Comércio com “muitas dificuldades de financiamento” na banca face ao coronavírus
João Vieira Lopes considera que a banca tem a "obrigação" de "facilitar a vida às empresas" face a este surto de coronavírus, mas revela que as empresas estão já com "dificuldades de financiamento".
Face à propagação do coronavírus em Portugal, as empresas estão já a sentir “muitas dificuldades” de financiamento da sua tesouraria corrente junto da banca, avisou o líder da Confederação do Comércio e Serviços (CCP), João Vieira Lopes, à saída da reunião desta quarta-feira com o Governo, na Concertação Social.
“Falamos com a banca. A banca diz que está aberta a facilitar a vida a toda a gente. O que é que sucede? Na prática, isto não está a acontecer. Estamos a encontrar muitas dificuldades de financiamento das empresas para a sua tesouraria corrente“, afirmou o presidente da CCP, em declarações aos jornalistas.
João Vieira Lopes defendeu que a banca — uma vez que tem sido “bastante ajudada por todos os setores da economia” — tem neste momento a “obrigação” de facilitar “a vida às empresas”. “Independentemente das linhas de crédito do Governo, pensamos que a banca — que tem sido bastante ajudada por todos os setores da economia — tem a obrigação neste momento de facilitar a vida às empresas”, frisou.
Na segunda-feira, o Governo anunciou aos parceiros sociais uma linha de crédito de 200 milhões para as micro, pequenas e médias para as empresas que tenham registado uma quebra de, pelo menos, 20% da sua faturação, em termos homólogos, face à propagação do coronavírus. Esse apoio ficará disponível a partir do próximo dia 12.
Nessa mesma reunião, João Vieira Lopes aproveitou para defender a suspensão das penhoras que estão a ser levada a cabo atualmente pela Autoridade Tributária e dos despejos. Esta quarta-feira, o presidente da CCP adiantou que o Governo mostrou mesmo “abertura” a tal medida, ainda que não se tenham avançado nesse sentido, por enquanto.
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