para celebrar um novo contrato de seguro crédito habitação. Faça simulações e decida“.

Muitas vezes “a mudança de seguro acaba por sair mais barata para o tomador do seguro”, nota a Zurich Portugal observando que existem alguns passos que devem ser seguidos.

Em primeiro lugar, deve-se analisar “as condições do empréstimo que contraiu com o seu banco, para perceber se existem vantagens associadas à mudança do seguro crédito habitação”. Ao decidir mudar deve informar o banco “sobre a sua intenção de cancelar o seguro crédito habitação com 30 dias de antecedência”. Para sossegar o seu banco, providencie “uma cópia da nova apólice de seguro” ao seu banco, “explicitando que, em caso de morte ou invalidez do tomador do seguro, será o banco a receber o capital remanescente”.

A casa “é um bem fundamental e, por isso, quando ocorre um infortúnio (morte), é importante sabermos que podemos contar com a regularização do valor em dívida do crédito habitação junto da entidade bancária”, salienta a Zurich Portugal no folheto em que apresenta o seguro Proteção Crédito Habitação.

O Zurich Insurance Group foi fundado em 1872 e oferece soluções de seguros Vida e não Vida em mais de 210 países e territórios, contando com clientes individuais, pequenas, médias e grandes empresas. Em Portugal há mais de 100 anos, a seguradora está presente nos ramos vida, automóvel, saúde, acidentes pessoais e de trabalho, viagem e lazer.

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Na Ria de Aveiro cultivam-se algas com inovação

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2020

"No início não nos ligavam nenhuma e achavam que éramos uns doidinhos com isso das algas. Hoje estão a contactar-nos e já estão a desenvolver produtos com algas", diz a bióloga Helena Abreu.

No Bolho da Malhada, em Ílhavo, na margem do Rio Boco, antigas marinhas de sal e alguns contentores são hoje cenário de demonstração internacional de alguns caminhos da economia azul, a aquacultura multitrófica e produção de macroalgas.

São as instalações da Algaplus, uma empresa “de produção primária, aliada à biotecnologia azul, que tem por objeto principal o cultivo de algas”, que emprega 18 pessoas a tempo inteiro e tem reconhecimento internacional, estando já a desenvolver processos de transferência de tecnologia.

“No início não nos ligavam nenhuma e achavam que éramos uns doidinhos com isso das algas. Hoje estão a contactar-nos e já estão a desenvolver produtos com algas. Foi preciso um período de seis anos de resiliência, mas começa a haver uma mudança de mentalidades”, diz à Lusa Helena Abreu, jovem bióloga co-fundadora da Algaplus.

Numa manhã encoberta, com os cuidados devidos por se tratar de uma zona ambientalmente sensível, é para o Bolho da Malhada que se dirige um autocarro cheio de biólogos de várias nacionalidades.

Na variante circular que contorna Ílhavo mete por um caminho de saibro e transpõe um portão de rede, quedando-se quase junto à água, como intruso numa paisagem que mesmo a névoa deixa perceber plana, formada por antigas salinas onde se sucedem os pequenos tanques desenhados a torrão e lodo, como se fosse um vitral deitado, e a pouca luz é espelhada nos contentores que dão guarida a técnicos e cientistas da Algaplus, mais concentrados nos vidros de tubos de ensaio, pipetas e provetas do laboratório.

Abre-se a porta do autocarro para entrar Helena Abreu, que há seis anos, concluído o curso, se meteu com um colega a produzir macroalgas e que na viatura faz uma primeira preleção sobre a atividade aos visitantes, participantes no “Living Labs” que, ao abrigo do projeto europeu de aquacultura multitrófica integrada (INTEGRATE) vieram ver como funciona a integração sustentável do cultivo de macroalgas e da produção de peixe.

Outras caras vão-se juntar da parte da tarde, num “workshop” sobre a “avaliação dos benefícios sócio ambientais da aquacultura de algas”.

Enquanto esperam para sair, conseguem ver das janelas do autocarro, entre os cinzentos do dia, um acastanhado e verde na outra margem do canal: são as matas das Gafanhas e a antiga colónia agrícola.

Os antigos colonos das Gafanhas, que à custa do moliço – massa de plantas aquáticas recolhidas para serem usadas na agricultura -, muito dele descarregado na Malhada, conseguiram transformar extensas dunas e areais em terras produtivas, mal sonhariam que duas espécies que constituem esse moliço, o “cabelo de velha” e a “alface do mar”, seriam no século seguinte “cultivadas” para a alimentação humana.

É basicamente o que faz a Algaplus, aproveitando e controlando a água que sai dos tanques de criação de robalos e douradas, carregada de nutrientes, para produzir as algas, sobretudo para a indústria alimentar.

É principalmente na indústria alimentar humana, que lhe absorve cerca de 90% da produção em mercados externos, que a empresa aposta como destino para as algas, “pelo valor nutricional que têm e pelos benefícios associados para a saúde”.

Segue-se a cosmética, um setor de menor volume, mas de maior valor acrescentado. “Embora seja mais competitivo, permite-nos também manter acesa a nossa veia de investigadores, de inovação, porque é preciso estarmos sempre a trabalhar muito com os nossos clientes de cosmética para desenvolver novos produtos”, comenta Helena Abreu.

“Vendemos algas para as entidades do sistema científico nacional e internacional que estão a apostar muito no desenvolvimento de produtos, nomeadamente corantes para a indústria têxtil, para aditivos funcionais para animais e bioestimulantes para a agricultura, mas esses são setores que ainda estão numa fase de desenvolvimento inicial”, acrescenta.

O consumo de algas na alimentação humana, em Portugal e não só, é ainda ténue, porque é devagar que se mudam mentalidades, mas há progressos, a que não são alheios os grandes chefes de cozinha e o gosto pela alimentação vegetariana.

“Já vamos tendo empresas tradicionais da grande distribuição, que toda a gente conhece, a procurar utilizar as algas nos seus produtos. Porque é que eles procuram agora as algas? Porque tem de haver menos adição de sal nos produtos alimentares e as algas, com o sabor que têm, ajudam a ter aquela sensação de salgado”, explica a bióloga.

Helena Abreu diz que a incorporação de algas no produto final é uma mais-valia, também pela parte nutricional, porque se pode obter um produto rico em minerais como o ferro, magnésio e cálcio, para uma dieta saudável.

As pequenas plantas que se vêm no borbulhar dos tanques da Algaplus ou nos vidros “iluminados a néon” do laboratório não estão ali para preservar espécies em extinção. Apesar de os barcos moliceiros hoje se dedicarem ao turismo, não faltam algas na Ria de Aveiro, de crescimento espontâneo.

Helena Abreu defende que essas algas podem ser aproveitadas “de forma mais organizada e que traga um maior valor acrescentado para os apanhadores também”, mas a biomassa terá de ser para outros fins que não o alimentar.

“A qualidade da água é importante, e não só: as algas quando estão em contacto com o sedimento absorvem tudo e nós temos zonas da Ria de Aveiro que são mais limpas do que outras”, observa a bióloga. A apanha das algas “selvagens” terá de ser uma atividade regulada, discutindo-se se deve ser o Estado ou as próprias empresas a fazer a monitorização.

“Na maré baixa, se levantarmos um pedaço da alga, por baixo vamos ter dezenas ou centenas mesmo de caranguejos bebés, de juvenis, de isco para os pescadores. É preciso que haja alguém que se responsabilize pela gestão do recurso natural porque as algas têm um papel muito importante nos ecossistemas e isso tanto se aplica a Aveiro como a outras zonas costeiras”, explica.

A produção de bioplásticos poderá ser uma aplicação futura, mas o mais provável é o moliço poder vir a ser aproveitado como extrato de algas já otimizado. “Em relação aos bioplásticos, estivermos a trabalhar num projeto europeu, em que éramos 14 parceiros. O nosso papel foi desenvolver os protocolos de aquacultura para ter uma biomassa mais adaptada à possibilidade de utilização de bioplásticos. Conseguimos fazer protótipos, mas ainda há muito a fazer para otimizar a produção de plásticos usando algas como matéria prima, a um custo que seja competitivo”, justifica Helena Abreu.

Desde 2018 que a empresa assegura também a gestão da componente de aquacultura, mais precisamente dourada e robalo. O objetivo é produzir peixes acima dos 500 gramas, para ter uma diferenciação no mercado, e manter o peixe durante mais tempo a produzir alimento para as algas.

“Estamos a trabalhar também na certificação, para podermos no futuro ter todo um sistema que, além de sustentável por estarmos a fazer aquacultura integrada, seja também com certificação biológica, o que nos obriga a cumprir requisitos específicos desse modo de produção”, adianta.

“Vamos fazer a primeira pesca na primavera/verão e estamos a fazer a produção em modo de produção biológico, o que é uma inovação porque o peixe alimenta-se principalmente do que vem na Ria na maré alta”, anuncia.

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Loja online de Fornos de Algodres está a ajudar comercialização de queijo Serra da Estrela

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2020

O município de Fornos de Algobres criar uma nova loja online para vender os produtos da região, que está a ajudar na comercialização do conhecido queijo da Serra da Estrela.

A loja online criada pelo município de Fornos de Algodres para tornar os produtos característicos daquela região mais acessíveis aos consumidores está a contribuir para a comercialização de queijo Serra da Estrela, foi anunciado, este domingo.

“Entre os diversos produtos e marcas disponíveis na plataforma, é possível encomendar queijo Serra da Estrela DOP [Denominação de Origem Protegida], enchidos e fumeiros, vinho, azeite, mel, queijadas de urtiga e pão de urtiga“, disse à agência Lusa o vereador Bruno Costa, responsável pelo pelouro do Ambiente e das Alterações Climáticas na Câmara Municipal de Fornos de Algodres.

Segundo o responsável, todos os produtos comercializados através da plataforma na internet (www.obomsabordaserra.pt) “são exclusivamente produzidos por produtores locais, com recurso a ingredientes também eles 100% locais”.

O projeto denominado “O Bom Sabor da Serra” permite “levar o bom sabor da Serra [da Estrela] diretamente de Fornos de Algodres para o mundo”, segundo o município. Bruno Costa admite que a plataforma tem sido “uma mais-valia para a valorização e respetiva venda dos produtos dos produtores de Fornos de Algodres”.

“O Bom Sabor da Serra” nasceu “com o desejo de tornar os produtos característicos” da região acessíveis “a todos os portugueses”, disse. Na plataforma, que entrou em funcionamento no dia 16 de março de 2019, são disponibilizados aos consumidores dois tipos de queijo: de ovelha Serra da Estrela DOP e de cabra curado.

Segundo o autarca, até ao dia 06 de fevereiro, foram vendidas “mais de 230 unidades” de queijo para 17 distritos de Portugal Continental. “Só ainda não vendemos para o distrito de Bragança. No entanto, quero referir que todos os produtores presentes na plataforma já efetuaram diversas vendas, pois, por regra, quem compra um queijo compra sempre outros produtos”, acrescentou.

Na loja online, todos os produtos “têm muita saída” mas, de acordo com o responsável, “na época natalícia, o queijo da Serra da Estrela DOP foi o que mais se destacou” nas vendas. A plataforma “teve a capacidade de agregar todos os produtores e todos os produtos” do concelho que estão a reagir “muito bem” a esta nova forma de negócio.

“Eu costumo dizer: a semente foi lançada por este executivo municipal, com a criação desta inovadora plataforma, mas o fruto só conseguiu erguer-se com o empenho e dedicação de todos os produtores”, reconhece Bruno Costa.

O vereador do município de Fornos de Algodres agradece a todos os produtores pois, sem eles, a autarquia não tinha “possibilidade de levar os melhores produtos de Portugal a todos os portugueses” e “certamente, não existia a plataforma ‘O Bom Sabor da Serra'”.

A plataforma digital foi criada pelo município de Fornos de Algodres, com o apoio do Fundo Ambiental, no âmbito da Estratégia Nacional de Educação Ambiental 2020. O município de Fornos de Algodres faz parte da região demarcada de produção do queijo Serra da Estrela e possui 14 queijarias licenciadas e quatro com processo certificado para fabrico de Queijo DOP Serra da Estrela (que estão presentes na plataforma online), que produzem anualmente cerca de 45 toneladas daquele produto gastronómico.

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Negrão encabeça lista de Rio à Jurisdição e Rangel ao Conselho Nacional

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2020

Fernando Negrão substitui Nunes Liberato como primeiro nome de Rio à Jurisdição. Paulo Rangel volta a ser cabeça de lista ao Conselho Nacional.

O presidente do PSD, Rui Rio, anunciou, este sábado, que o ex-líder parlamentar Fernando Negrão encabeçará a sua lista ao Conselho de Jurisdição Nacional e Paulo Rangel ao Conselho Nacional.

Fernando Negrão substitui Nunes Liberato como primeiro nome de Rio à Jurisdição, enquanto Paulo Rangel volta a ser o primeiro nome indicado pelo presidente ao Conselho Nacional, lista em que o ex-ministro Arlindo Cunha será o segundo.

Paulo Mota Pinto mantém-se como candidato a presidente da Mesa do Congresso, e a proposta de presidente da Comissão Nacional de Auditoria Financeira recaiu em Fernando Sebastião, que foi mandatário distrital de Rio por Viseu.

O anúncio dos nomes foi feito pelo próprio presidente do partido, no púlpito do 38.º Congresso do PSD. Para o Conselho Nacional, depois de Paulo Rangel e Arlindo Cunha, a lista de Rio inclui o deputado municipal por Lisboa António Proa, o vice-presidente da Câmara Municipal da Maia Paulo Ramalho e o presidente da concelhia de Aveiro Vítor Martins.

Na Mesa do Congresso, Mota Pinto terá como vice-presidentes o líder do PSD-Açores, José Manuel Bolieiro, e a presidente da Assembleia Municipal da Trofa, Isabel Cruz, tendo como vogais Eduardo Teixeira, Álvaro Madureira, Isabel Matos e Nelson Fernandes.

Para a Jurisdição, Rio propõe, além de Negrão, o histórico militante Pedro Roseta, bem como Paula Reis, João Dias Coelho e Nuno Correia. A eleição dos órgãos nacionais do PSD decorre no domingo, entre as 09:00 e as 11:00.

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Moção de Rui Rio aprovada por “maioria clara” e todas as propostas temáticas

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2020

Os congressistas aprovaram a moção estratégica global de Rui Rio, bem como todas as propostas temáticas.

A moção de estratégia global do presidente do PSD, Rui Rio, foi aprovada, este sábado, pelo 38.º Congresso do partido por “maioria clara”, tal como todas as propostas temáticas. Todas as moções foram votadas de braço no ar, não havendo uma contabilização exata dos votos.

Na moção de Rui Rio, “Portugal ao Centro”, registaram-se poucos votos contra e algumas abstenções.

Tal como há dois anos, todas as propostas temáticas – que não têm um efeito vinculativo – foram aprovadas pelo Congresso, incluindo a que propõe um referendo à eutanásia ou a que defende a introdução de primárias para a eleição do líder do PSD.

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5G chega a Portugal já este ano. Saiba onde vai ter cobertura até 2025

Dos concelhos aos hospitais, das autoestradas às universidades, passando pelas estradas, pelos comboios e pelo metro. Saiba quando e onde vai haver 5G nos próximos cinco anos.

O Governo já revelou que 5G quer para o país e em que prazos. Num plano a cinco anos, com início em 2020 e fim previsto em 2025, o objetivo é a cobertura quase plena de redes de comunicação de quinta geração até meio da década. Um objetivo que, para o Governo, é crítico para assegurar o “desenvolvimento e competitividade” da economia portuguesa.

Em abril arranca o leilão de frequências de 5G, organizado pela Anacom, que atribuirá às operadoras a capacidade para desenvolverem o 5G em Portugal. E, a par do plano técnico já desenhado pelo regulador, o Governo já definiu também as suas próprias metas. Com as receitas desse leilão, criará um fundo para impulsionar a transição digital. E não exclui obrigar as operadoras a partilharem infraestruturas, evitando “desperdícios”.

As linhas gerais da estratégia nacional para o 5G foram apresentadas esta sexta-feira pelo ministro Pedro Nuno Santos, que tutela o Ministério das Infraestruturas e da Habitação. Fase a fase, ponto por ponto, conheça o 5G que Portugal deverá ter…

…até fim de 2020:

  • Uma cidade com mais de 50 mil habitantes coberta por 5G no litoral do país
  • Uma cidade do interior de Portugal num território de baixa densidade

…até fim de 2023:

  • Cobertura 5G em todos os concelhos com mais de 75 mil habitantes
  • Todos os hospitais públicos
  • 50% dos centros de saúde públicos situados em territórios de baixa densidade
  • 50% dos centros de saúde públicos do litoral que não se encontrem já cobertos por rede fixa de elevado débito
  • Todas as universidades e institutos politécnicos
  • 50% das áreas de localização empresarial ou parques industriais dos concelhos do litoral
  • 50% das áreas de localização empresarial ou parques industriais situados em territórios de baixa densidade
  • Aeroportos internacionais
  • Instalações militares prioritárias

…até fim de 2024:

  • Cobertura 5G nos concelhos com mais de 50 mil habitantes
  • 95% do traçado das rodovias nacionais com tráfego superior a 7.300 milhões de veículos por ano
  • Cobertura nas autoestradas A22, A23, A24 e A25
  • Cobertura nas estradas nacionais n.º 1 e n.º 2
  • 95% da linha ferroviária de Braga a Lisboa e corredor ferroviário atlântico, onde estão as principais linhas ferroviárias do país
  • 98% das linhas de comboio suburbanas das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto
  • 98% das redes de metropolitano de Lisboa, Porto e Margem Sul do Tejo
  • Cobertura nos portos de Sines, Setúbal, Lisboa, Leixões e Aveiro

…até fim de 2025:

  • 90% da população portuguesa deverá ter acesso a serviços de banda larga móvel com velocidade não inferior a 100 Mbps (megabits por segundo)
  • Cobertura 5G em todos os restantes portos comerciais nacionais
  • Nas rodovias com tráfego superior a 85 mil veículos por ano
  • Linha ferroviária Lisboa-Faro
  • Todas as restantes instalações militares

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