Instituições da UE com sede em Bruxelas registam segundo caso de Covid-19
Um funcionário da Agência Europeia de Defesa e um trabalhador do Conselho são os dois casos confirmados de Covid-19 em instituições da União Europeia, com sede em Bruxelas.
As instituições europeias registam já dois casos de infeção pelo novo coronavírus, com a revelação de uma segunda análise positiva, desta feita a um funcionário do Conselho, indicaram várias fontes europeias.
Poucas horas depois de a Agência Europeia de Defesa (ADE) ter anunciado, esta quarta-feira, um primeiro caso confirmado de infeção pelo Covid-19 entre o seu staff, precisando que se trata de um funcionário que se deslocou recentemente numa missão de trabalho a Itália, fontes do Conselho indicaram que também um seu funcionário, que trabalha nos serviços de segurança, testou positivo, e encontra-se, tal como o primeiro, a recuperar em casa.
Ainda sem qualquer anúncio oficial por parte do Conselho, fonte desta instituição que representa os 27 Estados-membros adiantou que a transmissão terá sido local, avançando a agência noticiosa francesa AFP que os dois casos positivos estarão relacionados.
Esta quarta-feira de manhã, a ADE confirmara o primeiro caso de infeção pelo novo coronavírus a atingir as instituições europeias com sede em Bruxelas, dando conta de uma análise positiva a um funcionário que regressou de Itália em 23 de fevereiro passado, após passagens por Milão e Cortina, e que está atualmente em auto-isolamento em casa.
Na sequência deste caso, a agência decidiu cancelar todas as reuniões agendadas para as suas instalações até 13 de março, bem como todas as deslocações de funcionários a reuniões externas até à mesma data.
A EDA indicou ainda que informou pessoalmente “os poucos funcionários que estiveram em contacto próximo com o colega” que permaneçam isolados por 14 dias, como medida de precaução.
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Já o Conselho continua, para já, a funcionar normalmente, acolhendo de resto esta quarta-feira ao final da tarde uma reunião extraordinária de ministros do Interior da UE para discutir a crise migratória na fronteira da Grécia com a Turquia.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal. Das pessoas infetadas, cerca de 50 mil recuperaram.
Além de 2.983 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.
Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou cinco casos de infeção, dos quais quatro no Porto e um em Lisboa.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
(Notícia atualizada às 16h40 com a informação do segundo caso)
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