Novabase regressa ao PSI-20, substituindo a F. Ramada. Merlin vai ter de esperar
Resultado da revisão anual do índice ditou mudanças, mas o PSI-20 continua a contar com apenas 18 cotadas. Mudanças têm efeito a partir da próxima segunda-feira.
A Merlin Properties ainda não vai entrar no PSI-20, mas há mudanças no índice de referência nacional. A revisão anual do índice decidida pelo Comité do PSI-20, cujos resultados foram conhecidos esta quarta-feira, faz regressar uma cotada repetente — a tecnológica Novabase –, mas o total de títulos continua a ficar abaixo do número que lhe dá nome. Até porque há também uma saída.
No âmbito da revisão anual do índice, o Comité do PSI-20, que esteve reunido esta tarde para avaliar as mudanças propostas pela Euronext Lisboa, a gestora do mercado de capitais português, aprovou o regresso da tecnológica à principal “montra” da bolsa nacional, dois anos depois de ter sido despromovida para o PSI Geral.
Entra a Novabase, não a Merlin Properties, como pretendia. A empresa espanhola do setor imobiliário entrou na bolsa de Lisboa a 15 de janeiro após uma operação de dual listing, tendo dito logo que o objetivo era chegar ao PSI-20 para reforçar a visibilidade no mercado português. Acreditava que cumpria os requisitos para conseguir chegar ao índice de referência já, mas falhou. Num contexto de quebra dos mercados, a liquidez ficou aquém dos mínimos exigidos.
Ramada diz adeus. Troca de papel com a Novabase
Apesar de a Merlin ainda não cumprir os requisitos, vai haver mudanças. A Novabase, empresa líder no mercado português das Tecnologias de Informação, vai voltar ao PSI-20 na próxima segunda-feira. Cotada em bolsa desde 2000, a empresa liderada por João Nuno Bento atingiu, no último ano, lucros recorde de 20,4 milhões de euros, graças à venda do Negócio GTE (de análise de dados para os setores de governo, transportes e energia) à Vinci Energies por 33 milhões de euros.
Esta vai substituir a F. Ramada, que esteve dois anos no PSI-20, mas a reduzida liquidez do título acabou por levá-lo de volta ao PSI Geral. Há mais de 80 anos, a industrial nasceu do negócio do aço e acabou por expandir para os sistemas de armazenagem e gestão de ativos florestais. A F. Ramada foi ganhando dimensão de tal forma que, em 2008, acabou por ser separada da Altri, empresa de Paulo Fernandes, que é também dono da Cofina.
PSI-20 desde 2018 com apenas 18 cotadas
O PSI-20 continuará a negociar com o mínimo de cotadas e sem conseguir chegar ao número de componentes que lhe dá nome. Desde setembro de 2017 que o PSI-20 não tem 19 cotadas. As regras do índice determinam que não pode ter menos de 18 empresas cotadas, mas com a saída do BPI, no seguimento da OPA do CaixaBank, foi o que aconteceu durante um mês, no início de 2017.
A entrada da Novabase e da Ibersol levaram o número de componentes de volta para 19 em março desse ano, mas a exclusão das unidades de participação do Montepio em setembro de 2017 deixou o índice novamente no limite das regras. E assim se tem mantido há dois anos. A última mudança aconteceu na revisão anual de 2018, a Novabase regressou ao PSI Geral e a F.Ramada foi promovida ao PSI-20.
Em março, o PSI-20 é alvo de revisão anual. Além desta, há ainda revisões trimestrais, sendo que estas acontecem em junho, setembro e dezembro.
(Notícia atualizada)
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